The Crown 6ª temporada: a história real que a Netflix excluiu

The Crown optou por dar destaque para a Princesa Diana na primeira parte da 6ª temporada e com isso excluiu importantes histórias.

The Crown excluiu historias

A 6ª temporada de “The Crown” trouxe à tona eventos aguardados pelos fãs da série, mas, ao mesmo tempo, deixou de lado momentos significativos da história real.

A aclamada série da Netflix acompanha o reinado da Rainha Elizabeth II, desde sua ascensão ao trono em 1952, dramatizando eventos importantes e desafios enfrentados pela monarca, bem como a evolução do Reino Unido em meio às transições do tradicional para a modernidade.

O destaque da primeira parte da temporada recai sobre a morte trágica da Princesa Diana (Elizabeth Debicki), evento delicado e complexo. Embora o tratamento respeitoso desse episódio seja louvável, isso resultou na omissão de eventos significativos de 1997 que impactaram a Grã-Bretanha.

Distúrbios na Irlanda do Norte de 1997

A série tem evitado abordar os conflitos na Irlanda do Norte, com exceção do assassinato de Lord Mountbatten na 4ª temporada. Os episódios mais recentes ignoram os distúrbios nacionalistas de 1997, um marco como último grande surto de violência na região durante os Troubles.

Essa omissão é significativa, pois poderia preparar o terreno para a inclusão do Acordo de Sexta-Feira Santa de 1998. Este, um evento crucial para o fim da violência na região.

Início do Mandato de Tony Blair

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Imagem: Divulgação.

Embora “The Crown” se concentre na família real, também aborda os primeiros-ministros durante o reinado de Elizabeth II. A escassa presença de Tony Blair na 6ª temporada, apesar de sua eleição em 1997 e o impacto do movimento New Labour no Reino Unido, é uma ausência notável.

Saiba mais sobre The Crown:

Blair poderia ser um contraponto interessante na narrativa, dada a sua liderança até 2007.

Descentralização do Poder na Escócia e no País de Gales

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Imagem: Divulgação.

Outro tema que poderia ser explorado na série é a votação de 1997 na Escócia e no País de Gales para descentralizar o poder de Londres. Essas votações resultaram em um governo autônomo e são reflexo do enfraquecimento da influência do Império Britânico, um tema recorrente em “The Crown”.

Surto de Doença da Vaca Louca

O surto de BSE (Doença da Vaca Louca) no final dos anos 90 é outro evento relevante omitido. Embora não esteja diretamente relacionado à família real, teve um impacto social significativo no Reino Unido, mudando práticas de consumo e regulamentações agrícolas.

Tratado de Amsterdã

A não inclusão do Tratado de Amsterdã de 1997, que transferiu certos poderes dos estados-membros para o Parlamento Europeu, também é uma lacuna importante. Este tratado simbolizou mudanças na autonomia e influência do Reino Unido na Europa, um aspecto relevante para os temas centrais da série, especialmente considerando os recentes efeitos do Brexit.

The Crown fez bem com esses cortes?

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Imagem: Divulgação.

Enquanto “The Crown” continua a capturar a atenção do público com sua narrativa envolvente e performances memoráveis, essas omissões representam uma oportunidade perdida de aprofundar a complexidade e os desafios enfrentados pelo Reino Unido durante o período retratado.

A inclusão desses eventos poderia ter enriquecido ainda mais a representação histórica da série, oferecendo uma visão mais completa e matizada desse período turbulento da história britânica.

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Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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