The Morning Show: nova adição da 3ª temporada é perfeita
Terceira temporada de The Morning Show trouxe personagem de Jon Hamm para o "jogo" e ele é a adição perfeita.
A aclamada série The Morning Show nos transporta para os bastidores intrigantes da indústria de notícias matinais. As duas primeiras temporadas abordam de forma incisiva as repercussões de um caso #MeToo, tendo como centro o âncora Mitch Kessler (Steve Carrell). Durante essas temporadas, somos imersos nos desafios diários da equipe de jornalismo, destacando a trajetória da recém-chegada âncora Bradley Jackson (Reese Witherspoon). Ao formar uma aliança com Alex Levy (Jennifer Aniston), as duas buscam encontrar seu espaço e equilíbrio no turbulento universo do “Morning Show”.
Na terceira temporada, a série passa por uma reviravolta, abandonando sua fórmula tradicional e adotando uma narrativa que combina drama corporativo com elementos de novela. Essa transição pode não agradar a todos os fãs.
No entanto, a introdução de um novo personagem promete reacender o interesse pelo programa. Interpretado por Jon Hamm, o bilionário da tecnologia Paul Marks adiciona uma camada de mistério à trama. Embora sua postura descontraída tenha rapidamente cativado a audiência, as reais motivações do personagem permanecem um enigma a ser desvendado.
Novo personagem é um trunfo para a temporada
No primeiro episódio da terceira temporada de The Morning Show, as intenções de Paul permanecem incertas. Cory (Billy Crudup) tenta convencer Paul a fazer um acordo pela rede. No entanto, Paul não se deixa influenciar facilmente pelas táticas insistentes de Cory. Até o momento, não está claro se Paul realmente deseja assumir o controle da UBA. Embora tenha demonstrado interesse em mídias tradicionais, ainda tem dúvidas sobre assumir totalmente. Isso muda quando Cory tenta tornar a oferta mais atrativa.
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Para ajudar na publicidade do lançamento de foguete da empresa de Paul, Cory dá prioridade à cobertura da UBA. É neste momento que Paul começa a ver a UBA como um ativo valioso para seu império financeiro. Aqui, a equipe da UBA, com alguma incerteza, também começa a enxergar a possível aquisição da empresa por Paul como um trunfo. Isso não significa que o personagem seja o “salvador” que a UBA espera. As semelhanças assustadoras com outros bilionários da vida real tornam a presença de Paul preocupante.
A produtora executiva Lauren Neustadter descreveu Paul como “um personagem que é uma amalgama de vários indivíduos diferentes.” Com muitas semelhanças a uma figura tipo Elon Musk, ele conquista admiradores e apoiadores. Esses bilionários sabem como se promover, mas podem ser diferentes nos bastidores. A maioria dos bilionários poderosos tem sua própria agenda, que pode servir apenas aos interesses dos poderosos. Essa imprevisibilidade pode torná-lo uma peça-chave para a narrativa da temporada.
Suas intenções podem ser vilanescas em The Morning Show
Em vez do subtexto #MeToo, o foco da terceira temporada mudou. Na era digital avançada, as regras das notícias mudaram. Pessoas ricas têm livre arbítrio para fazer o que quiserem, quando quiserem. Um personagem como Paul Marks pode ser a manifestação física dos “tempos em mudança” para a equipe do Morning Show. Isso pode até significar ter um objetivo negativo a longo prazo para a rede.
Paul pode simplesmente ver a UBA como uma chance de lucro, ao mesmo tempo que seu discurso sobre “proteger” a mídia tradicional pode ser uma estratégia. Na realidade, Paul pode ver essa aquisição como uma oportunidade de desmontar a rede.
A encantadora persona vista nos primeiros dois episódios pode não ser mais do que um “lobo em pele de cordeiro”. Mas só tempo dirá se essa é uma certeza que atualmente mantém o público adivinhando. Felizmente, esse mistério pode ser eficaz graças à atuação principal de Jon Hamm.
Personagem pode fisgar os fãs a longo prazo
Hamm, por sua vez, tem a desafiadora tarefa de manter Paul envolto em mistério. Atualmente, com base em suas ações, ele pode ser visto como alguém que deseja genuinamente proteger a mídia. A princípio, essa percepção sugere que ele seria uma adição perfeita à UBA. No entanto, seus negócios com Cory indicam uma abordagem diferente, sugerindo que ele vê essa interação mais como uma parceria estratégica. Dado o destaque que Cory dá à cobertura do lançamento do foguete, é possível que Paul esteja avaliando a UBA como uma oportunidade de investimento vantajosa. Contudo, com o passar do tempo, Marks pode vir a enxergar a organização sob uma luz menos favorável, quase como um navio à deriva. Mesmo diante de um papel que poderia se tornar clichê, a presença carismática e magnética de Hamm confere uma aura de enigma e profundidade ao personagem.
Paul Marks, como personagem, se encaixa perfeitamente na terceira temporada do programa. Ele não apenas traz um indispensável nível de intriga, mas também insere no show um novo dinamismo que remete a uma novela. Por outro lado, Marks pode ser visto como a representação satírica da temporada, fazendo alusão a uma indústria distinta.
Com isso em mente, a série tem a oportunidade de explorar a dinâmica das grandes empresas de tecnologia no cenário das notícias. Hamm, já conhecido por sua atuação em Mad Men, onde interpretava um influente titã empresarial, enfrenta aqui um desafio distinto. Enquanto Mad Men navegava por uma atmosfera nostálgica marcada por performances memoráveis, agora Hamm tem a chance de reinventar e modernizar esse papel de magnata, adaptando-o à contemporaneidade.
Sua vasta experiência e notável habilidade de atuação certamente enriquecem e adicionam complexidade ao frenético universo de The Morning Show.