The Witcher: 3ª temporada fracassou e produtor aponta culpado

Produtor de The Witcher deu entrevista e resolveu "apontar culpados" para o fracasso de crítica da terceira temporada.

The Witcher 3 temporada fracassou
Imagem: Divulgação.

Os últimos dias de Henry Cavill como Geralt de Rivia provavelmente não estarão entre os destaques de sua carreira. Isso porque a terceira temporada de The Witcher possui a classificação de fãs mais baixa da série até agora. Mas os telespectadores americanos são os culpados por essa baixa?

Em entrevista ao Redanian Intelligence, o produtor Tomek Baginski disse que eles tiveram que simplificar a série de fantasia para o mercado internacional, que é fortemente influenciado pelo paladar americano. E isso poderia ter sido a culpa do fracasso de crítica.

The Witcher vem fracassando com o público?

The Witcher
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Quando uma série é feita para uma grande massa de telespectadores, com diferentes experiências, de diferentes partes do mundo, e grande parte deles são americanos, essas simplificações não só fazem sentido, como são necessárias”, disse Baginski. “É doloroso para nós e para mim também, mas o nível mais alto de nuance e complexidade terá um alcance menor, não atingirá as pessoas. Às vezes pode ir longe demais, mas temos que tomar essas decisões e aceitá-las.”

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Dito isto, Baginski não culpa apenas o público americano pelos elementos mal recebidos da terceira temporada de The Witcher. O produtor também acredita que o programa foi projetado para atrair uma geração de pessoas que precisam de entretenimento não desafiador.

O produtor de The Witcher também culpa o TikTok e o YouTube pelos fracassos da terceira temporada

the witcher 3 temporada
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Há uma cena no filme “BASEketball” em que Ted Denslow (Ernest Borgnine), um bilionário idoso, critica os jovens por sua obsessão por Zima, bambolês e videogames “Pac-Man”. Todos os quais ele culpa por causar curtos períodos de atenção. Tomek Baginski tem pontos de vista semelhantes.

Ele observou que os interesses dos jovens contemporâneos os tornaram apáticos em relação ao tipo de entretenimento matizado que The Witcher poderia ser.

Durante a entrevista mencionada, o produtor disse que o TikTok e o YouTube tornaram os jovens mais relutantes em se envolver com tramas emocionais complexas. Esses serviços são projetados para fazer as pessoas alternarem entre diferentes vídeos em rápida sucessão. Por isso, condicionaram os espectadores a perder o interesse na visualização de formato longo.

Ok, então é hora de falar sério“, acrescentou. “Queridos filhos, o que vocês fazem a si mesmos os torna menos resistentes a conteúdos mais longos, a longas e complicadas cadeias de causa e efeito.”

A adaptação de The Witcher da Netflix é indiscutivelmente mais simplificada do que os romances de Andrzej Sapkowski nos quais se baseia. Mas não é esse o caso da maioria das adaptações? Além disso, a 3ª temporada ganhou críticas negativas por apresentar uma história nada assombrosa que não correspondeu às parcelas anteriores da série.

Claro, o produtor tem direito à sua opinião, e isso certamente fará os fãs comentarem ainda mais.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.