Tokyo Override | Série vale o passeio na Netflix?

Tokyo Override é a nova série animada na Netflix. Mas afinal, vale a pena dar o play? A gente te conta tudo.

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Imagem: Divulgação.

Tokyo Override chegou à Netflix como um convite irresistível para uma viagem futurista por uma Tóquio dominada por IA, motos e segredos obscuros.

A série mistura ação alucinante, temas cyberpunk e drama emocional, mas será que entrega tudo o que promete? A resposta é: mais ou menos. Enquanto brilha em alguns aspectos, tropeça em outros, deixando um resultado que é tanto fascinante quanto frustrante.

O Que Funciona

Visualmente hipnotizante: A primeira coisa que chama atenção em Tokyo Override é sua estética deslumbrante. A Tóquio do futuro é um espetáculo neon, com paisagens urbanas detalhadas que impressionam a cada cena. As motos, desenhadas em parceria com Yamaha e Honda, são mais do que veículos; elas têm personalidades próprias que roubam a cena. As sequências de ação, especialmente as perseguições de moto, são de tirar o fôlego—dinâmicas, fluidas e cheias de estilo.

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Personagens carismáticos: Fairouz Ai brilha como Kai, uma jovem hacker que equilibra fragilidade e força. A química entre Kai e os membros do Suma Garage—Hugo, Spoke, Watari e Yukio—é um dos pontos altos. Suas interações trazem humor e humanidade, contrastando com a atmosfera distópica. Ayumi, a amiga de infância de Kai, adiciona um toque emocional à história, embora sua presença seja menor do que deveria.

Temas relevantes: Tokyo Override explora medos contemporâneos sobre a dependência excessiva da tecnologia e a perda de autonomia humana. Quando se aprofunda nesses temas, a série entrega momentos genuinamente perturbadores que te fazem pensar sobre o futuro de uma sociedade dominada por IA.

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Imagem: Divulgação.

Onde Derrapa

Ritmo inconsistente: Apesar do início promissor, o ritmo da série vacila, com episódios que parecem se arrastar sem necessidade. O mistério central—envolvendo um assassinato e um sindicato de drogas conectado ao lado obscuro de Tóquio—é intrigante, mas perde força ao longo dos episódios, com reviravoltas previsíveis que não têm o impacto desejado.

Desenvolvimento de personagens superficial: Enquanto Kai recebe uma trajetória convincente, os coadjuvantes muitas vezes ficam presos a estereótipos. Hugo é o mentor durão, Spoke oferece alívio cômico, e Watari é o gênio da tecnologia, mas nenhum deles realmente ultrapassa essas definições. O agente Kageyama, que deveria ser um antagonista complexo, acaba se tornando um simples dispositivo de enredo.

Tons conflitantes: A série luta para encontrar um equilíbrio entre drama noir e ação espetacular. Momentos introspectivos e sombrios frequentemente são seguidos por cenas exageradas de perseguições, diluindo o impacto emocional e deixando o tom geral inconsistente.

Diálogos robóticos: Ironicamente, uma série sobre IA sofre com diálogos que às vezes soam artificiais. Momentos chave perdem peso por causa de trocas de falas que parecem saídas de um gerador automático de frases. Quando os diálogos acertam, mostram potencial, mas isso acontece com menos frequência do que deveria.

Veredito Final sobre Tokyo Override

Tokyo Override tem seus defeitos, mas não deixa de ser uma experiência visualmente cativante e cheia de adrenalina. Para fãs de cyberpunk e perseguições de moto, a série oferece uma viagem emocionante, mesmo que seja necessário ignorar algumas inconsistências no caminho.

Se você está em busca de uma série que mistura ação estilosa com reflexões sobre o futuro da tecnologia, Tokyo Override é um passeio que vale a pena. Só não espere que todos os mistérios sejam resolvidos ou que o caminho seja completamente suave. Afinal, até as melhores motos precisam de ajustes de vez em quando.

Sobre o autor

Bernardo Vieira

Redação

Bernardo Vieira é um jornalista que reside em São José, Santa Catarina. Bacharel em direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina, jornalista e empreendedor digital, é redator no Mix de Séries desde janeiro de 2016. Responsável por cobrir matérias de audiência e spoilers, ele também cuida da editoria de premiações e participa da pauta de notícias diariamente, onde atualiza os leitores do portal com as mais recentes informações sobre o mundo das séries. Ao longo dos anos, se especializou em cobertura de televisão, cinema, celebridades e influenciadores digitais. Destaques para o trabalho na cobertura da temporada de prêmios, apresentação de Upfronts, notícias do momento, assim como na produção de análises sobre bilheteria e audiência, seja dos Estados Unidos ou no Brasil. No Mix de Séries, além disso, é crítico dos mais recentes lançamentos de diversos streamings. Além de redator no Mix de Séries, é fundador de agência de comunicação digital, a Vieira Comunicação, cuido da carreira de diversos criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Trabalha com assessoria de imprensa, geração de lead, gerenciamento de crise, gestão de carreira e gestão de redes sociais.