True Blood: Quem disse que vampiros não têm problemas?

Memórias em séries de True Blood, da HBO.

Imagem: HBO
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I Wanna Do bad things with you…

Durante 7 temporadas, acompanhamos as aventuras de Sookie Stackhouse e seus amigos em Bon Temps, local predileto dos vampiros mais modernos da atualidade. Em uma era em que humanos e vampiros vivem em paz, a cidade de Bon Temps é o cenário perfeito para reviravoltas, triângulos amorosos e muitos dramas.

Baseado no livro homônimo de Charlaine Harris, True Blood aproveitou a modinha dos vampiros para mostrar o tema de uma forma mais adulta, afinal, o seriado foi comprado pelo canal a cabo HBO, famoso por produções desenvolvidas para tal público. Logo no piloto conhecemos Sookie, uma telepata que acaba se apaixonando pelo vampiro Bill Compton e é portadora de grandes segredos da trama.

Triângulos amorosos

Com um roteiro ágil, True Blood logo foi sucesso de crítica e de audiência na HBO. O relacionamento complicado entre Bill e Sookie pode ter conquistado alguns fãs do casal, entretanto, como todo seriado da atualidade, bastou que Eric (o sempre sexy e poderoso Alexander Skarsgård) se apaixonasse pela protagonista para que surgisse o melhor triângulo amoroso do seriado: Bill – Sookie – Eric.

Sim meus caros, bastou esse interesse de Eric na namorada de seu pupilo para que a química entre os dois fosse levada a outro nível e os fãs surtassem com a possibilidade de Sookie abandonar o chato Bill para ficar com o bad boy. É como se o seriado tivesse ganhado outro gás com esse triângulo amoroso; se é que podemos chamar de triângulo amoroso.

Além disso, Sookie também conquistou corações de outros rapazes, como o lobisoman Alcide (o tudo de ótimo Joe Manganiello). E o que era um triângulo amoroso acabou se transformando numa disputa de testosterona pura. Isso porque o seriado percebeu o quanto ganhava com os shirtless. Por mais que Sookie pudesse escolher qualquer um desses quatro bonitões, a fadinha ficou sem nenhum deles e terminou o seriado feliz, casada com um who qualquer, no qual ela estava esperando um bebê desse “sortudo”.

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Quem também ganhou um maravilhoso triângulo amoroso com direito a fã clube foram Jason, Jessica e Hoyt. Por mais que a vampirinha tenha roubado as cenas no seriado, sua vida amorosa era digna de um livro de Nicholas Sparks. Então quando Hoyt terminou tudo com ela, a torcida para que ela fosse feliz ao lado de Jason aumentou. Infelizmente, ou não, a personagem acabou ficando com Hoyt na series finale, mas até isso acontecer, o público se deliciava com as tentativas de Jason em conquistar a vampira.

Coadjuvantes que brilharam no show

Apesar de Sookie e Bill serem os protagonistas, eles acabaram sendo ofuscados pelos excelentes coadjuvantes. Tirando a chata da Tara, todos os coadjuvantes roubavam a cena. Entretanto, o grande destaque realmente ficou por conta de Pam e Eric, os amigos mais invejados de toda Bon Temps.

Imagem: IMDB

Pam roubava a cena por onde passava e era a rainha do seriado. Seu humor ácido e seu jeitinho de vilãzinha fizeram dela a melhor personagem de True Blood. Era só ela aparecer em cena para que todos ficassem atentos e esperassem alguma loucura saindo da mente mais vampiresca do seriado. Sua lealdade ao Eric sempre foi um ponto positivo, tão positivo que foi impossível não vibrar quando vimos os dois terminando o seriado juntos e fazendo o que mais sabem fazer da vida: enganar as pessoas.

Além de Pam, Jessica também conquistou o público. Sua ingenuidade e seu jeitinho meio adolescente foram perfeitos para que a personagem acabasse ganhando um lugar especial no coração dos fãs. Afinal, ela era a vampira meio rebelde que Bill precisava suportar. Era como se ela conseguisse se encaixar perfeitamente no papel de filha que o protagonista tanto precisava para deixar de ser tão sem sal.

Entretanto, teve uma personagem que acabou ganhando milhares de fãs quando aparecia: Sarah Newlin. Ela poderia não fazer parte do seriado, mas sempre que aparecia como atriz convida fazia com que o público vibrasse com a sua personagem. Talvez seja pelo carisma de Anna Camp ou pelo fato que amamos um personagem para odiar, mas Sarah era a digna vilãzinha mau caráter que nos fazia gargalhar com seus planos maquiavélicos (ou quase isso).

True Blood vai além de histórias de vampiros, mitologias e humanos

Por mais que a história central seja o envolvimento de Sookie com Bill e como os vampiros estão se relacionando com os humanos, o seriado consegue fazer uma crítica dura e direta sobre a política dos EUA. Sim, meus caros, é notório como os roteiristas, sutilmente, criticam a política do país em que vivem. Isso fica bem nítido quando vimos os conflitos existentes nas leis dos vampiros e nas leis humanas.

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Imagem: Divulgação

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É como se eles quisessem tocar na ferida dos cidadãos americanos ao demonstrar que ainda existe preconceito e racismo no país, embora tenham eleito o primeiro Presidente negro dos EUA. O público consegue perceber tudo isso quando vemos o que os vampiros e as outras entidades sobrenaturais querem: uma igualdade de direitos.

Outro assunto muito tocado no seriado foi a da inclusão de personagens LGTB. Trazer isso num seriado com a temática de vampiros foi algo bastante arriscado e, ao mesmo tempo, certeiro. Se percebermos bem, os personagens não tinham um estereótipo comum como vimos em outros seriados e filmes sobre vampiros; existia um personagem homossexual e da cor negra, deixando claro que pouco importava a cor da pessoa, mas sim a sua essência.

A abertura tem como música de fundo a canção “Bad Things” de Jace Everett, e conceitualmente, é construída a partir da mistura de imagens contraditórias que envolvem sexo, violência e religião, projetadas ao ponto de vista do “sobrenatural”. Se analisarmos bem isso, podemos perceber uma crítica ao fanatismo religioso e energia sexual, que podem corromper o homem e torná-los animalescos. Uma ótima forma de mostrar que o seriado vai além de um romance clichê, esperado por muitos quando o assunto é a relação entre vampiros e humanos.

Diferenças com o livro

Apesar do seriado ter uma forte conexão com o livro de Charlaine Harris, a obra da HBO tem várias diferenças. A história de muitos personagens foi alterada: por exemplo, nos romances, Bill está trabalhando duro em um banco de dados secreto cobiçado sobre vampiros, e não é aquele que mata ao longo do show para proteger Sookie, junto com Eric; Jason não toma sangue de vampiro, não aderiu à Comunidade do Sol e não vai incorporar a fonte.

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Além disso, foram introduzidos personagens que não existem no romance. É o caso de Jessica Hamby , Srta Jeanette (a exorcista Lettie Mae e Tara), Tommy (irmão de Sam) e Jesus (o namorado de Lafayette). Em menor medida, também existem diferenças físicas. Eles abrangem aspectos como os olhos de Sookie (azul nos livros, marrom na série) e cabelo de Eric (longo e trançado nos livros).
A Tara dos livros não é tão amiga Sookie e é dona de uma loja de roupas. E ela também não é apaixonada pelo Jason. Outra coisa que mais desenvolvida no livro é o relacionamento entre Sookie e Eric. Os dois chegam a ter algo mais concreto ao passo que no seriado eles tiveram algo bem breve.
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True Blood é uma excelente série, e mesmo que alguns não tenham gostado de suas últimas temporadas, ela vale uma maratona, principalmente para quem gosta da temática…
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Leia mais: Relembre outras séries canceladas na coluna Memórias em Série

Sobre o autor
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Gabriella Siggia

Quem eu sou? Eu sou uma em um milhão: escritora nas horas vagas, seriadora de coração, cinemática de plantão e amante da literatura. Divertida, alto astral e bastante bem humorada. Só não achei ainda minha outra pessoa. Ah, música faz parte da minha vida.

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