Nova série bomba ao mostrar caçada ao assassino de Abraham Lincoln

A nova série aposta da Apple TV+, “Último Ato” (Manhunt), promete revigorar o interesse pela história norte-americana. Tudo isso, com uma abordagem que vai muito além do assassinato de Abraham Lincoln. A série, que estreou recentemente vem conquistando um público ávido por um motivo bem interessante. Afinal, ela se debruça sobre os eventos e conspirações que cercaram um dos momentos mais críticos da história dos Estados Unidos. Com lançamentos semanais, cada episódio é uma peça do intrincado quebra-cabeça que foi a caçada a John Wilkes Booth, o homem por trás do crime que abalou a nação.

Monica Beletsky, conhecida por seu trabalho em séries de renome como “Friday Night Lights” e “Fargo”, é a mente criativa por trás de “Último Ato”. A surpresa de Beletsky ao descobrir a complexidade e as múltiplas camadas por trás do assassinato de Lincoln serve como o ponto de partida para a narrativa. A série, dessa forma, não apenas explora o ato em si, mas mergulha fundo nas motivações e nos bastidores de uma conspiração. Um levante que visava desestabilizar o já frágil panorama político da época, ressaltando a resiliência da democracia americana diante de tais ameaças.

No coração da trama está Edwin Stanton, amigo próximo e aliado de Lincoln, interpretado com maestria por Tobias Menzies. Stanton, o herói muitas vezes esquecido, lidera a intensa caçada a Booth enquanto lida com as próprias questões de saúde e os desafios da Reconstrução.

A série, que tem base no livro “Manhunt: The 12-Day Chase for Lincoln’s Killer” de James L. Swanson, é enriquecida pelas atuações de Anthony Boyle como Booth, Hamish Linklater como Lincoln e Lili Taylor como Mary Todd Lincoln, reconstruindo o contexto mais amplo da morte de Lincoln.

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Manhunt série Último Ato APPLE — Imagem: Divulgação.

Patton Oswalt, que dá vida ao detetive Lafayette Baker, destaca a complexidade e a confusão que se seguiram ao assassinato. Apontando para o enredo contra a União e o caos que se instalou. A perseguição a Booth é retratada não apenas como um ato de justiça, mas como uma corrida contra o tempo para evitar a reaceleração da Guerra Civil, o que Booth poderia ter conseguido caso alcançasse o Sul.

Vale ressaltar que a preparação para os papéis foi intensa. Menzies se aprofundou na história da Guerra Civil através do documentário de Ken Burns e da obra “Team of Rivals” de Doris Kearns Goodwin para capturar a essência da época, apesar da liberdade artística tomada em relação à aparência de Stanton. A série também dá voz a personagens secundários, como o Dr. Samuel Mudd, interpretado por Matt Walsh. O que revela a complexidade e as diversas perspectivas dos envolvidos.

“Último Ato”, portanto, se destaca não apenas pelo relato detalhado da caçada a Booth. Mas também pelas reflexões sobre a relação entre Stanton e Lincoln, considerada o coração emocional da série. As discussões entre os dois trazem à tona o que se perdeu com o assassinato de Lincoln, enquanto Stanton luta para levar o assassino à justiça e combater as forças contrárias à Reconstrução, mesmo enfrentando problemas de saúde.

A série, além disso, é um lembrete oportuno das ameaças enfrentadas pela democracia americana. O que ressoa com os desafios atuais e servindo como uma lição valiosa dos perigos do extremismo e da importância da vigilância em defesa dos princípios democráticos.

Sobre o autor

Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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