Vikings Valhalla 3ª temporada inventou história de General Maniakes
Entenda a história de General Maniakes em Vikings: Valhalla e o que é verdade e o que mentira na 3ª temporada.
Na terceira temporada de Vikings: Valhalla, o General Maniakes é introduzido como um dos principais antagonistas, especialmente na trama de Harald Sigurdsson. O personagem ganancioso é vagamente baseado em um general da vida real que serviu ao Imperador Bizantino Constantino IX Monomachos e seus predecessores, incluindo Romanos III. No entanto, a série da Netflix misturou várias narrativas históricas, e aqui está uma explicação clara dessas misturas em relação ao personagem de Maniakes.
A Batalha da Sicília e o Papel de Maniakes em Vikings Valhalla
Na série, vemos Maniakes participando da Batalha da Sicília ao lado de Harald e seu exército de Guardas Varangianos, ambos servindo ao imperador Romanos. Na vida real, quem derrotou o emir em combate não foi Harald, mas sim William de Hauteville, um líder mercenário normando. Porém, as narrativas históricas sugerem que Maniakes sempre foi um homem ganancioso e invejoso que conspirava contra seus próprios pares para roubar o crédito por suas conquistas, um traço que a série incorpora em sua versão do personagem.
Conspiração Contra Romanos III
No que diz respeito à conspiração contra Romanos III, a série atribui essa trama a Maniakes. No entanto, na realidade, foi o amante de Zoe, Michael IV, quem envenenou Romanos para removê-lo do caminho. Após a incapacidade de Romanos em conceber um filho com Zoe, ela começou a ver outros homens na corte e conheceu Michael, que ambicionava se tornar imperador. Com a ajuda de Zoe, eles conspiraram contra Romanos, que morreu misteriosamente em seu banho. Michael foi coroado imperador no dia seguinte. Harald e Maniakes não tiveram absolutamente nada a ver com essa conspiração.
A Relação de Harald e Zoe
A série também insinua um caso entre Harald e Zoe, mas não há registros históricos que sugiram tal relação. Esse enredo parece ser uma adaptação do caso real que Zoe teve com Michael IV. Na realidade, Harald ficou longe das políticas internas, focado apenas em retornar à Noruega para reivindicar o que era seu por direito.
A Revolta de Maniakes
Depois da morte de Romanos, Michael IV reinou por um curto período até morrer de epilepsia, sendo sucedido por seu sobrinho Michael V, que baniu Zoe do império. O povo se revoltou e Harald desempenhou um papel crucial na prisão e cegueira de Michael V. Após a deposição de Michael, Zoe escolheu Constantino IX Monomachos como novo marido e co-regente.
Foi Monomachos quem entrou em conflito com o ganancioso general Georgios Maniakes. Um grande proprietário de terras, Romanus Sclerus, voltou Monomachos contra Maniakes, que acabou saindo de seu prestigioso cargo na Itália. Tomado pela raiva, Maniakes se rebelou contra Monomachos, autoproclamando-se imperador e atacando Constantinopla. Apesar de estar perto de vencer, Maniakes acaba morrendo no campo de batalha. Alguns relatos sugerem que Harald e sua Guarda Varangiana faziam parte do exército de Maniakes, mas não se sabe se enfrentaram acusações por essa traição.
Fim de Maniakes em Vikings: Valhalla
Na série, Maniakes tem um destino semelhante ao da vida real, sendo morto por Harald, que vinga a morte de seus amigos e a traição de Maniakes. Embora a série não revele o destino de Zoe após a morte de Maniakes, especula-se que ela tenha encontrado um novo amante, como Monomachos, para co-governar o império com ela.
Em resumo, a representação de Maniakes em Vikings: Valhalla mistura fatos históricos com ficção para criar uma narrativa mais envolvente. Na vida real, Maniakes não matou Romanos III; essa conspiração foi obra de Michael IV, amante de Zoe. A série da Netflix tomou liberdades criativas para adaptar esses eventos históricos de maneira dramática e emocionante para seu público.