11×09 de Chicago PD trouxe o melhor e o pior de Torres
Review com spoilers do nono episódio da décima primeira temporada de Chicago PD, chamado "Somos Uno" que deu destaque para Torres.
“Chicago PD” continua a nos levar pelas ruas sombrias e conflituosas de Chicago em seu mais recente episódio da 11ª temporada, “Somos Uno” (11×09). Neste capítulo, mergulhamos na vida turbulenta do detetive Dante Torres, que vem sendo uma figura enigmática desde sua introdução. A sua falta de conexões profundas com a equipe, exacerbada pela saída de personagens centrais como Jay e a iminente partida de Hailey, deixa Torres numa posição isolada, quase como um fantasma entre seus colegas.
Torres tem romance com informante em Chicago PD
O episódio se esforça em estabelecer uma trama emocional em torno de Torres e sua relação perigosa com Gloria Perez, mas acaba tropeçando na execução. O romance arriscado de Torres, que o coloca em uma situação de tortura física, é um reflexo do seu caráter altruísta, mas a narrativa falha em tornar essa relação ou suas consequências convincentes para o público.
O episódio tenta desvendar um pouco do passado de Torres, mas parece uma oportunidade perdida de explorar sua complexidade de maneira mais significativa.
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A personagem de Gloria Perez é envolta em mistério, com sugestões de que sua história com Torres está longe de terminar. Sua presença silenciosa e suas ações duvidosas ao longo do episódio lançam uma sombra sobre o futuro de ambos, especialmente considerando as decisões questionáveis de Torres que quase custaram sua carreira e sua vida. A dinâmica entre eles é retratada como intensa e inquebrantável, mas deixa o espectador confuso e distante da verdadeira essência de seu vínculo.
A intervenção de Kim Burgess surge como um ponto crucial do episódio, assumindo um papel de orientação e preocupação para com Torres. Sua abordagem direta e a insistência para que ele repense suas escolhas evidenciam a tensão entre o dever e os sentimentos pessoais que frequentemente assolam os membros da equipe de Inteligência. A frustração de Kim é palpável, ecoando a exasperação do público com as repetições de erros passados e a aparente incapacidade de alguns personagens de aprenderem com eles.
Trama acaba em aberto, mas também dá fechamento para Torres
“Somos Uno” tenta traçar paralelos com arcos anteriores da série, como o relacionamento mal aconselhado de Jay com Camila, mas acaba parecendo mais um retrabalho do que uma nova perspectiva. A insistência em reciclar temas de relacionamentos proibidos e as consequências para os casos em andamento traz um ar de déjà vu, questionando a criatividade dos roteiristas.
No entanto, é a interação entre os personagens e os momentos de tensão que mantêm “Chicago PD” cativante. Apesar dos tropeços na trama de Torres, o episódio consegue manter o suspense e a urgência característicos da série. O desfecho deixa aberto o caminho para futuros desenvolvimentos, tanto para Torres quanto para a enigmática Gloria Perez, prometendo mais reviravoltas e dilemas morais.
Em suma, “Somos Uno” é um lembrete dos desafios que “Chicago PD” enfrenta ao tentar manter sua narrativa fresca e envolvente. Embora o episódio tenha seus momentos, a sensação de familiaridade e a falta de desenvolvimento significativo do personagem pesam sobre seu potencial.
Resta ver como a série irá reconstruir e renovar suas histórias, mantendo os espectadores engajados e investidos nos destinos de seus personagens.