11×21 de The Walking Dead finalmente fez história andar

Review com spoilers do episódio 21 da 11ª temporada (11x21) de The Walking Dead que fez finalmente a história andar.

The Walking Dead

Toda série que dura tantas temporadas como The Walking Dead sofre com a questão da “escala”, porque, conforme as temporadas vão passando, o foco nunca é somente na história (isso quando tem foco lá…). Mas sempre na questão da escala ser maior que na temporada anterior.

Ou seja, tem que acontecer sempre bem mais coisas, tem que ter bem mais cenas de ação, tem que ser mais perigosa, mais assustadora, etc… E isso, quase sempre, não é positivo, uma vez que para criar essas artimanhas e conflitos a história principal é deixada de lado.

A fórmula é quase sempre igual: no passar das temporadas mais pessoas vão entrando no elenco, personagens vão pipocando de todos os lados, novos mundos são descobertos e tudo isso sempre escorado na necessidade de ser maior.

Aqui não é diferente. Se você pegar as duas primeiras temporadas da série, que são perfeitas, os zumbis são quase o menor dos problemas. Os conflitos entre os personagens “vivos” eram bem mais interessantes, e toda a dinâmica de sobrevivência, pautada nesse mundo pós-apocalíptico, era surreal de bom.

Na terceira temporada, a entrada do Governador – um vilão de fora – muda o jogo, mas ainda assim de uma forma contida.

A partir daí… a série perde a mão! Personagens aos montes são apresentados, novas comunidades são mostradas, o novo vilão é o mais cruel de todos, maiores atrocidades são cometidas… Tudo isso pela escala e a falsa necessidade que os criadores e produtores tem de fazer mais e maior, na vã tentativa de prender o público.

E esse episódio de The Walking Dead?

Eu faço essa introdução justamente para dizer que, desde que TWD aumentou a sua escala de forma assustadora com a chegada da Commonwealth e a possível vinculação desta com a CRM, esse foi o primeiro episódio em que a série trabalhou isso de forma satisfatória e fez com que a chegada de tanta gente e dessa cidade gigantesca fizessem sentido dentro da história que é contada atualmente.

Uma pena que isso tenha acontecido faltando 3 episódios para o fim, apenas.

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Nesse episódio, conhecemos o “lado negro” da Commonwealth. Em como a imensa comunidade tem tentáculos negros muito maiores do que imaginamos, que envolve campos de trabalho forçado para aqueles que discordam. E tudo que acontece lá dentro.

Além disso, ao que tudo indica, até mesmo sacrifício de seres humanos opositores. E não apenas falaram isso, mas mostraram, o que fez uma diferença muito grande.

Descobrimos que eles possuem “postos” em vários lugares. Sejam esses postos verdadeiros campos de concentração aonde as pessoas são forçadas a trabalhar e, inclusive, perdem os seus nomes. Ou podem ser apenas prisões mesmo.

E toda a estrutura e aparatos da Commonwealth são de dar inveja! Carros, motos, vários armamentos e até mesmo uma linha férrea estão a serviço da Governadora Pamela e dos seus fiéis seguidores. Realmente aparenta ser a maior ameaça que os nosso heróis enfrentaram. E, por falar neles…

Os heróis

Mais uma vez o nosso time está dividido e é importante lembrar que grandes momentos da série aconteceram quando isso ocorreu. A exemplo, a destruição da prisão pelo Governador, que dividiu eles durante um tempo.

O que eu mais gostei nesse seguimento é que não houve enrolação no reencontro deles, ou parte deles. Gabriel, Rosita, Maggie, Carol, Daryl e Connie já estão reunidos e com sangue nos olhos para derrotar a Governadora Pamela e recuperar Alexandria, que se transformou num dos postos avançados da Commonwealth, mais precisamente no “Posto Avançado 22”, que dá título ao episódio.

Sim, Alexandria, a própria não morreu. O que mais me surpreende é que o tempo inteiro o lugar que eles queriam chegar, ser a “casa” deles, e eles não reconhecerem o caminho… Ou pior, nem saberem da existência de um trem perto de lá…

The Walking Dead
Imagem: Divulgação.

Mas está tudo bem. Quando um episódio é tão bom como esse, utilizamos da suspensão da descrença para deixarmos de exigir que as coisas sejam tão críveis assim.

E houveram muitos bons momentos nessa parte do episódio, não só pelo reencontro de todos eles, que foi bastante emocionante. Como também nas cenas de ação, quando eles conseguem parar o trem, ou naquela passagem bem tocante deles com o soldado capturado.

Foi quase uma volta à velha fórmula que reforça o que eu falei antes: The Walking Dead sempre funcionou melhor de forma mais contida, com os ocorridos dentro do nosso grupo de sobreviventes ganhando destaque e o relacionamento deles sendo fortalecidos. A tal da “escala”, novamente…

Ainda sobre Alexandria, dessa forma, resta saber para qual fim a comunidade está sendo utilizada. Pela segurança reforçada, algo me diz que não é para plantar repolhos. A conferir!

No fim

Foi isso! Felizmente, depois de péssimos episódios, a série da um salto e anima o nosso coração de novo. Commonwealth se mostrou a altura e a Governadora Pamela talvez seja a grande vilã que esses episódios finais precisam.

Agora, portanto, é torcer para a qualidade se manter em alta e rezar para que esse episódio não seja apenas um sopro de misericórdia, pois The Walking Dead merece bem mais que isso!

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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