5 Razões pelas quais Perdidos no Espaço é uma das séries mais legais da Netflix
Perigo, Will Robinson…
Fui assistir Perdidos no Espaço despretensioso. Era aquele tipo de série que não sabia absolutamente o que esperar – afinal, eu nunca assisti ao clássico programa dos anos 1960, e tenho uma breve lembrança (tenebrosa) do filme de 1998. Acho que talvez, por conta disso, eu tenha sido fisgado pelo o que a Netflix apresentou logo de cara.
Além do que já expressamos em nossa crítica, acho válido discutir algumas questões da trama que fazem dessa série uma das melhores coisas que a plataforma de streaming já fez.
Vamos lá?
ATENÇÃO: ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DA PRIMEIRA TEMPORADA DE
PERDIDOS NO ESPAÇO
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Will Robinson tem carisma de sobra!
Amo Stranger Things. Acho uma das coisas mais geniais que já assisti na Netflix. Mas a fofura e a inocência do olhar infantil gira ali em torno de várias crianças. Em Perdidos no Espaço, cabe a Will ser a ÚNICA criança do núcleo principal a se conectar com o espectador. Ele faz isso de uma forma incrível, que ao final do primeiro do episódio você já quer ser amigo dele. Entendo perfeitamente a conexão do robô com Will, justamente por isso.
Indo além, Will apresenta maturidade em diversos momentos, como na parte em que leva o Robô para o penhasco e o joga lá de cima. Ao mesmo tempo, mantém a inocência falando a todo instante que seu pai sobreviveu à explosão da Júpiter, mesmo quando todo o resto já o dava como morto.
Parabéns Will, gostamos de personagens assim…
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O Robô pode ser assustador em alguns momentos, mas a gente aprende a amá-lo…
Eu sei que o Robô das outras versões de Perdidos no Espaço era extremamente diferente. Acho que esta é a principal mudança que fez os fãs das histórias antigas serem resistentes ao Reboot. Mas acho incrível a ideia dos roteiristas colocá-lo nessa dualidade que transita entre o bem e o mal. Somente dessa forma, poderíamos entender e nos conectarmos com as motivações de Will para defender o robô.
Quando ele salva Judy, por exemplo, no primeiro episódio, é um dos momentos mais legais da série. Havíamos entrado naquele mundo há apenas 50 minutos, e já estávamos envolvidos com os Robinson, com seus problemas, e torcendo para que um milagre surgisse nos 10 minutos finais. E esse milagre vem em forma de Robô. Impossível não vibrar.
Há outros momentos sensacionais, como a cena em que Will e suas irmãs levam o Robô para a caverna, e lá passam a noite. Ali, quando todos estão dormindo, o robô protagoniza um dos takes mais emocionantes da série, que é quando ele coloca a mão suja de tinta na parede, iguais aos que os Robinson fizeram sob o escrito “Os Robinson estiveram aqui“. O Robô só quer ser amado e fazer parte da família… Me diz, como não retribuir esse amor?
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A família Robinson é extremamente cativante!
Eu simplesmente amei os Robinson. Acho que a conexão da família é uma das coisas mais legais da série. Há respeito, admiração, e claro, conflitos. Mas tudo isso é um Mix que funciona extremamente bem.
No começo, por exemplo, percebemos que John está ali porque ele sente que precisa se redimir com sua família, com o patriarca sempre tentando fazer isso de todas as maneiras possíveis. Ele pode nem sempre consegue as melhores coisas, mas certamente tem as melhores intenções. O mesmo podemos dizer de Maureen, que é o cérebro da família. Ela é elegante na fala, da mesma forma que é simples no olhar. E a química entre os atores Toby Stephens e Molly Parker existe. Peculiar, mas existe.
Além deles, as outras duas garotas possuem funções interessantes na trama. Uma, médica prodígio, se encaixa em uma excelente trama que é a busca por combustível nas naves que caíram naquele planeta. A outra, apesar de se envolver em um plot mais adolescente, está ali para nos lembrar que todos eles são seres-humanos, e que estão apenas tentando buscando sobrevivência daquilo que eles achavam ser um escape da vida sobrecarregada na Terra. Ah, e tem sempre que ter aquele amor juvenil para dar um frescor na história, então ponto para todos eles.
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Conseguimos odiar a Dra. Smith genuinamente…
Me diz, como não odiar a Dra. Smith de Parker Posey? Ela esteve incrível no papel, que anteriormente pertencia à um homem. Sim, achei essa troca demais. Anteriormente, o Dr. Smith era mais uma espécie de covarde que queria apenas sobreviver. Agora, não. A Dra. Smith é extremamente manipuladora, com tons de sociopatia, e até mesmo psicopatia.
Em certos momentos, chegamos a sentir medo do que ela pode fazer. Mas a vontade mesmo é de prendê-la e fazê-la sofrer por todo o tipo de manipulação que ela fez. Desde seu primeiro contato com os tripulantes após o acidente, até a sua conexão com Will forjada, ela é patologicamente manipuladora. E mesmo quando todos descobrem a verdade, ela ainda tenta jogar uns contra os outros.
Outra cena interessante, é quando ela transforma o Robô em seu defensor. Aí sim, o ranço ficou maior. Ela pega o melhor amigo de Will, aproveitando de sua inocência, e o re-transforma em uma máquina de matar.
Já pode entregar o Troféu de personagem mais odiada do ano!
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Reviravoltas que se dão em uma trama excitante!
Um dos grandes diferenciais de Lost in Space são suas reviravoltas. Sério, não tem como não se envolver. Em cada episódio, a trama gira de uma forma incrível. Os Robinson não tem um sossego, e a cada capítulo mais problemas acontecem.
Desde a descoberta que seria mais difícil voltar para a Estação Espacial do que pensavam, até plots mínimos como o carro sendo afundado em uma “lama cósmica” (?), a série surpreende e impacta.
Fora que, para isso girar, temos coadjuvantes que se conectam de todas as formas. Don West e sua galinha se tornam o alívio cômico, em meio à uma busca de sobrevivência divertida. Já Victor, é questionado sobre sua liderança diversas vezes, e chega até a entrar para o time de personagens com ranço, mas no final ele contorna essa situação e a gente até ensaia gostar dele.
E bem, o que dizer daquele final? Quando a família Robinson acha que estará à salvo, eis que eles são sugados para outro buraco, e vão parar exatamente onde o Robô havia desenhado para Will e apontado perigo, anteriormente. Em matéria que publicamos na semana passada, os produtores alertaram que toda a história é sobre a tecnologia destes robôs, e como eles querem protegê-la. A segunda temporada irá explicar justamente isso, e não podemos estar mais ansiosos.
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Só falta a Dona Netflix renovar, não é mesmo? Vai Netflix, renova logo!
E você, curtiu Perdidos no Espaço?