5×17 e 5×18 de The Good Doctor entregam menos do que prometeram
Review do décimo sétimo e décimo oitavo episódios da quinta temporada de The Good Doctor, intitulados "The Lea Show" e "Sons".
Apesar de acreditar em uma boa qualidade de temporada, o final de The Good Doctor foi um pouco mais do mesmo. Ainda que o retorno de Claire tenha movimentado o St. Bonaventure, a premissa do casamento de Shaun e Lea não surpreendeu. Essa história de que algo maior poderá acontecer e acabar com o casamento ou uma crise de identidade já é figurinha batida em diversas séries e aqui inclusive. “The Lea Show” e “Sons” definitivamente não entregaram tudo que podia.
Um personagem em desenvolvimento
Mas não é por isso que vamos menosprezar alguns arcos potencialmente interessantes. Acho que a relação de Asher e Jerome é um dos pontos altos da temporada. Mesmo que não tenhamos visto o melhor de ambos como casal. O plot tem sido introduzido com a normalidade que um relacionamento LGBTQIA+ deve ser tratado na mídia.
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Todavia, Asher tem seus momentos que me dão um pouco de preguiça. Entendo perfeitamente sua relação conturbada com o pai, contudo, seu posicionamento como adulto já independente deveria falar mais alto em alguns momentos. Provavelmente essa construção de um relacionamento homoafetivo e suas crenças antigas ainda vão se chocar no próximo ano de The Good Doctor.
Um retorno muito bem vindo em The Good Doctor
A chegada de Claire com certeza traz um frescor a este final. Seu caso da Guatemala vindo direto dos USA nos mostra uma realidade completamente utópica, quando comparado ao que realmente acontece. Inclusive eu amaria que a série abordasse essa premissa de um sistema de saúde capitalista e bem pouco trabalhado como o americano. Mas acho que esse sonho ainda vai ficar para depois. Queria mesmo era que Claire ganhasse sua/minha tão sonhada spin-off na Guatemala.
Finalmente tivemos o tão esperado “sim”
Depois de muito drama e dilemas, Shaun e Lea desistem de todo o ideal de um casamento perfeito. Quem poderia imaginar, não é? Por fim, em uma cerimônia íntima temos eles dizendo “sim” perante seus colegas de trabalho no hospital. Acho que isso só valeu mesmo para mais uma cena de Shaun e Glassman, quando o garoto declarou seus sentimentos perante o exemplo de pai que tem.
Um “cliffhanger” de centavos…
Sinceramente, até quando vamos colocar uma tragédia como tema central de uma season finale? Acredito muito que esse recurso já está um pouco saturado por aqui. Tudo bem que The Good Doctor abusou pouco dessa situação quando comparado a tantas outras séries médicas por aí. Contudo, ainda foi algo sem muita expectativa. Não acredito que eles darão um tiro no pé para tirar Lim do cast dos personagens, uma vez que ela tem entregado tudo na série.
Acho também que o plot de Villanueva foi muito importante, mas trabalhado de forma muito simples. Poderia explorar melhor, uma vez que a violência doméstica não se resume a agressões físicas. Ela às vezes começa como uma tortura psicológica ou até mesmo disfarçada de cuidado e proteção. Há melhores formas de conscientizar, informar e segurar a necessidade de denúncias.
Enfim, vamos ter que aguardar alguns meses para saber como eles pretendem trabalhar essa situação. The Good Doctor retorna para sua sexta temporada já confirmada no segundo semestre e nos vemos lá. Um abraço e até breve!
Nota: 3,5/5