Crítica: Abóboras e churrasco texano deram o tempero no episódio 2×17 de Lethal Weapon
Review do décimo sétimo episódio da segunda temporada de Lethal Weapon, da Warner Channel, intitulado "The Odd Couple".
[spacer height=”20px”]
Molly resolveu aparecer e fez toda a diferença nesse momento crucial, próximo do final da temporada
Certamente o que estava faltando nos últimos episódios, teve em The Odd Couple. E não foi preciso muita coisa não. Apenas uma personagem que reapareceu foi capaz de dar todo o “tempero” que estava faltando em Lethal Weapon! Se ligou no trocadilho?
Riggs começar a falar sobre Molly dias depois de se despedir de Ruthie não foi mera coincidência. Acho que a velhinha trouxe a reflexão que estava faltando para Martin. Isso o motivou a sair da sua zona de conforto e começar a encarar seus desafios.
Por falar em desafios, acho que o desafio maior de Martin foi aturar seu parceiro durante esses dias de conflito entre o Sr. e a Sra. Murtaugh. Eu me senti muito na pele do Riggs, quando Roger acordou feliz e cantante. Inclusive, acho que “só” furar colchão foi pouco.
O contraste entre o solitário solteirão e o paizão de família fez um dos momentos mais cômicos dessa temporada. Aquela discussão a respeito do som de game show que Roger fazia foi muito engraçada!
Maureen Cahill mostra mais uma vez sua importância para a trama
No episódio passado eu senti falta da Dra. Cahill, e não foi por acaso. A personagem de Jordana Brewster tem uma relevância gigante no desenrolar do enredo principal da série. Na cena em que Riggs liga para ela do telefone do escritório eu achei que ela bateria o carro enquanto estacionava.
Curto muito a sintonia dos dois, mas só como médico e paciente. No começo da série, achei que eles teriam um lance, mas fui percebendo que não seria uma relação muito saudável. Se eles engatarem um namoro, vai dar ruim para os dois. No caso de Maureen, ela teria de largar o ofício de psicóloga do departamento e Riggs teria um prejuízo enorme. Tenho certeza de que nosso detetive não encontraria alguém à altura para ajudá-lo a encontrar a cura para sua depressão. Concordo que Ruthie foi essencial para esse processo! Mas à longo prazo não sei se sua contribuição seria tão positiva. Digamos que seus métodos “não ortodoxos” talvez levassem Riggs a outro tipo de loucura e não a uma cura interior.
Mais um capítulo da novela Sr. e Sra. Murtaugh
No episódio anterior, comentei um pouco da capacidade que Roger tem de dar mancadas. Dessa vez não foi diferente. Além de estar incomodando involuntariamente o convívio de Riggs com ele mesmo no trailer, Murtaugh ainda atrapalhou o fechamento de um contrato milionário do qual sua esposa estava à frente.
[spacer height=”20px”]
Como vamos falar de Lethal Weapon, é muito evidente que no final tudo dará muito certo.
Roger entrou num avião em movimento (inclusive correndo atrás dele), enfrentou o vilão e seus capangas e ainda saltou do avião em pleno ar, junto com Riggs e sem paraquedas! Se um dia eu precisar de um marca-passo, certamente vou querer um igual ao do detetive!
Sem contar nas diversas semelhanças na vida do cara morto pela empilhadeira e a situação conjugal atual de Roger. O modo como tudo apontava para o fracasso dele, e não de Trish, foi maestral.
Fora isso, ver Scorsese tentando ganhar um espaço no círculo de amigos de Murtaugh foi um plus. O cara até comprou roupas de cama especiais para atrair o detetive. Ok, agora que eu escrevi, confesso que achei meio estranha essa obsessão do legista. O melhor foi o argumento de Roger para não ir: “Scorsese tem gatos!”.
Gostei muito desse momento em que Molly reaparece. Além de reacender a chama de Riggs e seu desejo de ter uma vida normal, ela confrontou o detetive de um modo que ninguém mais teria intimidade de fazer. Desde o reencontro deles, Riggs tentou agir normalmente, mas no fundo ele sabia que devia uma explicação a ela.
Grandes emoções nos aguardam nos próximos episódios. Só espero que a qualidade da série não caia e nos deixe na mão logo agora. Vamos esperar para ver.
Até a próxima!