Crítica: O tenso e confuso episódio 8×02 de AHS: Apocalypse

Review do segundo episódio da oitava temporada de American Horror Story: Apocalypse, do canal FX, intitulado "The Morning After".

Imagem? Divulgação
Imagem: FX/Divulgação

Confesso que, apesar de estarmos apenas no segundo episódio ainda, eu já estou um pouco irritado, porque o tão aguardado crossover ainda não aconteceu. Pior, na promo desse episódio, foi mostrado as bruxas chegando no lugar que parecia muito o Outpost 3… E cadê as bruxas? Só Ryan Murphy sabe.

Paralelo a isso, o ritmo de desenvolvimento da história de Apocalypse continua muito lento, apesar de ter uma história interessante e personagens carismáticos. A grande expectativa desse ano era o retorno das personagens de temporadas anteriores, o que por enquanto ainda não ocorreu… Quer dizer, o Rubber Man deu as caras e levantou ainda mais dúvidas nas nossas cabeças!

De todas as temporadas de AHS, nenhuma outra teve tantas teorias por parte dos fãs quanto essa.

E ainda que as discussões em fóruns e grupos da vida estejam bastante intensas, ninguém ainda conseguiu explicar, de forma assertiva, a aparição do Rubber Man no Outpost 3. Apesar dessa aparição soar avulsa e até um pouco gratuita, dado a relevância que outros personagens da primeira temporada tem, não podemos esquecer da clara ligação que o “personagem” tem com o Michael Langdom. Já que o Rubber Man original da primeira temporada é o Tate Langdom, pai do Michael. E essa aparição de ambos não pode ser coincidência.

Além disso, enquanto o Rubber Man mantinha relações sexuais com o Gallant, foi rapidamente exibido um frame em que mostrava o Michael, do jeito que veio ao mundo, fazendo um ritual ou uma invocação em cima de um pentagrama, num local infestado por cobras e por falar em cobras…

Esses animais tiveram diversas aparições nesse episódio, e devemos lembrar da importância que as serpentes tiveram em Coven, sendo algo fundamental na mitologia criada pela série naquele ano, presente em diversos episódios daquela temporada e até mesmo no material de divulgação.

Já tinha ficado na minha cabeça, após ver num dos trailers, uma cena do Michael, em que ele, aparentemente, está fazendo nevar, que ele poderia ser um bruxo. Além disso, durante o episódio anterior Venable diz que o Outpost 3, antigamente, era uma escola para rapazes, e se fosse um Coven apenas para meninos? E se o Michael for a Cordélia desse Coven, ou seja, o Supremo?

Além disso, ver o baby Langdom fazer um ritual/invocação num local cheio de cobras, reforça um pouco essa ideia. Voltando a falar das cobras. É curioso que o primeiro personagem que teve contato com elas nesse episódio foi a Emily.

E por falar em Emily…

A desculpa para a “salvação” da Emily e do Timothy no Outpost 3 é que eles teriam o gene perfeito para a continuação da linhagem humana. Ou seja, quando a terra estivesse habitável novamente, eles seriam os pais da nova humanidade, numa clara referência a Adão e Eva.

O curioso nisso tudo é a forma como esse episódio, de forma engraçada, inclusive, deixou isso bem claro. Primeiro Emily, assim como a Eva, encontrou a serpente, depois ela levou o Timothy a também ter contato com o animal no momento em que ele foi resgata-la. Posterior a isso partiu dela a ideia de invadir o quarto do Michael atrás da “informação proibida”.

E agora vem a parte mais engraçada nisso tudo. Na bíblia, Adão e Eva tem acesso ao conhecimento depois de comer o fruto proibido, fruto esse que, apesar de não estar descrito, a maioria das passagens relaciona a uma maçã. No episódio, Emily e Timothy conseguem a informação/conhecimento proibido depois de acessarem o notebook do Michael, e de que marca era o notebook? Isso mesmo, Apple! Ryan Murphy, em matéria de deboche, às vezes passa dos limites.

Achou que acabou? Não! Após comerem o fruto proibido (que será o título do próximo episódio. Que pertinente, não?) e terem acesso ao conhecimento, Adão e Eva cometem o pecado, certo? Pois bastou eles lerem um e-mail no notebook e o Timothy e a Emily, que estavam querendo pecar faz tempo, pecaram de todas as formas que tinham direito, indo de encontro às regras que proibiam relações sexuais, e despertando a ira de Venable.

E por falar em Venable…

Entendemos o motivo da personagem andar por aí usando aquela maldita bengala. A sua coluna tem uma espécie de atrofiação, e como AHS tem um motivo para tudo, esse pode ser um detalhe que diz muito sobre a personagem. Depois de tanto se falar em genes perfeitos e candidatos para repovoar a terra, porque a Cooperativa entregou o comando, de um local com tanta importância, para alguém que tem uma “imperfeição”?

Já que as referências bíblicas estão fortes esse ano, uma das teorias presentes na internet é de que se o Michael é o anticristo, a Venable é um anjo caído que teve as suas asas cortadas e, por isso, tem aquela coluna e anda daquele jeito… Forçado?!

Outra teoria é de que a personagem é uma descendente da Bette e da Dot, as gêmeas siamesas de Freak Show, e tal como as suas ancestrais, também tem imperfeições na coluna.

Com tantas teorias e referências, a confusão generalizada toma conta dessa temporada. Meu medo nisso tudo é que essa temporada vire uma gigantesca salada de personagens e história a serem contadas, e que a coesão passe bem longe.

Porém, ao menos por enquanto, AHS: Apocalypse segue interessante de se acompanhar, embora a demora na aparição do tão prometido crossover teste um pouco a nossa paciência.

ApocalypseNOW: Não faço a mínima ideia do que é a personagem da Kathy Bates… Androide? Robô? Máquina de Sorvete? Teorizem!

ApocalypseNOW 2: Numa das referências mais diretas desse episódio, Stevie Nicks tocou no rádio do Outpost 3. Para quem lembra, ela é uma das bruxas de Coven.

ApocalypseNOW 3: Personagem bom sempre morre cedo, Joan Collins, por hora, se despediu da série.

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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