Crítica: Novo inimigo e patriotismo acima da medida marcam 5×01/02 de The Last Ship

Review do primeiro e segundo episódio da quinta temporada de The Last Ship, da TNT, intitulados, respectivamente, "Casus Belli" e "Fog of War".

Imagem: TNT/Reprodução
Imagem: TNT/Reprodução

A URSAL existe e é no The Last Ship

A quinta e última temporada de The Last Ship começou infinitamente melhor do que a quarta temporada inteira.

Assim como nas quatro temporadas anteriores, a série pegou um país pra Cristo. Depois de Rússia, Grécia, Japão e China, o escolhido dessa vez foi a América Latina, com a Gran Colombia URSAL, né mores?. A série jogou com a cartada da nação latina socialista e o imperialismo coitadinho de sempre. The Last Ship começou com muita ação e, infelizmente, com morte de personagens queridos logo no primeiro episódio.

Primeiramente, vamos contextualizar o cenário mundial da série depois da Red Flu. Após todo o drama com a descoberta e dissipação da cura, o mundo tentou entrar nos eixos novamente. Chandler, depois de lutar bravamente contra os males do mundo, foi promovido a Almirante e se aposentou – de novo – da Marinha. Vivendo sua vida simples de professor dentro da Academia Naval, ele teve a chance de vestir novamente a farda branca da Marinha durante uma exposição das forças armadas americanas. Comemorando a chegada de três novos destroyers, ele relembrou sua trajetória até então. O problema é que nada vai ser tranquilo assim. Um cyberataque foi organizado por Gustavo Barros, o líder da Gran Colombia, para neutralizar e aniquilar os EUA. Parece plot político na vida real. E talvez seja.

Todos os novos destroyers foram inutilizados durante o ataque, menos um. Nathan James, o nosso lar, aquele que sempre vai nos proteger de tudo. Entretanto, eles têm bem mais problemas com o navio do que nas últimas temporadas. Nada que Kara Green, Slattery e Burk não possam contornar.

Unir para vencer

Aliás, esses primeiros episódios estão divididos em três núcleos muito bem construídos e com histórias paralelas que se cruzam. Tom Chandler fica em terra, comandando e tentando descobrir quem ordenou e como o cyberataque foi arquitetado. Slattery foi à bordo do James, fazendo o que mais gosta: entrando em ação. Inclusive, para mim, as melhores cenas são exatamente dentro do James, com os comandos e as técnicas empregadas. O terceiro núcleo é a Equipe Cobra, com Danny Green, Wolf, Sasha e Azima em território inimigo e hostil do Panamá, país estratégico por ser elo de ligação entre a América Latina e Central com a America do Norte.

Apesar de estarem separados, os três grupos tem missões que em algum momento da temporada vão convergir para chegarem juntos à conclusão. Chandler segue depositando sua confiança em Swain, o mais novo marinheiro e hacker, para descobrir a origem do ataque. Já a Equipe Cobra têm como missão fugir do exército de Gustavo, que os caça e quer colocar a culpa da morte do presidente do Panamá no grupo. Já Slattery, Burk e Kara Green têm a missão de não deixar o James ser atacado, e defender seu país dos ataques de Barros, que quer a todo custo a derrocada dos Estados Unidos da America.

Atuação impecável de Eric Dane

Falando um pouco sobre a produção em si, achei muito melhor gravada, editada e dirigida em relação a última temporada. As cenas de ação, tudo aparenta estar bem melhor coordenado para esta temporada final. Apesar de todos os rumores com a depressão e que sua atuação estaria prejudicada, Eric Dane está impecável como Tom Chandler. O mesmo tom sério e sisudo das primeiras temporadas seguem ditando o personagem até agora. Slattery também é uma joia rara da série. Apesar de ser controverso, Adam Baldwin faz uma interpretação como ninguém. Gostei muito da interação dos dois, e a forma de comunicação no meio do caos, com Moby Dick sendo o centro de tudo. Baita forma de amarrar um nó solto deixado no início do primeiro episodio.

Sobre o autor
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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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