Crítica: Army Of The Dead, a apoteose zumbi de Zack Snyder!

Crítica do filme Army of the Dead, produção original da Netflix dirigida por Zack Snyder: o filme vale a pena? Revelamos!

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Army Of The Dead tinha tudo para dar errado! É aquele filme em que dizemos que passou por um “inferno de pré produção”. Zack Snyder (diretor, roteirista e diretor de fotografia do filme), concebeu a ideia do longa lá no começo dos anos 2000. A Warner demonstrou interesse, mas logo o diretor se envolveu com adaptações de quadrinhos e se tornou quem nós conhecemos hoje.

Quase 20 anos depois, a Netflix (que cada vez mais se prova como a casa de alguém, após a pessoa ouvir muitos: não!) comprou a ideia. E, com isso, decidiu bancar os 90 milhões de dólares e dar total liberdade criativa ao seu realizador. O resultado? Uma franquia incrivelmente robusta para chamar de sua. Army Of The Dead não só deu muito certo, como criou um mundo cheio de possibilidades, com uma mitologia riquíssima e trouxe um frescor para esse tão amado subgênero.

Porque é bom?

Antes, vamos a uma breve sinopse. “Após um surto de zumbis em Las Vegas, um grupo de mercenários se aventura em uma zona de quarentena para tentar realizar o maior assalto de todos os tempos”. De certa forma soa bem genérico não é?

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Um dos pontos que mais gostei em Army Of The Dead foi a sua “explicação” da origem do surto Zumbi. Não se trata, necessariamente, de um surto pandêmico ou um vírus como estamos vendo em todas as produções do gênero. Snyder aqui, coloca a origem do seu Apocalipse para estar ligado a Área 51, que em terras estadunidenses, é uma área conhecida por estudar evidências extraterrestres. Os 15 (frenéticos) minutos de abertura do filme mostra justamente o início de tudo.

Outra parte importante da produção é a sua história central. Não se trata de um grupo tentando sobreviver do fim do mundo e escapar dos mortos vivos. O surto zumbi é, aparentemente, controlado em Las Vegas, a cidade literalmente cercada por containers e pronto o resto do mundo está normal. Até que um grupo, contratado por um ricaço, recebe a missão de entrar na zona zumbi para roubar 200 milhões de dólares de um cofre de um cassino. E pronto, o circo está montado para a nossa história.

Tudo funciona?

Não. A falta de desenvolvimento de seus personagens é e não é um problema ao mesmo tempo. Ao passo que isso ajuda a não perder tempo em muitas apresentações e focar na ação, que é o objetivo do longa, também atrapalha a nossa torcida por eles. Ora, trata-se de um grupo enorme entrando numa zona fantasma para fazer um roubo, sabemos que muitos morrerão pelo caminho e, considerando isso, eles morrem e nós não nos importamos. E isso reverbera negativamente até mesmo no final do filme, porque os sobreviventes finais… olha, difícil!

Além disso, falando de forma gráfica o filme apresenta tudo aquilo que esperamos do um filme do Zack Snyder. Obviamente temos: muitas, muitas passagens em slow motion (câmera lenta), cores saturadas e aquela trilha sonora alta e cheia de hits nos momentos chaves do filme. Mas, honestamente, o que o diretor faz com o foco nesse filme, deveria ser um crie. A todo, sério, a TODO momento existe o jogo de focar e desfocar, o que pode dar um nó na nossa cabeça e não acrescenta em nada na narrativa. Não recomendo o filme para pessoas que possuem labirintite.

Conclusão

Army Of The Dead diverte no mais alto nível. É aquele filme para um sábado a noite, comendo pipoca e sim, esses filmes ainda existem. Apesar da inundação de franquias que para ver um, você tem que ver 10 filmes antes ou a imensa quantidade de filmes pretenciosos que temos atualmente. É um filme para diversão, mas nem por isso, deixa de ser bem feito. Algumas passagens são desnecessárias e o filme não precisava ter uma duração tão longa, mas nada que atrapalhe a experiência. Vale MUITO a conferida!

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Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.