5×13 de Riverdale finalmente parece se estabilizar
Review do décimo terceiro episódio da quinta temporada de Riverdale, exibido pela CW, intitulado: "Chapter Eighty-Nine: Reservoir Dogs".
Antecipadamente, precisamos ajoelhar ao culto de Cheryl Blossom e agradecer. Riverdale finalmente parece ter voltado aos eixos. Apesar de ser algo comum em toda temporada, sempre me surpreendo com a capacidade da série. Vão do oito ao quarenta – porque falar oitenta já é demais – em coisa de segundos. Essa semana, tivemos estabilidade na construção dos fatos e quero deixar algumas impressões por aqui.
A falta de informações ainda é impressionante!
Iniciando por Cheryl, que finalmente conseguiu aderir mais um seguidor à sua “igreja”. Ainda estou achando esse plot completamente sem pé nem cabeça, mas uma parte de mim acredita em uma possível importância no futuro. Aquele cálice que Penelope carrega para cima e para baixo tem, com toda certeza, alguma substância alucinógena. Lembremos que Cheryl vê o irmão durante um momento após beber o líquido contido na taça.
Por outro lado, acho que a construção da união de Cheryl e Kevin foi bem apresentada e fiquei esperançoso de ver Toni nesse episódio. Todavia, o que me impressionou de verdade foi um breve retorno de Moose Mason. O personagem sempre dá as caras em alguns frames por temporada e, dessa vez, vimos um pouco da sua versão mais adulta. Será que teremos um personagem recorrente por aí? Eis a questão…
Um pouco da antiga Riverdale de volta…
Falando aqui como um apaixonado por musicais, sempre me empolgo quando começam a cantar em Riverdale. Mas, claro que cenas como as do episódio 5×11, onde tudo foi montado sem contexto, me desanimam. Dessa vez, a apresentação de “Nothing But a Good Time” me fez relembrar um pouco das primeiras temporadas, a turma reunida no La Bonne Nuit com um propósito maior de resolver algum mistério ou pendência da cidade. Corro risco ao dizer que uma leve nostalgia se fez presente durante a canção.
Ademais, Betty e Tabita são uma dupla que vem se destacando positivamente na série. Eu acredito muito na adição de Erinn Westbrook ao elenco e não é a primeira vez que digo isso aqui. Por mais que todo o plot de Jughead me faça sofrer, a união das garotas me traz esperanças para a personagem. Inclusive, tenho a leve impressão que Tabita seguirá os mesmos passos de Betty para o FBI. Contudo, isso são coisas para o final da série ou em um possível próximo salto temporal.
Uma relação de amor e dúvida com essa dupla
A relação entre Veronica e Reggie sempre foi uma das melhores para mim. Assim como Betty e Tabita, eles se destacam positivamente nesta temporada de Riverdale. Julguem o tanto que quiserem, mas vejo Camilla Mendes e Charles Melton com muita química. Tanto que a união deles na série rendeu um relacionamento na vida real que até hoje ninguém sabe dizer se realmente acabou. Entretanto, mesmo amando a dupla na série, e em especial neste episódio, ainda desconfio das reais intenções de Reggie.
Pelo que vimos na última semana, o rapaz possui todo o potencial de se tornar o próximo Hiram Lodge. Vê-lo magoar nossa estrela principal não vai ser um momento fácil. Mas não vou me preocupar com isso por agora, ainda há muito para acontecer. O plot de ambos nessa semana foi interativo, principalmente na disputa direta com Hiram por investidores. Acho que ambos tem capacidade suficiente para derrotar de vez o vilão, que merece um bom descanso após carregar o antagonismo da série por cinco anos.
Queremos mais assuntos relevantes em Riverdale!
A série já deixou de ser uma inspiração dos quadrinhos há algum tempo. Por mais que às vezes os produtores retomem cenas lamentáveis, como se estivéssemos em uma produção animada dos anos 80, Riverdale precisa construir seu valor como uma série para adultos jovens. Os fãs adolescentes cresceram e a série precisa acompanhar essa mudança, se quiser se manter na grade da CW. Assim, essa semana vieram com uma discussão completamente necessária que provavelmente se desenvolverá na semana que vem.
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição presente em diversas situações da sociedade. O próprio coronavírus trouxe isso a diversos funcionários da saúde nos últimos dois anos. Entretanto, a condição também está muito atrelada a jovens que participam de guerras. O mais curioso de tudo em relação a série foi a abordagem diversa em um só episódio. Primeiro vimos as manifestações de Jackson em seus sonhos, que também estão presentes em Archie.
O episódio também conseguiu abordar uma das formas de tratamento que envolve a relação entre os seres envolvidos e cães. Quer forma mais pura e genuína de carinho do que um animal?! Entretanto, eles foram além e ainda adicionaram uma máfia de luta de cachorros em Riverdale que precisava ser destruída. Bom, acho que são muitos plots para um só episódio, todavia, confesso que não me senti nem um pouco cansado com a narrativa.
O que vem por aí?
Não sei se a sua interpretação será a mesma, contudo, veremos lados sombrios por aí. Pelo que é apresentado na promo, Riverdale pode se tornar uma Arkham muito em breve. Acredito que as imagens abaixo falem mais do que mil palavras!