Mask Girl: novo K-drama da Netflix é ousado, mas cansa

Assassinato, identidades secretas e histórias de cirurgia plástica em abundância compõem Mask Girl, uma emocionante nova série coreana de suspense baseada em um webtoon de mesmo nome.

Mask Girl se destaca dos outros k-dramas que a Netflix tem a oferecer, fazendo escolhas ousadas (com comentários sociais mais ousados) à la Round 6. A série agita o público com o grande número de voltas e reviravoltas que tem a oferecer, e isso contribui para um começo forte. No entanto, Mask Girl acaba cedendo sob a pressão de sua própria esperteza.

Sobre o que é a história da série Mask Girl?

Em seu nível mais básico, Mask Girl é sobre uma mulher que sofreu por ser, nas palavras de muitos outros personagens, feia. Kim Mo-mi já sonhou em ser uma artista famosa, mas sua aparência (assim como os comentários agressivos de sua mãe e de seus colegas) atrapalharam desde muito jovem.

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Agora, uma adulta trabalhando em um trabalho monótono de contabilidade, Mo-mi vive sua fantasia online, dançando e flertando com homens através das webcam. Ela tem uma base de fãs considerável, que ela mantém no escuro cobrindo o rosto com uma máscara. Mas, quando uma paixão não correspondida a desencadeia, ela inicia um caminho sem volta.

Existem vários outros que ocupam a história de Mo-mi, incluindo o colega de trabalho e ávido fã da Mask Girl Ju Oh-nam (Ahn Jae-hong), bem como sua mãe protetora Kim Kyung-ja (Yeom Hye-ran).

Todos os seus fios narrativos se unem em seis episódios, com Mask Girl adotando uma abordagem antológica: cada episódio recebe o nome de um personagem diferente e cada episódio aborda a história abrangente da perspectiva desse personagem.

Mask Girl tem pontos intrigantes

Mask Girl tem seus pontos brilhantes e intrigantes. Os dois primeiros episódios são muito envolventes e inteligentes. A série opera no auge, brincando com gêneros como anime, terror e romance para fazer algo totalmente original.

O programa é incrivelmente experiente sobre a dinâmica de gênero, já que as inseguranças de Mo-mi a faz desejar a atenção masculina, enquanto Oh-nam incorpora a cultura desprezível e “suada”. O papel de uma cultura emergente da internet é destacado (esses episódios acontecem em 2009), completo com todos os padrões de beleza e trabalho sexual leve que conhecemos hoje.

É uma experiência ocasionalmente desconfortável para assistir, e isso é intencional – tanto Mo-mi quanto Oh-nam estão acostumadas a serem párias. Mas a capacidade de ter uma presença online anônima exacerbou seus problemas e aumentou o sentimento desumanizado que ambas já conheciam.

Cirurgia plástica ganha destaque em Mask Girl

Esse impulso desapegado leva e apoia um dos dispositivos mais bobos do programa, onde as personagens são interpretadas por várias atrizes, graças a milagrosos procedimentos de cirurgia plástica.

Mo-mi ganha a interpretação de três atrizes ao longo da série. Entre elas, a recém-chegada Lee Han-byeol, que consegue a difícil tarefa de ser a versão “feia”, e ela alcança isso com uma emoção comovente. A estrela do K-pop Nana assume como o novo rosto de Mo-mi, mas ela usa bem seu passado feio. E a veterana da TV coreana Go Hyun-jung entra em cena para o episódio final, após um salto considerável no tempo.

É uma técnica arrancada diretamente das novelas (um gênero universal da televisão, mesmo que tenha nomes diferentes), e Mask Girl deve muito a esses melodramas, bons e ruins.

Mas há problemas na série

A série acaba caindo na mesma armadilha de muitas novelas, priorizando desenvolvimentos do enredo surpresa ao invés de fundamentar personagens. A segunda metade de Mask Girl, portanto, tenta provocar suspiros de choque e admiração. Mas suas revelações são tão forçadas que é mais provável que produzam suspiros frustrados.

Mask Girl perde seu claro senso de propósito quanto mais tempo passa. E a história se transforma em um enredo de vingança incompleto que faz pouco para resolver as questões levantadas no início da série.

A história começa soberbamente, com todas as ideias do mundo e algumas sobre como ela quer retratar pessoas reais e dolorosamente normais. Porém, não consegue acompanhar suas próprias complexidades.

Todos os episódios de Mask Girl já estão disponíveis.

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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