The Witcher: 10 momentos que são muito melhores nos livros

A série The Witcher da Netflix se esforça para adaptar os livros de Andrzej Sapkowski. Mas existem muitos momentos que são bem melhores na fonte original do que na série de TV. Isso não é surpresa, já que a série lutou para adaptar fielmente os romances de The Witcher desde o início. No entanto, vários momentos se destacam pela notável superioridade que tinham nos livros. Em alguns casos, essas cenas de The Witcher funcionam simplesmente melhor nas páginas do que na tela. No entanto, outros momentos poderiam ter sido mais divertidos na tela pequena se tivessem sido adaptados adequadamente.

Infelizmente, as cenas nesta última categoria acabam saindo piores na série de TV The Witcher. Essas falhas críticas vêm de momentos que ocorrem sob circunstâncias aproximadamente iguais às dos livros. Grande parte das críticas à série se deve à mudança ou omissão de elementos do material original. No entanto, esses 10 momentos provam que, mesmo quando a série se baseia diretamente nos livros de Sapkowski, ela luta para adaptar os eventos de uma forma satisfatória.

A Luta de Geralt com a Striga de Foltest

A luta de Geralt com a Striga do Rei Foltest de Temeria é melhor nos livros de The Witcher porque eles investem mais na história. Esse momento não se trata apenas da luta real entre Geralt e a Striga, embora seja uma das melhores lutas de Geralt em The Witcher. Em vez disso, os livros se concentram mais na preparação para o confronto e seu significado.

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Mais tempo é dedicado a explorar a arrogância de Foltest e os eventos que levaram a essa Striga – que se revela ser a filha de Foltest – aterrorizar a cidade. A complexa subcorrente ética dessa história curta é largamente perdida na série da Netflix.

Treinamento de Ciri com Yennefer

Yennefer é diferente na série The Witcher em comparação com os livros, mas uma das maiores falhas da série ocorre quando Yennefer treina Ciri nas artes da magia e do caos. Nos livros, Ciri passa por um treinamento extenso com Yennefer, e esse tempo é usado para aprofundar suas características individuais, enquanto desenvolve e fortalece seu vínculo. Yennefer ensina lições de vida a Ciri, além de como usar a magia, e Ciri passa a vê-la como uma figura materna.

Conversa de Geralt com Vilgefortz em Thanedd

A conversa de Geralt com Vilgefortz na Ilha de Thanedd é muito mais profunda e significativa nos livros de The Witcher do que na série. No material original, Vilgefortz mergulha detalhadamente na história do Continente, prenunciando certos eventos e criando uma aura irresistível de mistério ao seu redor. Na série, Vilgefortz apenas adverte Geralt sobre problemas e pede que ele se una a eles. Isso também acontece nos livros, mas o diálogo é muito mais envolvente e provocativo do que na série, o que é uma tendência comum na adaptação de The Witcher da página para a tela.

O Golpe em Thanedd

O golpe em Thanedd é um enredo muito mais complicado nos livros de The Witcher. Esse golpe é o catalisador para o resto da história, e os livros fazem um trabalho muito melhor em preparar todas as camadas de uma maneira que faz sentido sem ser óbvio. No material original, essa cena desafia o leitor a decifrar quem está conspirando com quem e por quê. Na série, as coisas são mais diretas e previsíveis. O golpe em Thanedd não é realmente uma cena terrível na adaptação de The Witcher, mas simplesmente não se compara à complexidade da versão dos romances.

Jornada de Ciri pelo Deserto de Korath

Após o golpe em Thanedd no final da primeira parte da terceira temporada de The Witcher, Ciri pula no portal distorcido na Torre das Gaivotas e cai no meio do deserto de Korath, também conhecido como A Frigideira. A série faz um bom trabalho ao transmitir a desespero e angústia de Ciri nessa sequência, mas ainda não é tão boa quanto nos livros.

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Os livros de The Witcher levam o leitor para a mente de Ciri, detalhando seu sofrimento com riqueza de detalhes. O pensamento de Ciri é vividamente descrito, levando o leitor para as areias escaldantes para sofrer ao seu lado, de uma maneira que a série não consegue fazer.

Geralt Encontrando Ciri

No final da primeira temporada de The Witcher, Geralt encontra Ciri na floresta depois de quase morrer devido à mordida de um ghoul. Este é um grande momento na série, e Geralt e Ciri se abraçam. No entanto, há um problema evidente que não ocorre nos livros de The Witcher: Ciri e Geralt nunca se encontraram antes. Isso torna difícil acreditar que Ciri esteja tão animada para se reunir com um homem que ela nunca conheceu, especialmente considerando o trauma que ela enfrenta imediatamente antes.

Luta de Yennefer com Rience

A luta de Yennefer com Rience é muito mais divertida nos livros de The Witcher do que na série da Netflix. Considerando que a televisão oferece um meio melhor para transmitir cenas de luta do que um romance, essa cena deveria ter sido melhor na adaptação. Infelizmente, a série inexplicavelmente decide tirar de Yennefer a habilidade de usar magia, forçando-a a cuspir álcool no rosto de Rience em vez de lançar fogo nele. Isso torna a cena decididamente menos emocionante. Também é uma oportunidade perdida de transmitir o quão poderosa Yennefer realmente é.

Luta de Geralt com os Irmãos Michelet

Na segunda temporada de The Witcher, Geralt enfrenta uma equipe de supostamente elite mercenários conhecidos como os irmãos Michelet no Templo de Melitele. Geralt de Henry Cavill não tem sua espada consigo, forçando-o a usar os punhos e objetos ao redor para derrotá-los. Nos livros, Geralt enfrenta esses personagens na estrada, com a espada em mãos. Ele os corta com precisão letal, mostrando o quão mortal Geralt é em comparação com um ser humano comum. Essa cena no material original transmite a raiva e a frustração de Geralt. Em contraste, a série parece estar apenas procurando uma cena de luta para inserir no final de um episódio.

Encontro de Geralt com Codringher e Fenn

O encontro de Geralt com os advogados Codringher e Fenn é uma cena muito mais esclarecedora nos livros de The Witcher. Codringher e Fenn revelam uma infinidade de informações pertinentes, tornando-a um dos capítulos mais gratificantes da série. Eles conectam os pontos sobre alguns dos elementos mais essenciais da história, tornando-a envolvente de ler. As cenas de Codringher e Fenn na série simplesmente não fornecem o mesmo valor. Eles revelam fatos importantes, mas não tantos e não de forma tão abrangente.

Introdução de Fake Ciri na Corte Nilfgaardiana

A introdução de Fake Ciri na Corte Nilfgaardiana é melhor nos livros porque é escrita do ponto de vista de Emhyr. Emhyr está plenamente ciente de que ele não tem a verdadeira Ciri, mas finge para encorajar outras nações a pararem de procurá-la. Ele também tem algumas conversas fascinantes com seus mestres-espiões após essa cena, preparando a caçada secreta a Ciri que se segue.

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Na série The Witcher, parece que Emhyr não sabe que recebeu uma falsa princesa, o que prejudica gravemente sua caracterização. Emhyr deveria saber como sua própria filha se parece e deveria querer desviar a atenção dela. Essa inconsistência é a única razão pela qual essa cena é melhor nos livros de Sapkowski.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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