Nova série de The Handmaid’s Tale deve evitar seu maior erro

The Handmaid's Tale cometeu um grande erro que prejudicou toda a sua história. Agora, uma série derivada foi anunciada, e precisa consertar.

The Handmaid's Tale

O tão aguardado spin-off de “The Handmaid’s Tale” foi oficialmente anunciado, mas a série precisa seguir um caminho para evitar o destino de sua predecessora.

A sequência de “The Handmaid’s Tale” e intitulada “The Testaments” e ambientada no mesmo universo. Ela planeja dar continuidade à história cerca de 15 anos após os eventos da linha do tempo da série original.

Com seis temporadas da série original para aprender, “The Testaments” deve prestar atenção a um aspecto importante à medida que seus planos se desenvolvem.

PUBLICIDADE

A produção da sexta temporada está prevista para começar no verão de 2024, com planos para estrear por volta do verão de 2025. Parece que isso se alinhará com o ano de lançamento de “The Testaments”, que também tem uma programação provisória de estreia em 2025.

Embora muitos personagens secundários de “The Handmaid’s Tale” estejam previstos para aparecer no elenco de “The Testaments”, a Tia Lydia (Ann Dowd) é a única estrela confirmada até o momento. Mesmo com uma história envolvente e retornando astros, “The Testaments” precisa realizar um passo crucial para garantir seu sucesso.

Uma das principais críticas a “The Handmaid’s Tale” é que a série se prolongou por tempo demais. A sexta temporada, por exemplo, será exibida no verão de 2025, quase três anos após a estreia da quinta temporada. A primeira temporada foi lançada em abril de 2017. Isso significa que quase oito anos e meio se passarão entre sua estreia e o final.

Leia mais sobre “The Handmaid’s Tale“:

“The Testaments” se beneficiaria sendo uma minissérie ou série limitada de uma temporada que pudesse contar uma adaptação fiel do romance sequencial. Adotar essa estratégia, então, significaria que “The Testaments” estaria em muito menos risco de sofrer o destino de “The Handmaid’s Tale”. Esta, que perdeu interesse e audiência nas últimas temporadas.

Conseguir a atenção dos espectadores para uma sólida série de uma temporada permitiria uma penetração no zeitgeist. Sem os fãs se perguntarem quantas temporadas precisam comprometer-se.

O maior erro que o programa original cometeu, então, foi contar sua história tempo demais após os eventos do romance original de Margaret Atwood. Desde o início da segunda temporada, a narrativa não faz parte do texto original. Os roteiristas e diretores fizeram um excelente trabalho em expandir o mundo e criar novos elementos dramáticos, mas todos esses elementos estão fora da visão original de Atwood.

“The Testaments”, uma história contada uma década e meia após o final de “The Handmaid’s Tale”, também possui uma história finita apresentada em um romance de 2019. Há um final muito claro e deliberado para essa história, por exemplo, e a Hulu se beneficiaria contando-a em uma temporada bem planejada, em vez de prolongar a trama sem um fim à vista.

A série original sofreu com o desenvolvimento excessivo da trama e complexidade da narrativa. É uma lição clara para “The Testaments” de que, às vezes, menos pode realmente ser mais.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.