A Gestora tem história real na Netflix? Eis a verdade
Saiba a verdade por trás da história de A Gestora: existe algum fato real que inspirou o filme da Netflix? Descubra!
Dirigido pelo cineasta estreante Fran Torres, A Gestora é um filme de suspense em espanhol da Netflix. A trama gira em torno de duas mulheres – a milionária e dona de uma grife Beatriz (Aitana Sánchez-Gijón) e a ambiciosa imigrante argentina Sofía (Cumelen Sanz). Depois de ser contratada como estagiária na empresa de Beatriz, Sofía rapidamente prova seu valor e se torna uma funcionária permanente.
No entanto, ela logo descobre que está grávida. Isso representa um grande problema para Sofía. Ela não quer perder o emprego por causa da gravidez, nem tem vontade de fazer um aborto. Ao saber disso, Beatriz faz um pedido inusitado a Sofía — quando seu filho nascer, Beatriz assumirá todas as responsabilidades. Depois de alguma consideração, Sofía concorda. Ela não conta a Nacho, seu namorado e pai do bebê, sobre nada disso.
As duas mulheres posteriormente assinam um contrato, e Sofía diz a Nacho que ela tem que ir para Londres por seis meses. Na realidade, Beatriz a transfere para sua casa de campo. No entanto. Quanto mais tempo Sofía passa naquela casa, mais ela percebe que se tornou prisioneira. Isso acaba resultando em um confronto sangrento entre ela e a mulher mais velha.
Como filme, A Gestora explora temas como imigração, exploração de imigrantes e barriga de aluguel. Se isso fez você se perguntar se A Gestora tem inspiração em eventos reais, eis a verdade.
A Gestora tem história real na Netflix?
Não, A Gestora não tem base em uma história verdadeira, embora, como qualquer outro grande filme, elementos de verdade inspirem a narrativa do filme. A Gestora foi desenvolvido a partir de um roteiro de Laura Sarmiento, conhecida por seus trabalhos em projetos como 14 de abril. La República e Diablero.
“A primeira coisa que me conquistou no roteiro foi a riqueza e a precisão do retrato dessas duas protagonistas, Beatriz e Sofía, e como a relação delas encapsula muitas das tensões que vemos na sociedade atual, como classismo, ultraliberalismo, feminismo e mães de aluguel… Eles aparecem no filme desde o início”, disse Torres à Cineuropa.
Leia também: A Gestora, os segredos do final do filme na Netflix
“Ele consegue capturar todas essas tensões presentes no discurso público sem cair em clichês. Além disso, ambos os protagonistas são imprevisíveis – eles não se encaixam em nenhum dos modelos predeterminados que a ficção costuma usar para retratar personagens femininas.”
Sánchez-Gijón ecoou o sentimento de seu diretor em entrevista à eCartelera. “Não cabia a nós julgar nossos personagens, mas sim entender suas motivações e como eles os fazem tomar as decisões que acabam escolhendo”, disse ela. “Inicialmente, ambos estão convencidos de que fizeram um acordo que os beneficiará.”
Importância das personagens de A Gestora
A estrela de Mães Paralelas também refletiu sobre por que personagens femininas como Sofía e Beatriz são importantes.
“Uma mudança está ocorrendo na indústria, começou há alguns anos, mas ainda precisa melhorar”, explicou ela. “Estamos indo na direção certa, é natural e vem até nós de outros mercados internacionais. Metade da população tem que ser representada a partir de suas diferentes realidades e complexidades e isso significa ter personagens principais de diferentes idades. Na Espanha, estão sendo produzidas mais histórias de mulheres que fogem dos parâmetros. Só espero que continue.”
Claramente, A Gestora não tem base em uma história verdadeira, mas é perfeitamente compreensível se alguém pensar que é.
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