Avatar O Último Mestre do Ar: ator defende série após polêmica

Avatar O Último Mestre do Ar estreou recentemente na Netflix e já levantou algumas críticas. Ator da série rebate e explica a situação.

Avatar O Último Mestre do Ar

A série live-action de “Avatar O Último Mestre do Ar” está no centro das discussões devido à polêmica decisão de eliminar um dos arcos de história do personagem Sokka, interpretado por Ian Ousley.

Esta é a segunda vez que a amada animação recebe uma adaptação para live-action, sendo a primeira amplamente criticada. Com expectativas de uma adaptação fiel, a nova versão de “Avatar”, produzida pela Netflix, recebeu avaliações mistas, especialmente devido às liberdades tomadas em relação ao material de origem. Contudo, a mudança que gerou mais controvérsia, mesmo antes da estreia, foi em relação a Sokka.

Em entrevista ao GamesRadar+, Ian Ousley abordou as mudanças controversas feitas em Sokka em “Avatar O Último Mestre do Ar”. O ator observou que a série suavizou o sexismo do personagem, mas que algumas de suas atitudes de “eu sou o líder e você é o seguidor” ainda permaneceram.

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Ousley afirmou que as alterações não tiraram a essência da história de Sokka, e que ele ainda é o personagem “que conhecemos e amamos do desenho animado“. Confira sua declaração abaixo:

“O desenho animado realmente é o coração e a alma do que nosso show live-action é. Não estávamos tentando tirar nada. Obviamente, retiramos esse elemento, mas ele ainda tem essa atitude. Não uma atitude sexista, mas se transformou mais em – na relação de Sokka e Katara – ‘eu sou o líder e você é o seguidor’. Coisas assim. Ele ainda é o Sokka que conhecemos e amamos do desenho animado. Eu nem acho que os fãs notariam algumas dessas coisas, honestamente, [quando] assistindo ao nosso programa. Ele definitivamente ainda tem seus arcos e suas lições no show.”

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A controvérsia teve início nas semanas que antecederam a estreia de “Avatar O Último Mestre do Ar”, quando Ian Ousley revelou que o show estava eliminando o sexismo de Sokka. Segundo o ator, alguns momentos questionáveis poderiam não se encaixar bem em uma adaptação live-action.

Embora seja comum remover comportamentos sexistas ou mulherengos ao adaptar animes ou mangás para live-action, a situação de Sokka difere de outros casos. Em “One Piece”, por exemplo, o comportamento mulherengo de Sanji foi atenuado para evitar representações caricatas.

O sexismo de Sokka na primeira temporada da animação, entretanto, era um traço importante. Ele expressava atitudes sexistas, mas ao longo da história, após conhecer Suki e as Guerreiras Kyoshi, passa por um desenvolvimento, ganhando um novo respeito pelas mulheres.

A remoção do sexismo de Sokka na adaptação live-action de “Avatar O Último Mestre do Ar” gerou debates sobre a importância de representar o crescimento e mudança dos personagens nas histórias. Enquanto alguns espectadores sentem que uma peça crucial do desenvolvimento de Sokka foi perdida, outros argumentam que a eliminação do sexismo não comprometeu a nova caracterização do personagem. Ousley sugere que Sokka ainda mantém seus arcos e lições, destacando que a série preserva a essência do desenho animado que conquistou os fãs.

Em meio à controvérsia, a série live-action de “Avatar O Último Mestre do Ar” continua a gerar discussões sobre as adaptações de personagens e a fidelidade ao material de origem, levantando questões sobre como as escolhas criativas impactam a narrativa e a recepção do público.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.