Os bastidores de How To Get Away with Murder: curiosidades por trás das câmeras
Uma das séries mais populares e instigantes desta década, How To Get Away with Murder, é o assunto da coluna Bastidores desta semana.
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Um verdadeiro fenômeno quando estreou, How To Get Away with Murder é aquela série que você já ouviu falar, mas ainda não assistiu por preguiça. Embora tenha visto seus números murcharem no decorrer dos anos, o drama liderado por Viola Davis serviu para empurrar muitos indecisos para faculdade de direito (no meu caso, The Good Wife teve tal responsabilidade).
Porém, é inegável que a qualidade narrativa e dramática da série tenham sido fatores essenciais para ela ter chegado tão bem até seu quinto ano. Cadáveres, assassinatos, sexo, mentiras, filhos bastardos e segredos do passado são elementos clichês de qualquer novela, mas quando revestidos sob um roteiro tão objetivo de Pete Nowalk, se tornam armas poderosas para um vício delicioso.
São por esses e outros motivos que a série é o tema do Bastidores desta semana. Será que tem muita curiosidade que a gente não sabe?
Três Finais. Uma surpresa.
Três finais diferentes foram preparados para a conclusão da primeira temporada. Um deles trazia Rebecca matando Lila, outro era Sam responsável pelo assassinato de Lila, enquanto o terceiro era a versão na qual foi a escolhida, uma vez que Pete Nowalk (o criador) odiou as duas primeiras.
“Porque eu estava pensando, ‘Por que isso não se parece divertido ou surpreendente?,‘” explicou o produtor em entrevista. “É muito difícil pensar que Sam estrangularia uma moça… e é isso que nós fazemos – nós jogamos tudo para o alto em busca de uma nova versão,” completou.
Estabelecendo condições
Parte do motivo do final da segunda temporada ter sido ambientada na casa de Annalise foi pela exigência de Cicely Tyson (Ophelia) em retornar. Segundo Nowalk, uma das maiores perguntas depois da primeira temporada foi o momento que a mãe de Annalise finalmente retornaria.
“Ao meu ver, uma das maiores das questões foi descobrir uma razão sobre o porque ela deveria retornar. Sem contar com o fato de Cicely ter uma agenda bem cheia,” completou. Assim que encontraram uma maneira de coloca-la na série, teve-se a ideia do Season Finale ser fora da Filadélfia.
Nowalk descreve o processo de criação do Season Finale da 2ª temporada como “muito difícil… como criar um mundo completamente diferente“, tanto que pediu ajuda de Davis. A atriz recomendou dois atores para uma das cenas: Gwendolyn Mulamba e Roger Robinson.
Vai com calma!
Nas primeiras temporadas da série, sabe-se que ninguém fugiu das cenas de sexo ou foi tímido em cria-las. Na verdade, grande parte dos personagens já teve sua própria intimidade em frente às câmeras. Logo no episódio piloto, é importante lembrar de Wes Gibbins flagrando Annalise Keating com seu então amante, o Detetive Nate Lahey (Billy Brown), fazendo sexo oral.
Com tamanha quantidade de safadeza, não deve aparecer como surpresa a notícia de que uma cena em particular resultou em Viola machucada. Na sequência, Brown joga Davis contra a parede, fazendo com que a atriz batesse sua cabeça com força. O episódio fez que Davis pedisse aos produtores um “alívio” na intensidade de algumas cenas.
No Escuro
Embora a direção consiga conduzir muito bem os atores em cena, é importante lembrar que o elenco não lê os roteiros com muita antecedência. Na verdade, muitos deles recebem apenas seus diálogos daquele dia e nada mais. Alfred Enoch (Wes), revelou que ele não tinha a menor ideia que seu personagem seria assassinado até a leitura com todo o elenco.
A ideia dos produtores em manter o elenco no escuro é legítima. Segundo o próprio Pete Nowalk, a intenção é justamente de preservar a emoção nuca e crua dos atores. Quanto menos ensaiados os atores estiverem, mais autêntica será sua performance em cena.