Os bastidores de Nashville: curiosidades por trás das câmeras
Uma das melhores séries da década, Nashville recebe uma homenagem dos Bastidores especial nessa semana em razão do seu Series Finale.
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Parece que foi ontem aquele 11 de outubro de 2012 no qual eu esperei ansiosamente pelos números da audiência do Series Premiere. Não tinha sequer assistido ao episódio piloto, mas o trailer divulgado naquele ano me deixara fascinado por motivos de Connie Britton. Pouco depois das 12h, a Nielsen divulgava os números: 2.8 no demográfico alvo (adultos de 18 a 49 anos). “Ótimo,” falei com entusiasmo. “Estaremos aqui por um bom tempo,” completei. Embora meus conhecimentos acerca do mercado à época eram um tanto limitados, felizmente acertei minha previsão.
Mesmo que a série nunca tenha conquistado a atenção que merecia, seja pela história ou pelo trabalho dos seus atores, os roteiristas não desapontaram em nenhum instante. Num momento que Hollywood sequer pensava na necessidade de explorar cidades além dos centros urbanos “elitizados” das costas leste e oeste, Nashville trazia um sopro de novidade ao propor uma história no sul do país. É claro que a capital do estado de Tennessee é uma ilha liberal num mar conservador, mas o que assistimos nesses seis anos foi uma deliciosa (e autêntica) homenagem ao berço da música americana e respeito a cultura local.
Colocando todas essas qualidades em perspectiva, além do fato de que o Series Finale vai ao ar nesta quinta-feira (26), é impossível não dedicar a coluna desta semana para Nashville. Não tivemos nenhuma grande briga ou polêmica que abalou a produção. Mesmo assim, tenho certeza que vocês não sabem certas curiosidades que encontramos pra vocês.
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Grande demais pra sair do ar
As negociações para renovação de Nashville eram as mais difíceis para ABC, da mesma forma que era com Last Man Standing. A mais complicada, entretanto foi na virada da primeira para a segunda temporada. A razão? Os altíssimos custos de produzir uma série tão “grande”. Embora as gravações fossem na própria cidade de Nashville, os roteiristas trabalhavam em Los Angeles (uma diferença de 2.865 mil quilômetros).
A emissora rachava os custos com a Lionsgate TV, mas também dividia o lucro. Para alívio do orçamento, o governador Bill Haslam dedicou parte da sua agenda econômica durante a campanha de 2010 a criar um fundo de incentivo para produção de filme e TV. Embora tenha enfrentando dificuldades do seu próprio partido para passar tal emenda no orçamento, ele conseguiu a aprovação e garantiu as gravações para mais algum tempo.
Com a receita do licenciamento das músicas e a proposta de fazer uma turnê pelo país, a ABC conseguiu fazer o orçamento funcionar até 2015. Quando a 3ª temporada estava prestes a ser a última da série, o governador entrou em cena novamente ao conseguir, de forma silenciosa, um aumento considerável nos incentivos fiscais: 08 milhões de dólares.
Make the Bluebird Great Again
Uma das grandes justificativas do governador em distribuir esses incentivos fiscais é a oportunidade de renda e emprego. Não é à toa que o estado da Califórnia acaba de extender seu pacote de 330 milhões de dólares até 2025. No caso de Nashville, a série ajudou não só diretamente, como também indiretamente.
Um dos principais cenários do show é o icônico Bluebird Café, inspirado num estabelecimento homônimo da vida real. Construindo em tamanho real num estúdio, seu dono era muitas vezes convidado para servir como gerente do lugar durante as gravações. Tal divulgação fez com que a popularidade do bar experimentasse um renascimento em popularidade.
Depois da estreia da série, o Bluebird começou a ter filas (enormes) durante boa parte da semana para assistir as atrações locais.
Ator gosta de desafios
Revelado em The O.C., Chris Carmack queria fazer um papel diferente na TV para mostrar seus diversos talentos, dentre eles o de cantor. Sabendo da oportunidade em Nashville, ele não hesitou e se inscreveu em uma audição. Para o papel de Will Lexington, o ator escolheu City Boy de Keb’ Mo’.
À época do teste ele não tinha a menor ideia que seu personagem era gay. Na verdade, depois de ser aprovado que ele foi questionado pela criadora e showrunner, Callie Khouri, sobre seu interesse em aceitar seu desafio. Buscando uma nova experiência, o ator não hesitou e aceitou na hora. “Fiquei muito empolgado,” disse numa entrevista.