Cidade Invisível: a verdade sobre a lenda do Corpo Seco

Cidade Invisível conquistou o mundo do streaming na Netflix. Ela ofereceu uma nova visão do mundo do folclore brasileiro, e um dos “principais vilões”, por assim dizer, era uma criatura, ou melhor, um espírito chamado “Corpo Seco”. Mas o que exatamente é Corpo Seco e como ele se encaixa no folclore brasileiro?

“Corpo Seco” é uma pessoa que foi, após a morte, amaldiçoada a vagar pelo mundo para sempre, em vez de alcançar o descanso eterno devido aos crimes indescritíveis que foram cometidos enquanto a pessoa estava viva. Corpo Seco aparece como uma entidade com ossos ocos, pele enrugada de couro e unhas e cabelos compridos, e causa medo nos corações dos inocentes. Em Cidade Invisível, Corpo Seco assumiu a forma de uma entidade malévola capaz de possuir outras pessoas vivas.

Agora que abordamos brevemente o que é o Corpo Seco, é hora de analisá-lo com mais detalhes. Se você está interessado em saber de onde os showrunners tiveram a ideia de incluir a entidade na série e se ela foi morta no final da série, fique conosco e continue lendo!

Cidade Invisível nos apresentou um novo tipo de vilão

Botos cor-de-rosa, sereias, bruxas, caçadoras com crânios flamejantes. Essas são apenas algumas das criaturas que conhecemos durante a primeira temporada de Cidade Invisível. Este enredo elaborado nos apresentou a um mundo oculto do folclore brasileiro e algumas das criaturas que ele envolve. Enquanto a maioria das criaturas sobrenaturais eram personagens coadjuvantes, uma entidade que está no centro de todos os acontecimentos é uma chamada Corpo Seco.

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Na série, Corpo Seco é um espírito malévolo capaz de possuir outras pessoas vivas. Também pode ser bastante letal já que a entidade conseguiu matar a família do Curupira, o que o levou a um caminho de fúria. Corpo Seco já foi um homem chamado Sr. Antunes. Ele foi morto pelo guardião da floresta Curupira, já que cometeu um crime contra a natureza. Ele também é o responsável pela morte da esposa de Eric, Gabriela, e durante todo o calvário, a entidade conseguiu possuir também a filha dele.

Uma pessoa possuída por Corpo Seco manifesta certos “sintomas”

Como vimos várias vezes ao longo da temporada, quando Corpo Seco possui uma pessoa, essa pessoa parece ter íris brancas leitosas. Além disso, ele também exibe uma crueldade inimaginável e parece sem emoção, mesmo com as pessoas com quem geralmente se preocupa.

Corpo Seco também foi responsável pela morte de peixes e vegetação. Ele tem um efeito sobre a natureza circundante, pois literalmente envenena a terra com sua presença ameaçadora e odiosa.

Não sabemos se Corpo Seco está morto na série

No último episódio da primeira temporada, vimos que Eric deu o seu melhor para evitar ser totalmente dominado por Corpo Seco. Em vez de atacar seus aliados nos momentos finais, entretanto, ele decidiu se voltar contra si mesmo e destruir o receptáculo de Corpo Seco, seu próprio Corpo físico. Eric se esfaqueou no peito com uma estaca e morreu.

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Sua morte “física” resultou em ele ser libertado do Corpo Seco e transportado para um lugar que podemos presumir ser o purgatório. Lá, então, conheceu sua esposa, Gabriela, mais uma vítima do Corpo Seco. Parece que todas as vítimas estão presas neste purgatório, por exemplo, e isso pode ser mais um indício de que o espírito não foi destruído.

Mesmo que tenhamos visto Corpo Seco vivendo em Eric, é impossível saber se a entidade foi realmente destruída.

Corpo Seco tem seu equivalente no mundo real no folclore brasileiro

Corpo Seco foi inspirado no chamado Corpo Seco ou Unhudo. Ele é criado quando um homem é tão mau e comete crimes atrozes que nem deus nem o diabo podem perdoá-lo. Sua pele está enrugada e ele é incapaz de alcançar a paz na vida após a morte, então ele deixa seu túmulo e vaga pela terra como um zumbi. Ele tem cabelos longos e unhas que nunca param de crescer. Além disso, aterroriza as pessoas inocentes, e seu único propósito na vida é incutir medo nos corações da humanidade.

Embora o Corpo Seco seja agora mais associado ao folclore brasileiro, a entidade foi mencionada pela primeira vez na mitologia europeia e portuguesa. A partir daí, então, espalhou-se junto com alguns outros aspectos da cultura portuguesa para o Brasil.