Crítica: 15×07 de Grey’s Anatomy é drama na medida certa
Review do sétimo episódio da décima quinta temporada de Grey's Anatomy, da ABC, intitulado de "Anybody Have a Map?".
Uma viagem inesperada
Grey’s Anatomy está há 15 anos no ar e continua nos surpreendendo. Há alguns que dizem que o seriado conseguiu se perder em suas loucuras, mas mesmo assim, continuam viciados no drama médico. A verdade é que é impossível vivenciar uma quinta-feira sem termos a presença destes médicos.
Se somos ou não sádicos, não sabemos. O que é certo é que o seriado consegue se reinventar a cada transformação. Já sofremos tantas perdas ao longo destas quinze temporadas que é impressionante o quanto ainda ficamos surpresos. E, por muitas vezes, sentidos quando algum personagem morre. É exatamente nesse ponto que eu quero tocar.
Meredith e Koracick ganharam uma missão de peso nesse episódio, que saiu totalmente da linha que vinha sendo a temporada. Saberem que a mamãe Avery tem um câncer daquele nível e poderá morrer, ou ficar numa cadeira de rodas, os deixou sem ação. Acredito que nós também ficamos surpresos com esta revelação.
Novo drama à vista
Ressalto que Catherine Avery nunca foi uma personagem carismática. E, por muitas vezes, já senti vontade de dar uns tapas na cara dela. Porém, depois deste brilhante episódio, fiquei pensando o quanto a Catherine é real. Sim, ela é real, pois poderia ser qualquer conhecido meu, ou parente que eu não gosto muito, mas que jamais desejaria o mal.
Já o conselho da Mer para mamãe Avery foi lindo. E conhecendo bem Grey’s Anatomy como conheço, já estou esperando muitas lágrimas, confissões e um tempero extra de puro drama. Dessa forma, não duvido nada que Catherine ficará teimosa e insistirá em não operar, enquanto que seu filho praticamente lutará para que ela opere. Só tenho pena do Richard que, no meio disso tudo, poderá enterrar o seu terceiro amor.
Impossível de segurar as lágrimas
Falando nele, acredito que o episódio foi dele. Pois, foi impossível não ter se comovido e elogiado o brilhante desempenho de Richard Webber em ajudar aquela enfermeira grávida. Eu chorei horrores com todo este caso e gritava como uma louca por terem matado a enfermeira. Isso tudo porque eu nem lembrava de tê-la visto na série antes. Imagina com um médico querido? Ia ser o tsunami de lágrimas!
Visto isso, toda a história envolvendo a enfermeira me deixou apreensiva e xingando de mil palavrões os chefões de Grey’s Anatomy pela demissão da Arizona. Pois, se existia alguém que eu via operando aquela mulher, era a Arizona Robbins. Não que Richard e Alex não tenham feito um excelente trabalho, mas Arizona era a médica fodona das grávidas e das cirurgias complicadas. Enquanto os roteiristas não encontrarem outra pessoa para ocupar este lugar, casos como o desta enfermeira ficarão complicados.
Tensão
Se não bastasse todo este drama, os roteiristas me obrigaram a assistir ceninhas de romance entre Jackson e April. Pelo amor de Deus, se existe algum ser que curte esse ser, deve ter desaparecido depois destas cenas totalmente sem sal e tempero. Jaggie é um casal sem noção, sem química e tenso. Não faltou vontade de pular as cenas dos dois.
Ademais, ainda bem que Maggie tomou chá de juízo e decidiu terminar com Jackson. Mesmo sabendo que este término tem data de validade, eu comemorei. Não sei se ela vai reatar o namoro depois da notícia do câncer de Catherine Avery sair, mas até lá, deixem-me comemorar este rompimento.
Enfim, por último, é claro que a comemoração só seria melhor se não houvesse aquele momento de fúria do Richard no final do episódio. Porém, eu não posso julgá-lo. O problema vai ser aguentar até o próximo episódio para saber o desfecho desta história. E como nossa heroína Meredith Grey vestirá o jaleco e salvará seu pai postiço dos novos desafios que virão.