Crítica: 1×08 de 9-1-1: Lone Star agitou reta final com chuva de intensidade
Crítica do oitavo episódio de 9-1-1: Lone Star, série criada por Ryan Murphy, Brad Falchcuk e Tim Minear, exibida nos Estados Unidos pelo canal Fox.
Antepenúltimo episódio de Lone Star reuniu o que a série podia apresentar de melhor e deixou diversas incertezas pelo caminho
Desde quando comecei a escrever sobre 9-1-1: Lone Star, tenho mencionado a importância que a série tem dado, de uma forma bem delicada, aos seus personagens. Para quem é fã de procedurais sabe que nem sempre esse é o principal trunfo do formato. Dito isso, apesar do seriado enfrentar muitos problemas, o cuidado com os sujeito que a habitam nunca foi um deles.
Em “Monster Inside”, oitavo episódio de Lone Star, a série dá passos largos rumo a sua season finale e, com isso, evolui muitas de suas tramas e subtramas. Feito importante para dar seguimento a uma possível segunda temporada.
TK e Owen
Muito provavelmente a relação mais bem trabalhada da série é entre TK e o pai. Basta olhar para como a série tem colocado a dinâmica dos dois como uma comum preocupação que os leva a movimentar e mover as peças do emaranhado de situações que acontecem aqui, desde o início.
Da overdose que marca o episódio piloto à revelação do temido câncer, Lone Star nunca mediu esforços para destacar tal nuance. E, sim, é um relação muito linda de acompanhar e extremamente verossímil para pensar a vida real
Com isso, esse desenvolvimento se mostrou bastante importante, também, para dar gás ao que esse episódio se propôs. Quando Owen decide adotar um cão – a coisa mais lindinha – com câncer, isso dramatiza a narrativa porque TK, quando pensa que pode perder o cão que está doente, automaticamente o remete ao pai. Foi uma analogia bem delicada e que rendeu um dos diálogos mais bonitos da série até aqui. Baita orgulho de ver o seriado crescer tanto sob o olhar dramatúrgico.
Além disso, como se não bastasse a chuva de emoções que tal cena provocou, poucos instantes depois TK leva um tiro na condução de uma emergência e fica internado. Importante chamar atenção, neste sentido, para como o clímax desse episódio foi bem trabalhado.
Quando Grace atende ao chamado de um homem com demência que queixa sobre uma invasão em sua casa, o enfoque do episódio muda sem sabermos o porquê. Daí em diante todos os personagens da série estão conectados ao caso e, com isso, há uma virada no que podemos chamar de projeção da vilania. Tudo muda. E, então, o estrago está feito.
Michele e Iris
Na semana passada, deixei passar um detalhe muito importante que um leitor me chamou atenção. Quando Michele foi ajudar Patrick nas tendas, ele mencionou que havia outra garota doente no recinto, que chamou de “olhos tristes”. Então, quando a paramédica vai checar se está tudo bem, um homem a interrompe quebrando os vidros de sua ambulância. Interrupção perfeita para um roteiro que quer esconder um segredo.
Não obstante, este oitavo episódio foi feito, também, para discutir a relação das duas irmãs. Com uma montagem que alterna passado e futuro, o histórico foi posto sobre a mesa e uma possível doença, que contribuiria para o desaparecimento de Iris, foi revelada. Estaria ela sofrendo com esquizofrenia?
Enfim, ao final do episódio, pudemos ver que Iris realmente se encontra onde Patrick estava. Sobram muitas perguntas para o futuro da série, o que é muito importante. Mas, então, o que aconteceu com Iris? Qual será o destino de TK?
Todavia, palavras. Além disso, são necessárias. Mas, para completar.
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