Crítica: 3×11 de The Good Doctor foi extremamente complexo e necessário
Review do décimo primeiro episódio da terceira temporada de The Good Doctor exibido pelo ca canal ABC, intitulado "Fractured".
Série médica retornou para inéditos
Parece que voltamos das férias de The Good Doctor com tudo não é mesmo?? Quanta informação para um só episódio.
Não somente o desenrolar da trama de nossos personagens, como também dois casos gigantescos e que dão abertura a diversas discussões. The Good Doctor vem trabalhando muito bem sua trama e conquistando cada vez mais fãs pelo mundo todo. Não me canso de repetir, mas Freddie Highmore tem excelente papel nessa ascensão. Tá mais do que na hora de uma premiação merecida ao rapaz.
Duas vertentes, diversas emoções!!
Para trabalhar melhor as informações, podemos dividir o episódio em dois grandes pontos de discussão: meritocracia e sentimentos. Falando rapidamente sobre o primeiro, vamos a Claire e seu modo de ver e acreditar no mundo. Depois daquele discurso brilhante e totalmente atual, eu realmente acreditei que as coisas dariam certo para seu paciente e o mundo das drogas. Todavia, a série preferiu trabalhar de forma diferente com sua licença poética.
Muitas vezes não como escolha, mas como única opção, jovens chamados de ‘mulas’ são admitidos em setores hospitalares por intoxicação. Isso é mais comum do que muitos imaginam e menos proposital do que possam acreditar. Se em países desenvolvidos falar em igualdade de condições é quase utópico, em locais como o Brasil seria um humor extremamente ácido. Por um contexto histórico que não vale a pena delongar por aqui, sabemos que a vida imita a arte e, dessa vez, a aplicação foi extremamente bem trabalhada e apresentada a nós.
Pode parecer difícil para você Shaun, mas pra nós…
Partindo para o lado dos sentimentos, vamos chegar a conclusão do que pensamos de Shaun e Carly. Já não sei mais como tentar defender esse casal. Depois de tantas semanas procurando um lado, me vejo na obrigação de ir contra as decisões do nosso protagonista. Os atores ainda não conseguiram encontrar a química necessária para fazer o casal render e o roteiro nem sempre ajuda. Shaun tem dúvidas dos seus sentimentos por Lea e essa próxima despedida colocará o rapaz ainda mais em dúvidas.
Apesar de tanto drama sobre a situação, tivemos uma das melhores cenas da série até hoje: entre Glassman e Shaun. Acho que nunca presenciamos o garoto tão humano como neste episódio. Aquele abraço durou mais do que o necessário e menos do que gostaríamos. Foi muito bom ver que o médico ainda se preocupa com seu pupilo da maneira com que nos acostumamos lá na primeira temporada. Como disse anteriormente em reviews, entendemos que agora as coisas mudam com seu casamento, mas ainda buscamos mais dessa relação e os produtores nos proporcionaram de maneira exemplar.
Os super-heróis da vida real!!
Para encerrar com chave de ouro, voltemos aos casos da semana para falar da paciente de Shaun e Reznick. Me senti agonizado com as cenas da cirurgia. Um caso tão complexo e uma personagem tão forte. Batalhou até o fim por sua saúde mental e superou diversos traumas. Nesse ponto vemos a dualidade vivida pela autonomia do paciente. Este princípio é algo primordial dentro da medicina e poucas coisas dão respaldo para quebrá-lo. Muitos podem acreditar que seria mais fácil aliviar sua dor contra sua vontade e depois reestruturar sua dependência química. Nestas horas que vemos a força do ser humano e o respeito por sua vida nas mãos dos médicos.
Assim, finalizamos um excelente episódio. Muitas dúvidas e poucas respostas. Não sei bem onde o próximo episódio irá nos levar, mas parece que vão tomar as decisões da temporada com certa cautela. Assim como muitos, estamos ansiosos para ver mais do ship Melendez/Claire em suas cenas juntos. Quanto a Carly/Shaun, vamos ver até onde os produtores conseguirão nos levar…
Um abraço e nos vemos na próxima semana. Ate lá!!
Confira o vídeo promocional do próximo episódio abaixo. Além disso,