Crítica: 4ª temporada de The Good Doctor estreou destacando pandemia
Review do primeiro episódio de retorno da quarta temporada de The Good Doctor, da ABC nos EUA, intitulado "Frontline: Part 1".
The Good Doctor: Como um bom vinho, sempre melhor!
Muitos episódios emocionantes já passaram por aqui na trajetória de The Good Doctor, contudo, nunca vivenciamos tão de perto a arte. A primeira parte de um episódio duplo denominado “Frontline” reaviva nossa memória. Falo não só como médico que participou de toda essa experiência durante os últimos meses, mas também como ser humano e grande fã da produção. Os anos se passam, no entanto, a série só apresenta melhoras.
O estudo e o trabalho laboratorial da dramaturgia rendeu um excelente episódio, mesmo com suas específicas falhas técnicas que é comum a qualquer show. Acredito que somente quem é da área da saúde e trabalha com emergência as tenha percebido. No geral, tivemos uma excelente execução e um comparativo importante com outras séries de temáticas semelhantes.
De volta ao passado em The Good Doctor para compreender o presente!
Em minha visão, a série começou acertando ao apresentar evoluções. Foi curioso acompanhar e relembrar os momentos de algo vivido há pouco tempo, contudo, que parece ser de anos atrás. A incerteza clínica dos primeiros meses associada; o distanciamento familiar dos profissionais e suas consequências. Cada momento que se passava, podíamos reviver o Coronavírus como um filme em nossas cabeças
E foi bem assim que aconteceu. A série trouxe nesta primeira parte diálogos das mais diferentes situações em que as pessoas e os profissionais foram submetidos. Familiares buscando estar próximos a todo momento, mesmo com o risco e a proibição hospitalar. As dores das perdas e a compaixão médica relacionada a isso. Situação que inclusive pode deixar Claire bem complicada no próximo episódio, mas foi lindo rever Melendez em sua imaginação.
A pandemia afetou todos os aspectos…
Não só problemas pessoais, mas os conjugais foram abordados com formas distintas. Glassman e Debbie nos mostrando como o confinamento foi e ainda é um momento complicado de consequências sérias em uma relação. Shaun e Lea já nos mostram o oposto, traduzindo o distanciamento em forma da palavra mais bonita e única do mundo: saudade. A série trouxe de forma clara e objetiva como nosso equilíbrio de épocas sem pandemia permite que os relacionamentos se tornem duradouros. Sem que fiquemos tão próximos a ponto de elevar os defeitos ou tão distantes a ponto de sofrer com a ausência das qualidades.
Realidades diferentes e brilhantes execuções!
No geral, a direção e produção merecem destaque pelo episódio. Claro que se compararmos realidades, o Brasil é bem diferente. Não perdemos em produção, pois Sob Pressão já saiu na frente com dois episódios mais que especiais que você pode conferir aqui. A realidade americana é bem diferenciada, principalmente pela ausência de saúde pública por lá. Todos os esforços empregados pelos médicos na dramaturgia têm um real e salgado gosto na realidade.
Saindo das discussões políticas e assistenciais, estou aqui mais uma vez para parabenizar e agradecer a produção. Se vocês estiveram nostálgicos neste primeiro episódio, lembrando das dificuldades vivenciadas por todos nós, se preparem para a próxima semana. Pela pequena promo eu já consegui me emocionar e arrepiar. Sabemos que muitas vezes uma promo impressiona mais que o episódio, mas, acredito que dessa vez teremos um empate.
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