Crítica: 5×04 de Riverdale apresenta seu novo começo
Review do quarto episódio da quinta temporada de Riverdale, exibido no Brasil pela Warner, intitulado: "Chapter Eighty: Purgatorio".
Um tiro no escuro que veio a calhar…
Bem, como muitos já arriscaram na jogada do salto temporal, Riverdale tomou coragem e avançou por alguns anos. Poderíamos considerar este quarto episódio como um reboot? Na teoria é uma aplicabilidade falha, mas vamos trabalhar com essa possibilidade. A série abandona os princípios dos últimos anos para uma nova abordagem. Afinal, se reinventar faz parte do processo de amadurecimento de qualquer produção.
De maneira bem leve e simples, a cidade me fez recordar outra mundialmente famosa. Não é a primeira vez que noto ligeira semelhança entre Riverdale e Gotham.
Ambas cidades repletas de pessoas com sanidade duvidosa e entregue a criminalidade. Assim como Bruce, nosso time de protagonistas volta no intuito de recuperar o que talvez tenha sido normal por lá algum dia. Pode ser que tenha passado muito tempo assistindo a série, contudo, de certa forma, será curioso trabalhar essa comparação.
Por onde andaram nossos jovens prodígios?
Será quase impossível detalhar o futuro de cada personagem. Primeiro, pois são muitas variáveis ainda desconhecidas. A personalidade de cada um mudou muito com os anos, todavia, a essência parece ter permanecido.
Archie ainda é o líder nato que acredita no lado humano das pessoas e no senso de justiça. Verônica, de forma surpreendente, não se tornou uma Hermonie Lodge e permanece com seu pulso firme perante seus sonhos.
Betty segue seu lado passivo agressivo para não dizer psicopata, só que agora, assim como seu irmão, dentro do governo. Por fim, vemos Jughead, provavelmente o mais perdido de todos dentro de seus próprios ideais.
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Além disso, outros pontos mudaram muito nos últimos sete anos. Acho que a relação entre Cheryl e Toni precisava dessa mudança, até mesmo para acertar a personalidade de ambas. Acredito que Toni terá um papel crucial nesse salto temporal, principalmente quando falamos da reestruturação dos Blossom.
Por falar nisso, adorei que colocaram a gravidez da atriz dentro da série para não dificultar cenas ou condições de gravação. Mesmo que coloquem um dilema sobre a paternidade da criança, acredito que possa ser uma gravidez para Kevin e Fangs. Inclusive, esse casal, sim, merece cada vez mais destaque por aqui, e gostaria de mais entrosamento deles com a equipe.
Quanto aos novos membros do elenco…
Bom, não vou omitir que me interessei pelo que vi. Acredito que temos bons potenciais personagens para uma abordagem ou até mesmo um sequenciamento de Riverdale. Começando por Thabita Tate que, mesmo com olhares suspeitos e momentos simples no episódios, demonstrou certo potencial de crescimento.
Acredito que se quisessem arriscar de verdade, poderiam até mesmo colocá-la como vilã da produção. Mexer diretamente com o que todos estamos esperando de sua face meiga e gentil.
Mesmo que não traduzam a personagem no seu melhor potencial, acredito que Cora também tem como ser trabalhada. Não gostaria que fizessem da garota uma nova versão de Betty, como foi delicadamente mostrado neste primeiro momento. Com certeza sua introdução veio para um acréscimo de plot no futuro, todavia, gostaria de ter mais da garota explorada. Ouso dizer que me identifiquei com sua sagacidade, mesmo que claramente ela tenha leves distúrbios de noção.
Promessa de dias melhores!
Inegável a evolução que o salto temporal teve sobre a série. Nos resta aguardar se a percepção da legião de fãs, principalmente brasileiros, será a mesma. Eu acredito que a série desenvolveu um excelente potencial e conseguirá manter a qualidade de uma forma ainda mais permissiva e madura.
Afinal, hoje não é tão lúcido colocar crianças de 15/16 anos para resolverem mistérios e prenderem assassinos como já foi um dia…
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