Crítica: Prejudicada pela falta de fôlego, 9-1-1 volta-se para o futuro
Review do terceiro episódio da segunda temporada de 9-1-1, da Fox, intitulado "Help Is Not Coming".
Alguém aí é claustrofóbico?
Depois de uma Season Premiere intensa, forte e relativamente crua, 9-1-1 entrega um terceiro episódio que funciona basicamente como uma ponte. Amarrações foram feitas, histórias abertas foi fechadas e as equipes de emergência concluíram seus trabalhos de forma bem sucedida. Apenas. Infelizmente, Help Is Not Coming foi a conclusão do que o telespectador viu nascer semana passada. Não vimos nada além de choradeira, heroísmo para todos os lados e os diversos clichês que qualquer produção catástrofe apresenta na sua conclusão.
O trailer/promo do próximo episódio (abaixo) indica que o quarto episódio trará um recomeço. Depois da apresentação e da situação fantástica (lê-se terremoto) veremos a história de cada um desses personagens se desenrolar de forma mais natural. Mas por que não começar desde já? Confesso que estava preparado para enfrentar alguns flashbacks que explicassem a vontade de Maddie em ajudar o próximo baseado na sua próxima experiência de abuso. Flertando com a morte, poderíamos ter visto mais do passado de Hen. Será que a criança que ela salvou remeteu à frustração de não ter tido filhos?
Embora eu entenda, e até mesmo reverencie, a intenção de preparar e desenvolver diversas narrativas com calma, é preciso estar atento a própria fórmula que o roteiro apresentou durante esse tempo para manter o telespectador interessado. As injeções de adrenalina usadas a cada instante com as mais mirabolantes emergências são fundamentais para que o ritmo se mantenha firme e sólido. O problema é que Help Is Not Coming apoiou-se totalmente em situações que já estavam prontas. Seu único trabalho foi de concluir e nada além disso. Volto a dizer: foi uma infeliz perda de tempo.
Tudo tem um lado bom
Tivemos sinais positivos? Sem dúvida. Jennifer Love Hewitt se mostra muito mais madura do que qualquer outro personagem recente. Desde The Client List até Criminal Minds, Maddie é a personificação da atriz na sua forma mais preparada e interessada em ir além de descobrir coisas novas. A cena na qual ela atende um um marido cuja esposa, em trabalho de parto, está desmaiada é uma confirmação de que os produtores acertaram em cheio na sua contração. É preciso muito ainda, principalmente pelos padrões rasos da TV aberta, mas estou otimista.
Os efeitos visuais novamente impressionaram positivamente, embora o gigantismo tenha ficado com o episódio anterior. A qualidade do som também mostrou-se primorosa. O que reforça esse compromisso das séries com o carimbo Ryan Murphy em prestar atenção na qualidade técnica. Não acredito que há espaço no orçamento para superar o terremoto. Entretanto, como sou daqueles otimistas que observa o copo sempre como “meio cheio”, fica aqui meu voto de confiança com o futuro de 9-1-1.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=L5H8-UZXFGw[/youtube]