Crítica: Arrow voltou onde tudo começou no 8×07 “Purgatory”

Review do sétimo episódio e midseason finale da oitava e última temporada de Arrow, exibido no canal The CW, intitulado "Purgatory".

Imagem do episódio 8x07 de Arrow
Imagem: The CW/Divulgação

Toda história tem um fim… O de Arrow está aqui!

É estranho hoje pensar em como Arrow começou. Sem tantos outros heróis, sem uma equipe, sem Arqueiro Verde. Apenas um ilha, um homem arruinado e um arco.

Foi assim que a jornada do Arqueiro Esmeralda deu início e hoje, quase oito anos depois, inicia sua conclusão. “Purgatory” não é o episódio mais excepcional que a série já fez, mas é ao mesmo tempo grandioso e muito importante para a história do show. Basicamente este é o último capítulo fiel à fórmula de Arrow a ir ao ar. E poxa, é difícil dizer adeus antes de chegar ao seu épico fim.

Uma última vez

O último midseason finale de Arrow e o último episódio anterior ao crossover faz uma grande reverência aos flashbacks da primeira temporada. Ou seja, a origem de toda a história da série. Quão nostálgico foi o brilhante retorno de Yao Fei (Byron Mann), Edward Fyers (Sebastian Dunn) e o Deathstroke original! Durante a quarta temporada, Constantine explicou que a ilha Lian Yu é um local de ligações de energias místicas. Com o aumento dessas energias, a ilha trouxe de volta à vida alguns mortos. E por mais que ao final tenham desaparecido sem explicação, desempenharam um papel dramático crucial ao episódio e aos personagens. Yao Fei roubou a cena com sua performance e trouxe alguns dos momentos mais nostálgicos do episódio.

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A narração de abertura de Oliver Queen lembrou o início da série e foi uma ótima maneira de começar o episódio. E em se tratando de material emocional, as despedidas deste episódio apresentaram alguns dos melhores diálogos em Arrow. As tristes cenas entre praticamente todo o elenco foram reforçadas por Stephen Amell que tem se entregado de corpo e alma nesta última temporada. O ator trouxe mais uma vez uma grande presença dramática e a habilidade de interpretar ao mesmo tempo um herói forte e um pai amoroso. Katherine McNamara (Mia) e Ben Lewis (William) também apresentaram grande crescimento e performances notáveis. O mesmo podemos dizer de Colton Haynes (Roy Harper) e David Ramsey (John Diggle), que sofreram grandes mudanças neste episódio que começam a dar indícios de seus finais em Arrow.

Um perfeito começo para o fim de Arrow

Em termos de ação, este foi novamente mais uma oportunidade de James Bamford brilhar na direção. O confronto final entre o team Arrow e os mercenários da ilha fica facilmente classificado como uma das cenas de ação mais eletrizantes que a série fez nesta temporada (embora o final tenha sido bastante anticlimático quando todos os inimigos convenientemente desaparecem). Não foi o melhor do diretor (vide 7×07 “The Slabside Redemption”), mas ainda assim épico. A quantidade de personagens em um mesmo cenário, as explosões e a câmera lenta, tudo isso intercalado em longos takes foi o que levou a essa maestria. E é graças ao extenso currículo de Bamford como dublê e coordenação de dublê que essas imensas cenas de ação acabam por brilhar aos olhos de quem assiste.

Esta midseason finale foi tudo o que esperávamos que seria. Foi carregado de ação, emoção, nostalgia e definitivamente cumpriu seu papel de entreter. Encerrou a trama principal da temporada de maneira adequada, deu a Oliver um momento para se despedir de todos e o preparou para a Crise. No geral, esse parecia quase como o episódio final de Arrow. Mas com a chegada de Precursora (Lyla) e os céus vermelhos ainda não sabemos o que será dos personagens e o que devem fazer. “Purgatory” pode não ser o melhor episódio absoluto de Arrow, mas ainda é forte e emocionalmente contundente. Se é assim que a série deseja acabar, ao menos terá o tornado memorável e adequado.

Imagem: The CW/Divulgação

CURIOSIDADES do episódio de ARROW:

– ”Purgatory” é a tradução em inglês para Lian Yu, nome em mandarim da ilha onde Oliver naufragou.

– O uniforme de Lyla ao final é idêntico ao de Precursora (Harbinger) nos quadrinhos.

– Nos quadrinhos, Roy Harper tem o braço amputado em uma luta épica contra Prometheus em “Liga da Justiça – A Ascensão de Arsenal #1” (2010). O herói entra em coma e sua filha Lian é morta. Roy se recupera e desenvolve um vício por sua medicação para dor e, enfim, recebe um braço cibernético do Cyborg.

Sobre o autor

Álefe Cintra

Redação

Álefe Cintra é jornalista e apaixonado por séries. Criador de conteúdo para mídias sociais, é especialista em redação para SEO. No Mix de Séries atua como redator desde 2018, tendo passado pelas mais diversas áreas. Por cinco anos, cobriu as séries do "Arrowverso", resenhando produções como Arrow, The Flash, Supergirl, entre outras. Atualmente é o responsável por cobrir áreas relacionadas a DC Comics e super-herois no portal.Bacharel em Comunicação Social pela UniSEB COC em 2010, desde 2022 é estudante de Marketing Digital pela Universidade de Illinois. Atualmente, reside fora do Brasil, estando em Almada, Portugal. Álefe, além disso, é um redator com experiência em produção de conteúdo digital, reportagem e conteúdo jornalístico, crítica de entretenimento e produção editorial.No Mix de Séries, através de sua trajetória de mais de seis anos, aprendeu diversas técnicas de escritas para internet, e se especializou na cobertura de eventos, lançamentos e redação sobre séries de TV, com foco na cobertura de produções voltada para o público geek e nerd. Também atua como copywriter freelancer em outros projetos.