Critica: Episódio 5×13 de The Flash, “Goldfaced”, prova o declínio da série
Review do décimo terceiro episódio da quinta temporada de The Flash, da The CW, intitulado "Goldface"
The Flash não está nada bem…
The Flash não anda fácil de se defender. Essa tem sido uma temporada bem agridoce. O episódio dessa semana exemplifica bem essa definição. Ao mesmo tempo que vemos tramas divertidas e personagens interessantes, outras se mostram descartáveis. Só que no caso deste episódio a trama central inclusive se mostrou irrelevante.
O episódio transcorre em volta da busca de um dispositivo que ajudará o team Flash a capturar Cicada e possivelmente derrota-lo com a cura para metas. Só que Barry e Ralph não chegam nem perto do aparelho, e a missão se mostra falha. Conclusão: um episódio inútil. Mais uma evidência de como a trama desta quinta temporada está extensiva e rasa. A fórmula de The Flash está muito desgastada. Todo ano vemos o grupo enfrentar um novo vilão, procurar ou criar um dispositivo que o derrote para no fim obterem sucesso. Depois de cinco anos vendo a mesma história, não tem como manter uma audiência.
A cada episódio que se passa, Cicada tem se mostrado o vilão mais mal desenvolvido da série. Os roteiristas falharam ao adaptar sua história de fundo em The Flash e agora sofre as consequências. Para degenera-lo ainda mais, fizeram com que Íris, uma simples humana, enfrentasse o grande vilão quase de igual para igual e em menos de um minuto encontrar seu ponto fraco. Por mais que queiram tornar Íris enfim numa personagem forte, mostrou-se mais como uma vergonha para a série. Não me levem a mal. Estou gostando de ver Íris usando suas habilidades jornalísticas para ajudar o time, até mesmo se tornando independente e criando seu próprio jornal. Ela tem sim se tornado uma personagem forte. Mas neste caso acabou mostrando uma grande depreciação do herói principal, o Flash, e seus aliados. Para que super-poderes se qualquer um poderia derrotá-lo, não é mesmo?
Vilão de ouro
Apesar de tudo, o episódio teve sua cota de diversão. As missões de Barry e Ralph são divertidas e dessa vez pudemos ver Barry seguindo por alguns caminhos diferentes ao ter que encarar certos obstáculos. Foi legal ver a dupla tendo que enfrentar um grande grupo de inimigos sem seus poderes. Mas o grande crédito do episódio vai para Goldface. Além do ótimo casting, a caracterização do personagem ficou excelente. A forma com que adaptaram a aparência e poderes do antagonista foi incrível. Simples, mas que com o toque certo de efeitos visuais trouxe uma característica interessante para o vilão. Apesar de derrotado, espero muito poder revê-lo mais vezes na série.
Nora parece que enfim tem colocado seus planos em ação e aos poucos revelado seus verdadeiros interesses. O que a levou a se aliar a Eobard Thawne continua uma grande incógnita. Até mesmo o porquê essa versão de Eobard tem a aparência do Wells. Só que o enredo de ambos, em companhia de Sherloque, se mostrou fútil e bobo no contexto da trama central deles. Além disso, Cisco tem cada vez mais perdendo espaço na temporada. Sua constante ausência nos últimos episódios tem se tornado preocupante.
The Flash precisa urgente de uma intervenção. Seja troca de showrunner, ou novos roteiristas para a equipe. Fato é que a série está se tornando escassa. Arrow passou por isso e conseguiu dar a volta por cima. Então ainda existe esperança para que aconteça o mesmo com The Flash. Sua sexta temporada precisa ser o ponto de virada. Mas antes ainda, essa quinta temporada necessita dar a volta.
CURIOSIDADES:
– Nos quadrinhos, Goldface (Áureo, em português) tem a pele feita de ouro. O que lhe dá força sobre-humana e invulnerabilidade. Seu verdadeiro nome é Keith Kenyon, um estudante de Ciências Políticas que se transformou ao beber um soro a base de ouro de sua própria criação. Foi vilão do Lanterna Verde depois do Flash, com quem mais tarde trabalhou lado a lado. Foi casado com Blacksmith, a Amunet Black.
– No cinema, o ator Damion Poitier que interpretou Goldface, foi o Thanos em Os Vingadores (2012) e o Crossbones em Capitão América: Guerra Civil (2016).
– Assim como o nome Sherloque é uma referência a Sherlock Holmes, Renee Adler se refere a Irene Adler, uma rival e interesse amoroso do detetive londrino.
– Referências Nerds:
- Ralph chama o dispositivo de Neo Matrix, referência a Matrix (1999).
- Ralph cita Sniper Americano (2014) em modo de enfrentarem Cicada.
- Ralph cita os jogos Red Dead Redemption quando vão enfrentar Goldface.