Crítica: Estreia da 3ª temporada de Preacher traz novos personagens e velhas desavenças
Review do primeiro episódio da terceira temporada de Preacher, da AMC, intitulado "Angelville".
Angelville veio com ótimas surpresas.
Novos personagens, novos cenários, o aprofundamento da história sobre o passado de Jesse e o lado ritualístico de sua família. Ainda de bônus: a revelação excêntrica de Cassidy sobre a feiura da vovó L’Angelle. Sinceridade é tudo!
O capítulo todo girou em torno da Tulip, mas não deixaram de mostrar quase tudo o que gostaríamos de ver na estreia da nova temporada. Senti falta do “Adolfinho” e do “Arseface”, mas fiquei bem satisfeito com o que vi nesse primeiro episódio.
Assuntos familiares curiosos…
Desde o último capítulo, eu já suspeitava que a aparição de Jesse na casa de sua avó não seria motivo de festa. O cara evitava a todo custo usar o sobrenome de sua mãe, embora fosse um nome poderoso.
Gostei muito de ver a história começando com a mãe do Preacher. Eu estava me perguntando quem seria aquela recepcionista das sessões de magia. Se a própria série não falasse, eu teria demorado um tempinho para ligar os pontos. A parte boa é que finalmente tivemos algo de concreto sobre ela. A história é bem triste, mas pelo menos nesse quesito, não estamos mais no escuro. Lógico que os fãs das HQs já deviam suspeitar de muita coisa, mas como eu não conheço os quadrinhos, para mim foi surpresa.
A cena em que a Madame L’Angelle abre o bucho de Cristina, sua própria filha, só para ver o que ela escondia, foi macabra. Aquela conversa sobre amor foi bem marcante. Uma dúvida que fiquei foi sobre a tal da máquina na qual a Madame mandou colocarem a mãe de Jesse. Quem souber, pode, por favor, me dar um help nos comentários?
Novos personagens, novas maluquices.
Nos trailers e na promo do episódio já dava para perceber que novos (e bizarros) personagens surgiriam. Os “amigos” da vovó do Preacher são pessoas bem excêntricas. Fiquei muito curioso sobre as habilidades de TC com ferimentos.
Falando em ferimentos, apesar de saber brigar, Jesse tomou um pau do Jody. O cara parece o Hércules no fim da carreira, forte e gordinho. Quando ele começa a brigar com a gangue, para conseguir o tal do óleo, eu já supus que ele tinha o corpo fechado ou algo do tipo. E para completar, o primeiro reencontro deles é naquele icônico lago onde Jesse passou um tempo de castigo, por assim dizer.
Bem-vindos ao Purgatório!
Um novo cenário, com aflições, mas ainda sem o Looping e a agonia do inferno. Esse é o purgatório! Eu comecei a assistir sabendo, ou pelo menos achando que sabia, que a Tulip sobreviveria. Depois, fiquei pensando: “será que o trailer só estava mostrando ela no inferno?”. Aí a coisa ficou confusa e interessante, e eu parei de especular.
Aquelas lembranças de Tulip no purgatório foram bem significativas. Agora dá para ter uma noção bem melhor do porquê dela ser tão revoltada. Infância mais que difícil.
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Ainda sobre o purgatório, esse novo cenário me deixou bastante surpreso. Como achei que era o antigo lar de Hitler, estava a todo momento esperando que Tulip recebesse logo a grande frustração para voltar novamente ao looping infinito. De novo, só depois que a vovó explicou que ficou claro para mim onde a senhorita O’Hare realmente estava.
Considerações finais…
A briga de Jesse e Cass na mansão L’Angelle me fez relembrar da cena em que quase houve uma confissão. Dessa vez, o vampiro tomou coragem e finalmente contou do adultério para o Preacher. Resta saber se ele realmente acreditou naquilo.
Quando Tulip voltou, fiquei imaginando que sensacional seria se ela ressuscitasse com uma louca paixão pelo vampiro e não mais pelo Jesse. Pensa na confusão que ia ser!
Jesse não tentou usar a “voz” em nenhum momento. Ainda não sabemos se a entidade ainda está com ele e se está em “boas condições de funcionamento”.
Por que será que a Madame L’Angelle queria umas gotas do sangue de Jesse? Parafraseando um dito popular entre os cristãos: “Sangue de ‘Jesse’, tem poder!” Vamos ver onde vai dar essa treta aí!
Até a próxima!