Crítica: Final da série Agents of S.H.I.E.L.D. foi espetacular
Crítica do final de Marvel's Agents Of S.H.I.E.L.D. exibido nos EUA pela ABC, intitulados "The End Is At Hand" e "What We´re Fighting For".
O fim de Agents of S.H.I.E.L.D.
Não é novidade que Agents of S.H.I.E.L.D. é uma das minhas séries favoritas com o nome da MARVEL (junto com Daredevil e Jessica Jones), porém, finais podem ser bem complicados, destruindo o legado de toda uma série.
Felizmente esse não foi o caso de S.H.I.E.L.D.: a série entregou um dos melhores finais que assisti em anos. Mostrando mais uma vez a importância de um bom roteiro e planejamento.
Preparativos de batalha
Daisy, Daniel e Mack chegam na nave, porém nenhum Chronicom está esperando, o que é estranho para os personagens, porém para o espectador faz sentido. Sibyl está mais preocupada em encontrar Fitz. Enquanto isso, Kora confronta Nathaniel sobre a morte da mãe e para a surpresa de ninguém ele mente para ela. Outra preparação é com Nathaniel utilizando Garret para plantar bombas no farol já que a base não seria destruída com os ataques das naves.
Deke e Simmons também estão com problemas, Sibyl injetou alguma coisa em Simmons que vai revelar onde está Fitz, porém pode afetar sua memória para sempre. Daisy sabe que não pode esperar e decide ir atrás de Simmons. Também temos o primeiro beijo de Daniel e Daisy em que os dois vão se lembrar depois.
Considerando que esses são os dois últimos episódios da série, o ritmo é muito bom. Assim, sabemos qual é a trama de cada personagem para a primeira parte da finale, e o desespero de Sibyl e Daisy é evidente. Isso porque cada um sabe o que está em jogo ali e cada um de certa forma tem um objetivo final.
Transformando inimigos em vantagens
Presos no farol, May e Coulson tem um diálogo sobre como mudaram com o passar do tempo e tudo o que aconteceu. Além disso, que agora os dois de certa forma são mais do que antes. Graças a essas mudanças, Coulson é capaz de replicar a máquina que prendeu Gordon na linha do tempo original e, assim, conseguem prender Garret.
Ao contatar Nathaniel, Garret descobre que é descartável e não o braço direito como imaginava. Então, após a base explodir e todos sobreviverem, Garret está irritado com Nathaniel e Coulson usa isso para recrutá-lo.
Enquanto isso, no espaço, Mack e Daniel tem dificuldades para enfrentar os Chronicom e ter uma chance de vitória. Mack acaba entrando em modo berzerk e com a sugestão de Daniel, converte os Chronicom em bombas para um último caso.
Coulson não ser só um robô já foi discutido antes, porém, esse último diálogo com May sobre o assunto teve um tom mais sério. Certamente, fechou o ciclo de uma vez por todas. Além disso, gostei bastante de Mack e Daniel não pensarem duas vezes em explodir tudo ali com eles dentro. Reforçando a importância da missão e de como estão dispostos a morrer do que deixar Sibyl vencer.
Daisy e Kora
Sibyl da a ordem para ninguém atacar Daisy já que a probabilidade de descobrir a localização de Fitz aumenta se ela encontrar Simmons. Nathaniel não está feliz com isso já que pretende matar todos os agentes e convence Kora a ir atrás da irmã. Assim impedindo Sibyl de descobrir a localização de Fitz.
Kora e Daisy, além de uma ótima luta, têm um ótimo diálogo sobre a mãe e sobre o que é certo e errado. Nós sabemos que Daisy não iria machucar a irmã e está disposta a morrer, mas não vai brigar com ela.
Pela primeira vez, Kora entende como é ter alguém disposta a ajudar e não tem nenhum tipo de julgamento vindo da pessoa, além de perceber que está do lado errado da história, deixando Daisy ir embora e fugir da nave. Mas isso infelizmente acaba colocando Kora em perigo, e Nathaniel não gosta disso e ataca Kora.
Nós conhecemos Daisy então tudo o que ela faz em relação a irmã é algo que faz sentido. Além disso, mesmo com alguns episódios apenas nós conseguimos entender Kora também e que tipo de trauma ela carrega, o que deixa a personagem mais interessante.
Reunindo a equipe
Após a destruição das bases da S.H.I.E.L.D., Coulson encontra um sinal de rádio com uma localização. Chegando lá, Garret é morto na hora por usar teletransporte. Coulson descobre que todos estão ali porque receberam uma ordem de levar um pacote quando fosse ativado, e cada pacote contém um pedaço de uma máquina. Assim, foi Enoch que espalhou cada pedaço em um ano diferente quando ficou preso no passado.
Simmons está tendo problemas com a memória, mas se lembra como montar a máquina assim que a vê pela primeira vez e a cereja em cima do bolo é que a máquina só liga quando Simmons coloca a aliança e isso só pode significar uma coisa. Fitz está de volta.
Como arrumar a linha do tempo
Mesmo com Fitz de volta, não há tempo para comemorar. Ele revela que veio da linha do tempo original e que eles precisam voltar para ela agora, porém, ninguém quer deixar aquela linha do tempo com os Chronicom prestes a atacar.
Muitas coisas acontecem, Daisy percebe que aquela é a ultima vez que todos estariam juntos na mesma sala, Deke cria um plano para levar a frota dos Chronicom para a linha do tempo original, mas aquilo significa que ele vai precisar ficar para trás e ativar a máquina.
Primeiro vamos falar da solução de onde estava Fitz, ficamos a temporada inteira achando que ele estava escondido em algum lugar do espaço, mas na verdade ele nunca esteve nem naquela linha do tempo e por isso não manteve nenhum contato mesmo se tentasse. Deke teve um bom final, considerando que desde a sua aparição estava em tempo emprestado, além disso, no fim acabou virando o novo líder da S.H.I.E.L.D. naquela linha do tempo.
Eu sei o que vocês fizeram na temporada passada
Enquanto eles viajam até a linha do tempo original, Fitz conta o que aconteceu no primeiro salto, como eles foram para estrela favorita de Simmons, como eles ficaram anos lá desenvolvendo a tecnologia de viagem no tempo e como Simmons era a única pessoa que poderia usar DIANA já que o cérebro de Fitz não suportaria, além de mostrar como eles fizeram os preparativos.
Eles voltam a linha do tempo original no momento da season finale da sexta temporada e até tem um pequeno paradoxo do quinjet saltando e eles utilizando isso para invadir a nave de Sibyl e serem eles a ajudarem suas versões do passado.
Já comentei como consumo histórias de viajem no tempo e em termos de fechar loops, usar as viagens de maneira diferente. Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D., outra vez, fez um ótimo trabalho.
Batalha final
A equipe precisa salvar Kora já que ela é a chave para derrotar os Chronicom, May, Mack e Coulson se separam de Daisy que finalmente vai lutar contra Nathaniel que retirou os poderes de Kora.
O plano para derrotar Sibyl é utilizar May para transmitir os sentimentos e Kora para energizar a nave o suficiente, o que é um plano que faz sentido. Eles não têm poder de fogo o suficiente para derrotar a frota original mais a nova frota que chegou. Então, é melhor converter os inimigos. É aquilo: se não pode vencê-los, junte-se a eles.
A luta entre Nathaniel e Daisy foi um banquete para os olhos, mesmo com os poderes de Kora, Nathaniel não era páreo para Daisy e, no fim, ela decidiu destruir a nave. Isso nos lembrou o nível de poder que ela tem, porque no fim foi ela que quebrou a terra no meio.
Também descobrimos outro motivo de manter as memórias de Simmons enterradas, além de proteger o plano, claro. Durante o tempo no futuro ela e Fitz tiveram uma filha e precisavam manter isso segredo. Caso Sibyl descobrisse, ela usaria isso contra eles.
Em um quesito batalha final, eu acho que S.H.I.E.L.D. fez um ótimo trabalho com o que tinha em mãos. Porque no fim a série é sobre uma visão mais humanas dos heróis e como eles solucionariam os problemas sem precisar fazer uma batalha épica em um planeta distante.
Um ano depois
Um ano se passou desde a vitória contra os Chronicom e realmente aquela era a última missão deles juntos, porém não em um sentido de que algum deles morreria e sim que cada um seguiu seu caminho.
Mack e Yo-yo estão trabalhando em locais diferentes da S.H.I.E.L.D. May virou professora na academia da S.H.I.E.L.D. que recebeu o nome de Coulson como homenagem, Coulson ainda está em uma espécie de férias. Simmons e Fitz deixaram a vida de agentes para cuidar da filha e viver a vida de paz que merece. E Daisy está no espaço com Daniel e Kora sendo os Agents of Sword.
Meu maior medo em relação ao final era que não fosse a altura de uma série e temporada tão maravilhosa. Mas todas as expectativas foram cumpridas e mesmo o distanciamento dos personagens faz sentido. É triste vê-los se separar, mas ao mesmo tempo tudo o que aconteceu também os ajudou a tomar as decisões certas no fim.
Obrigado Agents of S.H.I.E.L.D.!
A série foi uma das que teve o maior desenvolvimento de todas as séries que assisto. Desde a primeira temporada com os vilões semanais e depois com aquela segunda temporada sensacional… S.H.I.E.L.D. percorreu um longo caminho desde o seu lançamento principalmente em se livrar daquele rotulo de “um olhar de outro ângulo sobre o MCU” se tornando muitas vezes melhor que alguns filmes do universo. Agents of S.H.I.E.L.D. vai deixar saudades, mas fico feliz com o que fizeram com ela.
O que acharam do fim da série? Deixem nos comentários. Além disso, continuem acompanhando as novidades das séries aqui no Mix de Séries. Ah, vale lembrar que quem quiser matar as saudades da série, a terceira temporada está sendo exibida pela GLOBO, à 1h45.