Crítica: Mesmo parado, 9-1-1 trouxe aquele encontro esperado no episódio 1×05
Review do quinto episódio da primeira temporada de 9-1-1, da Fox, intitulado "Point of Origin".
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Acreditem, já estou pronto para torcer pelo casal.
Depois de passar vergonha ao não saber fazer uma cena grande e técnica, 9-1-1 vem em busca de redenção. Nesta semana, o roteiro finalmente proporcionou algo que esperávamos desde o piloto – o encontro entre Abby e Buck. É claro que tal manobra também não resgatou Connie Britton do marasmo, mas fazia tempo que não torcia por um casal. Todavia, pergunta-se: será que foi só isso que Point of Origin trouxe bom?
Sinceramente? Foi. Apesar dos resgastes e acidentes mostrarem que os roteiristas estão em dia com Live PD, não acredito que o restante da histórias foram minimamente satisfatórias. Mesmo com um esforço enorme em apresentar um pouquinho do passado de Bobby, a interpretação de Peter Krause nem as escolhas do diretor – e muito menos as ideias do roteiro – foram suficientes para deixar tal proposta interessante. Não vou negar que me deixa muito feliz o fato de estarmos falando de vício em sexo e álcool na TV aberta, mas precisa de profundidade e vontade de ir além.
Por onde anda?
O que falar de Athena (Angela Bassett)? Onde ela esteve em todo o episódio? Como está sua filha? Saiu do hospital? Foi liberada pelo serviço social? E a suspensão de trabalhar, já terminou? É impressionante o quão básicas essas perguntas são e mesmo assim não tenho a menor ideia como responde-las. A ideia apresentada lá no início é até interessante, ao falar sobre uma mulher casada com um homem gay, como que esse relacionamento prospera e como lidar com os filhos a partir da revelação. É problemático, principalmente quando a gente põe em perspectiva que 9-1-1 está apenas no início da sua primeira temporada.
Quanto ao grande encontro, tenho que confessar que estou satisfeito. Apesar de não aprovar a maneira na qual o último episódio terminou, a conclusão de tal história é interessante. É verdade que é um tanto desafiador pensar que mesmo com sua mãe desaparecida, Abby teria tempo de salvar uma garotinha da morte com o cara que você quer impressionar. Entretanto, é importante lembrar que o roteiro abandonou a ideia ridícula em tornar a idade de Abby algo relevante, construiu um momento leve e fresco entre Buck e Patricia e terminou o episódio numa nota positiva.
Lembro que não gosto de casais, principalmente quando são o foco principal. Mas quer saber? Quando temos “séries românticas” fazendo um trabalho tão ruim, o que 9-1-1 apresenta é um deleite. Observam-se problemas na condução criativa e desenvolvimento de personagens, enquanto os casos semanais continuam impressionando e as interpretações melhorando lentamente.