Crítica: Paternidade vira o assunto do momento no 2×20 de Lethal Weapon
[spacer height=”20px”]
Mais uma vez a conexão do tema com todos os envolvidos foi bem interessante. Estão caprichando, e muito, nesse final de temporada!
No geral, gostei bastante desse episódio. Acho que os flashbacks foram muito certeiros ao mostrar a proximidade de Martin e Molly quando adolescentes. Fiquei me perguntando o que houve para que eles não ficassem juntos e ela ter decidido ficar com Jake.
Molly sonhava em ser presidente ou astronauta. O desejo dela era ser a primeira pessoa a visita Marte. Riggs sonhava em ter uma família e uma caminhonete. Até aí o diálogo na abertura estava muito normal, até que Molly questiona e Martin diz que aquilo, para ele, era como Marte. Admito, foi por pouco que eu não chorei nessa cena sensacional! Para Molly, era um sonho bem besta para o futuro, mas para aquele garoto, era tudo. E essa conversa definiu todo o episódio.
Riggs se esforça para não errar com Ben da mesma forma que Nathan errou com ele.
Riggs tem estreitado muito sua relação com Ben. É muito bom ver que mesmo depois da aparição relâmpago de Jake, as coisas têm evoluído. O que me impressionou muito em Jesse’s Girl foi a forma como Martin lidou com os fantasmas de seu passado. Os flashbacks mostraram uma infância bem difícil. Com essas lembranças, vai ficando cada vez mais claro como o Riggs tinha puxado uma personalidade mais doce, como sua mãe em vez de herdar o jeitão rude do pai. Isso explica muito do temperamento do detetive e mais ainda o porquê dele ser tão relutante em se entregar à Molly por completo.
Lembranças que marcam, literalmente…
Aquela lembrança de quando o garoto Riggs perdeu um jogo foi bem marcante também. Ver o pai apavorando em casa, sem uma referência materna, deve ter arrasado com o coração garoto Riggs. E aquele estilhaço de vidro que o acertou me doeu na alma, não pela dor física, mas pela agressão psicológica. Quando ele, acidentalmente, machuca Ben, toda aquela cena vem à tona e faz o detetive desmoronar. Acho que ele percebe muito bem que viver uma vida de adulto não é nem um pouco fácil. Mas a boa notícia é que ele – finalmente – saiu da zona de conforto e está encarando bem esse desafio.
Achei até que a Molly lidou muito bem com a situação da bolada que o filho levou. Fiquei imaginando se ela surtasse e desse uma dura em Riggs por estar forçando a barra com o garoto. Por falar em forçar a barra, achei meio forçado ele prender o treinador. Mesmo sabendo do temperamento do detetive, aquela atitude foi exagerada demais.
Roger e Trish se esforçam para que Riana os vejam como parceiros
Não muito longe dali, Roger e Trish lidavam com Riana e suas mentiras. Foi muito educativo ver como eles tentaram contornar a situação e lidar da melhor maneira. O casal Murtaugh representa um modelo de família que, mesmo com as imperfeições, é uma família perfeita! Não digo isso pela falta de erros, mas pela sabedoria que eles têm para resolver as coisas.
Sessão nostalgia!
Tenho sentido falta do Roger filho. Acho que todo esse contexto de confiança e parceria entre família podia dar muito certo com a colaboração dele nas cenas. Principalmente por conta da crise com a faculdade e do apoio que os pais lhe deram, mas enfim. Ainda espero que ele dê as caras até o final da temporada.
Legal eles se lembrarem da primeira aparição de Bowman, quando ele levou sopa para a dupla no local de um crime. Mesmo com a ausência da Bailey, o “time B” conseguiu completar suas tarefas com sucesso. Espero que as férias da detetive não sejam tão longas… Senti falta dela no episódio. Também venho sentindo falta da Maureen (review nostálgica essa, não?). Já faz alguns episódios que ela não participa tão ativamente.
Esse foi o primeiro episódio dirigido por Clayne Crowford – nosso Martin Riggs – e achei que ficou sensacional. Apesar das polêmicas envolvendo o astro e seu relacionamento com a equipe, foi um ótimo trabalho. Com terceira temporada ou não, ainda temos dois episódios pela frente. Para cada dia, basta a sua batalha, não é mesmo?
Até a próxima!