Crítica: Quantico finda seu terceiro e último ano dividindo opiniões, como sempre foi…
Review do final da terceira temporada de Quantico, da ABC.
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Dessa vez não teve mais jeito, demos nosso adeus de uma forma diferente. Se é que isso pode ser chamado de adeus, afinal, não era para ter acabado assim. Quantico entregou um episódio que divide muito opiniões, assim como a temporada em si. Os que acompanharam até o fim sabem como nunca tivemos um modelo padrão de série. Pulando de tentativas, entre acertos e erros, a produção findou sem se quer deixar um tchau. A notícia do cancelamento veio com a temporada toda gravada e os produtores decidiram permanecer assim. Claro que isso aumenta ainda mais as divergências sobre qualidade, mas temos importantes pontos a destacar.
O terceiro ano da série conseguiu trazer nomes de peso para sua temporada. Jocelyn tem um espaço especial em meu coração pois eu consegui pegar a essência da personagem. Sua história de superação pós trauma trouxe um dos melhores episódios deste ano. Ainda calejado por não superar a morte de Celine, a personagem teve seus bons momentos dentro da equipe. McQuigg também tem seus defeitos, mas cuidou e fez Alex mais feliz do que Ryan tentou nos últimos anos. Com essa mistura de novas personalidades, os episódios foram se construindo aos poucos e trouxeram bons momentos.
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Um triângulo amoroso que não se manteve!
Se há algo que eu gostaria de agradecer à produção, é o fato de não insistirem no casal Alex e Ryan. Isso não quer dizer que concorde com o salto de paraquedas que foi o romance do rapaz com Shelby. Contudo, é melhor ter deixado ele sossegado com a loirado que continuar com o vai e volta que tivemos nas duas últimas temporadas. Quantico demorou, mas aprendeu que o mimimi não leva o plot a lugar algum. Essa terceira temporada se mostrou muito mais centrada e voltada para temáticas sociais e culturais do que para romances adolescentes. Afinal, muito tempo se passou e os personagens evoluíram e amadureceram. Nosso esquadrão da academia não é mais o mesmo de hoje…
Como não foi um episódio de despedida, ou pelo menos não com esse intuito, não tivemos aquela nostalgia clássica de Series Finale. Muitos personagens passaram por aqui e deixam saudades até hoje. Simon foi o marco da primeira temporada e sua morte ainda deixa um espaço em nossos corações. As gêmeas Amin também são personagens super negligenciadas pela série e que não tiveram seus plots bem definidos até hoje. Não podemos esquecer dos queridinhos da galera, nossa grande e complicada família Haas. Tivemos uma total amnésia deles nesse último ano e isso ainda não passou batido na cabeça de muitos fãs. No meio de erros e acertos, algumas perdas forram até bem supridas.
Menos drama e mais ação, uma receita que poderia render mais.
Essa é, na minha opinião, um dos pontos chaves da temporada. Se Quantico viesse menos preocupado em apresentar relações e mais preocupados com a vida de um agente do FBI, poderíamos estar aí até hoje. Claro que os 13 episódios ajudaram muito a aumentar a qualidade deste ano. Sempre bati nesta tecla… Quantico não tem bagagem para 22 semanas de trabalho! Eu me sinto tão atraído aos casos desta temporada quanto aos dilemas de atentado apresentado nos últimos anos, contudo, este ano foi menos cansativo. Se me perguntarem o que eu acho realmente sobre esse ano da série, minha resposta é que merecia uma continuação pela qualidade apresentada.
Não pretendo me estender muito nos comentários por aqui, afinal, não quero ser comparado às primeiras temporadas. Meus últimos comentários são: Harry merecia bem mais destaque na temporada pela sua importância na série e com os fãs. Pros que ficaram questionando como a série terminaria, o criador Michael Seitzman contou a um site americano quais seriam seus planos. Encerro esse texto com as palavras dele e a imaginação de vocês para analisar o que teríamos por aí… Até mais queridos agentes! 😀
“Alex fica com McQuigg, eles criam Isabella juntos e ela continua no FBI. Owen e Jocelyn se apaixonam e têm uma vida feliz e pacífica juntos. Ryan provavelmente morre, mas Shelby se torna uma lenda no FBI e encontra o amor novamente…” M. Seitzman