Crítica: Segredos e reviravoltas marcam o episódio 1×07 de Sharp Objects

Crítica do sétimo episódio de Sharp Objects, da HBO, intitulado "Falling".

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação/HBO

“Foi minha mãe. Ela está fazendo de novo e preciso dar um jeito nisso…”

É reviravolta que vocês queriam, arrobas? Pois bem, no penúltimo episódio de Sharp Objects, ‘Falling“, o bicho pegou, e segredos foram revelados.

Quando falei anteriormente que a aproximação de Richard e Adora não era em vão, estava correto. Seu interesse foi muito além de Camille, e ele queria mesmo era saber o que acontecera com a filha dos Preaker que morreu anos atrás. Intuição de policial, ou não, ele queria enxergar alguma conexão dos crimes atuais com a morte misteriosa que ocorrera, anos antes. E acabou que ele trouxe à tona um segredo guardado a sete chaves.

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Qual era o grande problema de Adora? Essa era a questão que o atormentava, e que fez Richard ir até a enfermeira que cuidara de Marian, antes de sua morte. Para a nossa surpresa, a enfermeira sabia até demais. A partir de sua fala, tudo fez sentido.

Na verdade, nunca descobriram de fato a causa da morte de Marian. E no final das contas, sabia-se que a mãe tinha uma parcela de culpa. A enfermeira revelou que Adora sofre, visivelmente, de Síndrome de Münchausen por procuração. Esse é um tipo de transtorno que define uma forma de abuso infantil, onde os cuidadores informam ou criam uma doença na criança, como forma de chamar atenção para si mesmo.

Neste caso, fica claro que adora faz algum tipo de “remédio” que ao invés de curar, adoece. E da mesma forma que, no passado, ela fez com Marian, ela estava fazendo com Amma.

“Você tomou o remédio?”

Foi incrível a forma como a série conectou todas as informações. A medida que Richard descobria a condição de Adora, nós a vimos tratando de Amma, de forma doentia. O remédio dado, a piora da condição da menina. Tudo ali se encaixou.

A forma como Adora manipula a todos ao seu redor é repugnante e, saber que ela estava provocando uma nova morte, deu náuseas. E Camille apenas não foi vítima da mãe porque ela era “rebelde”, não aceitava ser cuidada por Adora e, então, era tida como a “ovelha negra”. Rebeldia que a salvou de uma mãe doente e psicótica.

Enquanto isso, a aproximação de Adora com as meninas deixa uma questão relevante: se ela matara a própria filha, com remédios, teria ela também matado Natalie e Ann? Não sei, mas acho o estilo das mortes completamente diferente.

Ann e Natalie foram mortas friamente, por um assassino. Teve seus dentes removidos, algo completamente agressivo e frio. Já a morte de Marian, causada por Adora, soa algo mais patológico. Imperceptível à própria Adora, que não viu fazer isso por conta de sua doença.

Mas se não foi Adora, quem foi?

John Keene acabou sendo preso pelas mortes da garota. Acredito eu, preso por engano. Também tenho certeza de que ele não cometera o assassinato, e Camille sabe disso também. Pena que ela deixou se envolver demais com o garoto. Eles chegaram ir para a cama, mas creio eu mais por uma necessidade. Uma solidão que ambos dividiam de ter uma irmã assassinada.

Camille encontrou em John certo conforto que ela buscara, desde a morte de Marian. E isso foi interessante de se ver. Mas aos olhos de Richard, que os flagra, Camille estava apenas sendo uma “vadia”.

O ódio tomou conta do policial, que agora vê John como o possível assassino, mas eu tenho suspeitas de que em breve ele vai se dar conta de que cometeram um engano.

Agora fica a pergunta: quem, das pessoas próximas a Ann e Natalie, poderiam ter as matado, além de Adora ou John? Palpites óbvios?

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Na semana que vem temos o último episódio da série. Será que veremos Adora ser presa pelos seus crimes? Teremos a revelação do verdadeiro assassino? Qual será o destino de Camille, Amma, Richard e todos os outros? Estou extremamente curioso. E vocês?

 

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.