Crítica: 3×02 de Shooter destaca passado do Swagger e deixa clara tensão em torno da Atlas

Review do segundo episódio da terceira temporada de Shooter, série original Netflix, via canal USA, intitulado "Red Meat".

Imagem: Divulgação/Canal USA
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A coisa não acabou no senador. A Atlas é gigante” – Gregson, Patrícia

Uma das coisas que sempre admirei no personagem de Bob Lee é a sua capacidade de raciocinar rapidamente. O capítulo dessa semana reforça essa qualidade do sniper e prova que às vezes é necessário sim reviver traumas passados para que seja feita justiça. E o Earl Swagger, pai do protagonista, está no centro das atenções, pois seu filho resolveu tirar a limpo sua morte. Tudo graças a revelação do Solotov que inquietou o rapaz. Então, trinta anos depois, partiu buscar respostas para este assassinato.

Como Solotov deixou claro, os Swaggers têm tudo a ver com a Atlas. E a coisa parece ser real, pois não havia muita razão para a morte do Earl ser tão despropositada como pareceu ser na lembrança do Bob Lee. Agora adulto e um atirador de elite, ao ouvir os momentos finais da vida do pai, constatou que o tiro que o matou não havia sido do bandido odiado por ele a vida toda. Foi um sniper quem proferiu a bala, o que faz a coisa ser ainda mais interessante para a trama desenhada para esta terceira temporada, que mexe com o passado como nenhuma outra.

Nadine, Isaac e Harris com a Patricia Gregson. Quão improvável isso parecia ser?

Muito! Eu mesmo respondo essa questão. Não que o trio não tenha saído bem em tela. Aliás, como sempre destaco quando tenho oportunidade, Gregson é uma das personagens das quais mais gosto, pois sua maldade é sutil e o modo como executa suas artimanhas é digno de nota. E é claro que agora que se bandeou para o lado negro da força, Nadine, junto ao Isaac, iria procurá-la. Uma boa sacada para fazer uma investigação perigosa se tonar ainda mais letal para todos, que envolvendo o pobre Harris, descobrem serem parte da “lista de morte” da Atlas.

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Essa investigação vagarosa e minuciosa deve apresentar novos rostos para este lado da série. Já que este lado ainda não está no mesmo caminho do Bob Lee, por hora, o núcleo do lado da ex-agente Memphis precisa de novos personagens. A menos, é claro, que suas evidências apontem diretamente para o Earl Swagger e ele apareça de alguma forma neste emaranhado de provas que o senador tenha deixado. Aposto um balde de pipoca que o Earl tinha algo nessa confusão. Talvez ele estivesse investigando… enfim, muito cedo para isso ser provado.

Precisamos falar sobre sutilezas que fazem Shooter ser uma série de tirar o chapéu.

Imagem: Divulgação/Canal USA

O que foi aquele tiro do Bob Lee para libertar o cão? Olha como uma cena tão simples como aquela pode servir para provar seu poder de ataque. Assim que tinha batido o olho naqueles meninos, tinha certeza de que ele daria um jeito. Lembro de ter lido uma crítica uma vez que disse que a série faz apologia às armas e que só aficionados iriam se entreter. Mas a grande sacada é perceber que elas são importantes sim, porém o protagonismo fica por conta de quem está por de trás delas.

Que tiro foi esse: “Surpreso por ter seu nome nesta lista? Minha surpresa é meu nome ser só o quinto” – Patrícia Gregson (e como eu amo essa ironia <3).
Que tiro foi esse que tá um arraso: Isaac está sendo um sangue frio necessário para o lado da Nadine. Está aí uma utilidade para o hora-extra.

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