Crítica: The Flash resgatou vilões clássicos no incrível 6×13 “Grodd Friended Me”
Review do décimo terceiro episódio presente na segunda metade da sexta temporada de The Flash, da The CW, intitulado "Grodd Friended Me"
“Run, Grodd. Run!”. The Flash resgatou clássicos vilões, elevando nível da temporada
Em sua primeira temporada, The Flash criou uma sequência de episódios que se tornaria um padrão em suas temporadas seguintes. Lá pela metade da temporada, entre os episódios 13 e 16, os roteiristas construíam uma história especial através de episódios duplos e um terceiro que basicamente envolve a essência do herói, ou seja, a Força de Aceleração.
Apesar das recentes temporadas terem modificado um pouco essa fórmula, a ideia sempre esteve presente. Nesta sexta temporada não foi diferente e eis que veio o décimo terceiro episódio (e o vindouro décimo quarto) continuar essa tradição.
Grodd está de volta em The Flash!
Desde o início da série, Grodd é o meu vilão não-velocista favorito de The Flash. Seus episódios são sempre grandiosos em termos de roteiro, orçamento e ação. “Grodd Friended Me” não poderia ser diferente. The Flash pode ter ganhado o melhor episódio da temporada até aqui, e que facilmente pode entrar no ranking dos melhores da série. Com as mudanças causadas pós-Crise, Grodd tentou de todas as formas alcançar Barry/Flash para mostrar que mudou e conquistar sua redenção na série. “Sequestrar” a mente de Barry foi a forma que escolheu para chamar a atenção do herói. Mais uma grande prova de quão grandioso são seus poderes.
Só que o que essa mudança de atitude irá trazer para o vilão no futuro da série? Significa que não veremos mais um embate entre os dois? Não necessariamente. Sua rivalidade com Solovar ainda se mantém forte, e o uso temporário da Força de Aceleração através do Flash pode despertar certa ganância de poder como visto nos quadrinhos na era Renascimento. Essa fusão de mentes e poderes, inclusive, foi o ponto alto do episódio e um dos melhores momentos do vilão na série. Grodd continua sendo extremamente poderoso e superinteligente e espero continuar vendo episódios centrados nele mais vezes ao longo da série.
Mudanças e novo personagem
Neste episódio tomamos um pouco mais de conhecimento das mudanças e consequências da vida pós-Crise. Vemos Barry em busca do túmulo de seus pais, além de comentarem sobre a busca e catalogação de Cisco para o número de alterações feitas na linha do tempo, justificando sua ausência no episódio. Só que essas cenas passaram um pouco a impressão de deslocamento, ou seja, aconteceram um pouco tarde de mais. São cenas que deveriam ter acontecido logo no primeiro episódio dessa segunda metade da temporada. Sem dúvidas as cenas e diálogos dos episódios anteriores sobre esse assunto fariam muito mais sentido caso sucedessem esse décimo terceiro episódio. Não que essa “desordem cronológica” venha atrapalhar a experiência, mas teria sido melhor desenvolvida se viessem em sucessão, em um crescente.
A ausência de Cisco inclusive foi uma oportunidade encontrada pelos roteiristas de introduzirem Chester P. Runk ao team Flash. Não sei como a série irá comportar dois personagens parecidos: cientistas, inteligentes e alívio cômico. O personagem de Chester lembra mais o Curtis de Arrow, mas o carisma de Brandon McKnight é que poderá ser seu diferencial. Alguns de seus momentos cômicos soaram um pouco desconexos da tensão do momento, algo que acontecia muito com Curtis em Arrow. Então será preciso trabalharem bem a direção do personagem para não criarem estranheza perante o público. Chega ser até estranho pensar assim, mas é preciso que ele seja mais Cisco e menos Curtis. Ou melhor, que ele seja algo novo, diferente.
Futuros grandes antagonistas para The Flash
A história na dimensão dos espelhos enfim começou a ganhar peso e se tornar interessante. Eva McCulloch pode ser realmente a grande antagonista dessa segunda parte da temporada já que a vimos controlando a Íris falsa para conseguir informações sobre Joseph Carver. Fico curioso para saber como sua história irá se desenvolver nos futuros episódios. Mas ainda neste episódio tivemos a revelação do futuro retorno de Eobard Thawne, o Flash Reverso, através dos vários Wells que tem assombrado Nash. Ainda é cedo para se teorizar como esse retorno irá se suceder, mas já cria altas expectativas na trama desta temporada (ou seria da próxima?).
Ainda com uma rápida participação de Flautista, Barry/Flash enfim esteve de volta à frente dos episódios da série. Um capítulo divertido e fantástico, com efeitos visuais incríveis, contando com o retorno de vilões clássicos de uma maneira única e interessante. Como todo bom episódio de The Flash deveria ser e um dia já foi. E a temporada parece não ter intenção de desacelerar, já que o próximo episódio contará com o retorno de Wally West/Kid Flash e algo grandioso envolvendo a Força de Aceleração. Ainda espero grandes episódios dessa sexta temporada que tem trazido novos ares e pode dar a volta por cima na série.
CURIOSIDADES deste episódio de THE FLASH:
– O título do episódio é uma referência a série “God Friended Me” (2018), que conta com Violett Beane, que fez a Jesse Wells/Jesse Quick nas temporadas 2 e 3 de The Flash.
– Em referência a Supergirl agora vivendo na mesma Terra que eles, em certo ponto Chester diz “Obrigado, Rao!”. Rao é o nome do sol de Krypton que também era considerado um deus de seu povo.