Matador de Aluguel: filme de ação na Prime Video é diversão garantida

Matador de Aluguel é o novo filme de ação da Amazon Prime Video. Com Jake Gyllenhaal, esta é uma diversão garantida.

Matador de Aluguel

“Matador de Aluguel”, novo filme da Amazon Prime Video, originalmente chegaria nas telas de Cinema. Por algum motivo, entretanto, o estúdio decidiu lançá-lo apenas no streaming. O diretor, Doug Liman, ficou furioso. Conhecido por grandes fitas de ação, o cineasta queria ver seu novo filme nas salas de exibição ao redor do mundo.

Por falta de confiança no material, talvez, o projeto acabou virando o que, há alguns anos, era o famoso “filme feito para DVD”. Em outras palavras, é aquele título feito com pouco dinheiro, qualidade inferior, cujo destino eram as prateleiras das locadoras. Com o fim da mídia física, entretanto, as plataformas de streaming se tornaram este antro de despejo. É compreensível, portanto, que Liman tenha ficado chateado com o destino de seu filme.

Para começar, “Matador de Aluguel” é uma fita divertidíssima. Além disso, é notavelmente bem-feito. As sequências de ação, por exemplo, principalmente as de pancadaria, são de um impacto inquestionável. O projeto, então, seria ótimo para uma experiência conjunta, algo que só o Cinema proporciona. Além de ter cacife para preencher uma tela gigante, o longa tem ação e humor para manter o público atento e contente do início ao fim.

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Na trama, Danton (Jake Gyllenhaal) é um ex-lutador de UFC que, depois de uma tragédia, vive às margens da sociedade. Navegando no cenário underground das lutas ilegais, o sujeito acaba ganhando um trabalho ingrato: ser segurança de uma “road house”, uma espécie de bar à beira da estrada. O local, contudo, está mal frequentado, e não demora para que ele se envolva em uma porção de encrencas contra uma turminha do barulho.

E é só isso que você precisa saber para curtir “Matador de Aluguel”. Gyllenhaal se diverte ininterruptamente na pele do anti-herói. Liman, por sua vez, aproveita para brincar com a câmera e experimentar os jeitos mais inventivos de se filmar uma briga. O diretor, por exemplo, foi responsável por estrear a franquia Bourne nos cinemas. Além disso, já se aventurou em filmes da ação mais convencionais, mas igualmente divertidos, como “Sr. e Sra. Smith”, até ficções-científicas ambiciosas, como “No Limite do Amanhã”.

Matador de Aluguel

“Matador de Aluguel”, é verdade, não tem o arrojo temático de um “John Wick”, tampouco sua riqueza técnica. Ainda assim, é um filme que entende seus clichês e os emprega para que a história avance. Assim, o longa é tão óbvio que chega a ser patético em alguns momentos. Ainda assim, é impossível não simpatizar com a simplicidade da coisa.

Em um instante, por exemplo, um personagem questiona o motivo de tamanho interesse no boteco. Poucos segundos depois vemos uma maquete repleta de novos e enormes edifícios na mesa do vilão. Liman, Gyllenhaal e os demais envolvidos reconhecem esta e outras obviedades. Eles sabem, por exemplo, que Connor McGregor é limitadíssimo como ator, mas ainda assim muito carismático. Logo, há um conforto em ser simples e direto.

Em “Matador de Aluguel”, o importante é que a experiência funcione, mesmo que o caminho mais simplório seja adotado.

Nota: 3,5/5

Sobre o autor
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Matheus Pereira

Jornalista, curioso e viciado em cultura. Escreve há quase 10 anos no Mix e Six Feet Under é sua série favorita.

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