Mix de Séries elege as 4 melhores atuações da década na TV
Quais foram as melhores atuações da década nas séries?
Mix de Séries entrou no desafio das melhores atuações
O Mix de Séries resolveu participar de um desafio que vem rolando no Twitter, em que os fãs de séries estão quebrando a cabeça. O desafio, apesar de aparentar simples, exige bastante critério: ele pede para o usuário elencar as quatro melhores atuações da década na TV.
Portanto, podem entrar na “disputa” as atuações de alguma série que tenha sido exibida no período entre 2010 e 2019, referente a esta última década. E claro que este período corresponde a exibição de grandes clássicos e momentos nas séries. A tarefa não foi fácil, mas depois de discutirmos, chegamos a quatro nomes que achamos que devem ser lembrado em uma lista de “atuações da década”.
Confira…
Por Anderson Narciso e Matheus Pereira
Viola Davis, How To Get Away With Murder
Viola Davis conquistou um marco por seu papel em How To Get Away With Murder. Ela protagoniza a série desde 2014, e logo após sua primeira temporada conseguiu fazer história. Assim, Davis tornou-se a primeira atriz negra a vencer um Prêmio Emmy, na categoria de Melhor Atriz em Série Drama. E nesta primeira parcela de episódios da série, Viola Davis brilhou como uma professora de direito que vê sua vida ser revirada de cabeça para baixo após se envolver em um crime.
Mas uma cena, em específico, marcou aquela época. Foi quando ela, que sempre aparece bonita, maquiada e de peruca nas cenas, sentou em frente ao espelho. Então, começou a se despedir com a maquiagem. Ali, Viola Davis não só atuou como mostrou-se vulnerável nas frentes das câmeras. Também, mostrou todo o poder de uma mulher, negra, e madura. Sem dúvidas, merece nosso reconhecimento.
Bryan Cranston, Breaking Bad
Breaking Bad é lembrada como um marco na televisão mundial. Entretanto, ela não teria todo esse poder se não fosse peça eficácia de Bryan Cranston ao atuar como Walter White. De um simples professor de química com câncer, à um grande – e perigoso – produtor de metanfetamina, o ator brilhou na dualidade necessária para fazer do personagem um “inocente com culpa”. O personagem começa a série como um vitimado, mas termina encontrando um final que ele mesmo buscou. Ao experienciar a vida do tráfico, ele gostou. E uma vez dentro, de fato é difícil sair.
Muitos momentos são lembrados como épicos, seja simples e emblemática como retirar pizza do telhado, ou quando confrontou a verdade para os entes próximos e incrédulos. Entretanto, os instantes finais de Walter White na série são de arrepiar e mostram a plena capacidade de Bryan Cranston de ser lembrado e exaltado como um dos melhores atores da década.
Robin Wright, House of Cards
A questão com Robin Wright vai além da atuação. Produtora, diretora e voz ativa dentro e fora da série, onde luta por igualdade entre homens e mulheres, Wright é um dos símbolos da década. Dividindo a tela com Kevin Spacey desde o princípio, Wright não era coadjuvante de luxo, tampouco desempenava o papel da esposa dependente. Bem como ela e sua personagem, Claire, eram tão (e muitas vezes mais) importantes quando Frank.
Pois não se engane: Robin Wright não virou protagonista com a saída de Spacey. Ela já era protagonista muito antes disso. Ela apenas abraçou um espaço que lhe era de direito. O talento da atriz é tanto, que mesmo a terrível última temporada de House of Cards não prejudicou sua performance. Apesar do roteiro trôpego, da direção cansada e das ideias estapafúrdias, Wright permanecia incólume como a melhor coisa do programa. Como sempre foi, desde o princípio.
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Jharrel Jerome, Olhos que Condenam
Enquanto a maioria das melhores atuações da década vem de séries com vários episódios e temporadas, Jharrel Jerome conquista um espaço com apenas quatro capítulos. Para ser mais preciso, o ator garante seu nome na lista com apenas um episódio. A quarta e última parte da minissérie de Ava Duvernay revela como foram os duros anos de Korey Wise na prisão. Acusado de um crime que não cometeu, o jovem é jogado em um mundo de terror e violência, tendo a força física e psicológica postas à prova durante anos terríveis.
Jerome, que tem apenas 21 anos, atinge o ápice da precisão e da emoção. Trata-se de um ator com total domínio sobre seu personagem e sobre o texto que leva nos lábios e no coração. Antes mesmo de ter um episódio só para si, Jharrel já roubava a cena nos momentos em que aparecia. A sequência do interrogatório, por exemplo, já garantiria qualquer prêmio e elogio possível. O futuro de Jerome é incerto, mas é possível que ele já tenha entregado a performance de sua vida.
Portanto, essas são nossas escolhas. E para você, quais as melhores atuações da década?