O Continental: 2ª temporada já é um grande erro

Tudo indica que O Continental poderá ter uma segunda temporada, mas entenda como essa decisão será um grande erro.

O Continental série
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O final da série O Continental: Do Mundo de John Wick estabelece uma segunda temporada potencial – mas seria melhor se permanecesse como uma minissérie única.

Este prequel do Prime Video mostra como o jovem Winston Scott, interpretado por Ian McShane nos filmes, tornou-se o gerente do famoso hotel de Nova York. Diante do final de John Wick: Capítulo 4, quando o assassino imparável de Keanu Reeves aparentemente morre, este prequel ambientado nos anos 70 foi um grande teste para a franquia para ver se spin-offs poderiam funcionar sem Wick. Infelizmente, O Continental falhou nesse teste.

A primeira temporada de três episódios está repleta de subtramas desinteressantes. E, além disso, a ação não atende aos altos padrões da franquia cinematográfica, tendo a série recebido críticas mistas a negativas.

O final de O Continental pode ter visto Winston (Colin Woodell) ter sucesso em derrubar Cormac (Mel Gibson) e tomar o hotel para si, mas também terminou com muitas perguntas sem respostas.

Ganchos e perguntas sem respostas preparam o terreno para a 2ª temporada

O Continental problema John Wick
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Após uma batalha sangrenta para derrubar o Continental no episódio final, Winston sai do hotel para conversar com o Adjudicador (Katie McGrath). Depois de uma troca de ameaças, Winston simplesmente atira nela na cabeça para enviar uma mensagem à Alta Mesa de que o hotel está sob nova administração.

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No entanto, várias tramas introduzidas durante a primeira temporada permanecem sem solução. O assassinato do amado pai de Lou (Jessica Allain), o desaparecimento de Charlie (Peter Greene). Ou ainda, o grupo que contratou Frankie (Ben Robson) para roubar a prensa de moedas, esses são apenas alguns dos mistérios não resolvidos.

O Continental já contou a história de origem de Winston

O Continental problema John Wick
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O Continental sempre foi vendido como a história de como Winston chegou ao poder. No final das contas, essa pode ter sido uma questão que deveria ter sido deixada à imaginação dos espectadores. Já que a minissérie parecia mais um filme de roubo morno disfarçado de John Wick.

Apesar disso, ao final da série, Winston se vinga pela morte de seu irmão e se torna o novo gerente, então não há necessidade real de explorar o que acontece além da cena final.

Um equívoco aparentemente promissor

Em teoria, uma história contínua de O Continental soa como uma ótima ideia, pois pode explorar em profundidade os lados da franquia que a série de filmes apenas insinuou. Na prática, a primeira temporada pareceu confusa e sem foco, apesar de sua premissa simples.

Uma segunda temporada em que Winston luta contra a Alta Mesa para manter o controle do Continental também é inerentemente desinteressante. Isso porque os espectadores já conhecem o resultado, e nenhum dos mistérios que ela deixa em aberto parece justificar que os espectadores retornem para uma segunda temporada. No final, os completistas de John Wick deveriam considerar a minissérie apenas como uma curiosidade isolada.

A ideia de explorar mais profundamente o universo de John Wick é tentadora, mas a execução, como vista em O Continental, deixa muito a desejar. A segunda temporada, se prosseguir nesta trajetória, corre o risco de diluir ainda mais uma franquia amada, em vez de enriquecê-la. A magia de John Wick reside em sua execução impecável, enredo envolvente e ação eletrizante – elementos que O Continental até agora não conseguiu replicar.

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Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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