O Problema dos 3 Corpos já se igualou a Game of Thrones

A nova série “O Problema dos 3 Corpos” da Netflix não é “Game of Thrones”. Embora compartilhe dois de seus co-criadores (sendo a primeira série de David Benioff e D.B. Weiss desde o fim de “GoT” em 2019), esta série oferece uma dose substancial de ficção científica cerebral. Isso em vez da fantasia de espadas que marcou a famosa série da HBO.

Baseada na popular série de livros de Liu Cixin, a adaptação para a TV segue cientistas tentando salvar o mundo. E decidindo se vale a pena salvá-lo. Tudo ao resolver uma série estranha de problemas intergalácticos. Embora seja densamente enredada, a série não é entediante, graças à ciência inventiva e perturbadora presente em sua trama.

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Um dos elementos mais perturbadores é quando cientistas entram em um mundo de videogame avançado que coloca questões complexas sobre o futuro. Eles devem ajudar líderes globais a entender uma série de Eras Caóticas que colocam seus povos em perigo, incluindo situações grotescas de desidratação e reidratação do corpo humano.

As cenas de desidratação e reidratação são perturbadoras, detalhadas e, de maneira sombria, até engraçadas. Elas são introduzidas sem muita explicação, com uma garota se desintegrando lentamente ao sol, apenas para ser reidratada e emergir como se tivesse tirado uma soneca.

Além disso, a série também aborda temas como violência e terror científico, como um experimento envolvendo nanofibras que resulta em um massacre em um navio cheio de crianças. “O Problema dos 3 Corpos”, então, não tem medo de explorar as consequências sombrias do progresso científico em sua trama, o que o torna uma experiência fascinante e assustadora para os espectadores. Algo que a aproxima de “Game of Thrones”, por exemplo, que também investia em violência e cenas gráficas quando necessário.