Um dos melhores filmes do Batman é também um dos mais odiados
Filme de 1995, Batman Eternamente é uma pérola entre os filmes do Homem Morcego que merece uma revisita e atenção.
Muitas vezes criticado, mas raramente compreendido em sua totalidade, “Batman Eternamente“, dirigido por Joel Schumacher, é uma pérola escondida no universo cinematográfico do Batman.
O filme, lançado em 1995, merece um olhar mais atento e uma reavaliação que destaque seus inúmeros pontos fortes, indo além do que foi superficialmente percebido na época de seu lançamento. O longa, que acabou sendo “odiado” por muitos fãs, seja pelos polêmicos “mamilos” no uniforme, ou o que falaram ser uma versão “caricata” do Batman, na verdade, tem excelentes argumentos que o fazem um dos melhores filmes do Homem Morcego.
Pontos que merecem uma revisão pelos fãs
Primeiramente, o design de produção de “Batman Eternamente” é uma celebração visual, um triunfo estético que reflete as histórias em quadrinhos do Batman dos anos 1940 e 1950. Com uma paleta de cores vibrante e cenários extravagantes, o filme captura a essência dessas eras dos quadrinhos de forma magnífica, trazendo uma Gotham City que é tanto gótica quanto futurista, um cenário ideal para a narrativa complexa e os personagens extravagantes.
Além disso, a interpretação de Val Kilmer como Bruce Wayne/Batman é um destaque à parte. Kilmer trouxe uma profundidade e complexidade para o personagem que até então não havia sido explorada em outras adaptações cinematográficas.
Ele consegue transmitir de maneira convincente a culpa e o tormento que Bruce Wayne carrega pela morte de seus pais, aspecto essencial da psique do personagem que se reflete em suas ações como Batman. Esta interpretação mais sombria e introspectiva de Bruce Wayne é um ponto alto do filme.
Schumacher Cut de Batman ganhou força
Mas é na versão “Schumacher Cut” que “Batman Eternamente” realmente brilha. Esta versão estendida do filme aprofunda ainda mais os aspectos psicológicos de Bruce Wayne e oferece um olhar mais detalhado sobre o conflito interno do personagem. O corte de Schumacher é uma verdadeira homenagem ao legado do Batman e ao seu universo, oferecendo uma experiência cinematográfica mais rica e completa.
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É importante destacar também que o corte de Schumacher de “Batman Eternamente” não está amplamente disponível ao público. Este corte, que oferece uma visão mais aprofundada da história e dos personagens, foi exibido apenas em duas ocasiões especiais. Ambas, em uma sessão promovida por Kevin Smith.
Apesar de sua raridade, a existência deste corte gerou uma forte campanha entre os fãs e entusiastas do universo Batman. Que agora clamam para que a Warner Bros. disponibilize esta versão do filme. A campanha reflete não apenas o interesse contínuo na obra de Schumacher, mas também o desejo dos fãs de explorar mais a fundo o universo e os personagens tão ricamente apresentados em “Batman Eternamente”.
Representações icônicas
Além disso, o filme apresenta vilões icônicos e memoráveis. Com Jim Carrey como O Charada e Tommy Lee Jones como Duas-Caras, “Batman Eternamente” oferece uma interpretação única desses personagens, misturando o humor ácido com uma dose de psicodelia.
Essa abordagem, embora controversa, é uma representação fiel do espírito dos quadrinhos em certos períodos, marcados pela extravagância e excessos.
Outro aspecto notável de “Batman Eternamente” é a representação de Robin em live-action, realizada de forma exemplar e até hoje não superada em outras adaptações.
A origem de Dick Grayson, interpretado com maestria por Chris O’Donnell, é claramente inspirada em um dos melhores episódios da aclamada série animada do Batman de 1992, “O Acerto de Contas do Robin”.
A história, que narra a trágica perda da família de Dick e sua subsequente adoção por Bruce Wayne, é contada com um equilíbrio perfeito entre drama e ação. Capturando a essência do personagem dos quadrinhos.
Em resumo, “Batman Eternamente” merece ser reavaliado como um dos melhores filmes do Batman. Ele traz um design de produção impressionante, junto de uma fiel representação das histórias em quadrinhos clássicas. Além disso, o longa tem uma performance profunda e introspectiva de Val Kilmer.
“Batman Eternamente” não só captura a essência do Cavaleiro das Trevas, mas também o eleva a novos patamares cinematográficos, especialmente na versão “Schumacher Cut”. É uma obra que, sem dúvida, merece seu lugar no panteão dos grandes filmes do Batman.