Rick acaba de mudar origem de The Walking Dead, 14 anos depois

The Walking Dead redefiniu o significado do seu título, 14 anos depois de sua estreia com a nova série de Rick.

The Walking Dead redefiniu 14 anos depois
Imagem: Divulgação.

Quatorze anos após sua estreia, The Walking Dead continua a surpreender e redefinir os limites narrativos dentro de seu universo apocalíptico. A mais recente revelação vem do episódio 4 de The Walking Dead: The Ones Who Live, onde Rick Grimes, personagem icônico interpretado por Andrew Lincoln, traz uma nova dimensão ao título da franquia, antes associado primariamente aos zumbis que povoam esse mundo devastado.

A série, desde suas origens, flertou com a ideia de que “os mortos que caminham” poderiam ser tanto os zumbis quanto os sobreviventes, lutando diariamente contra as adversidades de um mundo desmoronado.

Esta dualidade foi reiterada na 5ª temporada, quando Rick proclama a seus companheiros: “Nós somos os mortos que caminham”. Uma referência ao desgaste emocional e moral pelo qual passam, ao adotarem comportamentos e decisões extremas para sobreviver. Contudo, o retorno de Rick à franquia e seu desabafo a Michonne revelam uma camada ainda mais profunda e sombria dessa analogia.

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No episódio em questão, Rick compartilha a angústia de sua existência no CRM, uma organização militar que o separou de seus entes queridos. Ele descreve como a perda da capacidade de sonhar com pessoas como Carl e Michonne o levou a um estado onde se vê forçado a “estar morto e viver”. Ou seja, uma existência que ele compara à dos zumbis, mas que, de fato, se refere à desconexão emocional e ao vazio interno que sente.

The Walking Dead redefiniu 14 anos depois
Imagem: Divulgação.

Este desenvolvimento é um contraponto direto ao otimismo manifestado por Daryl no episódio final da série original. Onde ele afirma que “nós não somos os mortos que caminham”, sugerindo uma evolução e superação das adversidades enfrentadas pelos personagens ao longo dos anos. A situação de Rick, entretanto, mostra que, apesar dos avanços, ainda existem dilemas morais e emocionais complexos que desafiam os sobreviventes, negando a noção de que tenham ultrapassado completamente a condição de “mortos que caminham”.

Ao retratar Rick Grimes como um símbolo dos “mortos que caminham”, The Walking Dead: The Ones Who Live não apenas honra o legado complexo de seu personagem. Mas também expande o escopo temático da franquia, explorando as profundezas do trauma humano e da perda de identidade em meio ao caos.

Este novo significado enriquece a narrativa de The Walking Dead, reafirmando sua relevância e capacidade de evoluir, mesmo após uma década e meia de sua concepção.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.