Rookie Blue: Para servir, proteger e não estragar tudo!

Imagem: ABC/Divulgação

Série policial fez bastante sucesso na década de 2010…

O treinamento chegou ao fim e a vida começa agora. Rookie Blue começou em 2010 e acompanhava a rotina do início de carreira de cinco policiais: Andy McNally (Missy Peregrym) é obstinada, enquanto Dov Epstein (Gregory Smith) é mais centrado. Traci Nash (Enuka Okuma), por sua vez, é mãe de um garoto de seis anos e independente. Chris Diaz (Travis Milne) é o policial exemplar, orgulho da delegacia. Finalmente, a ambiciosa Gail Peck (Charlotte Sullivan) que está pronta para puxar o tapete de qualquer um que fique entre ela e seus objetivos.

Observando superficialmente, é uma série “caso da semana”, mas ao longo das temporadas é possível ver padrões se formando. Além disso, apesar de ser uma série policial, o tema geral da obra é o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um dos personagens. Pelo fato de focar na vida pessoal dos personagens, o caso da semana era sempre o coadjuvante junto aos problemas reais dos protagonistas.

Com seis temporadas de no máximo 13 episódios cada, a série da ABC produzida no Canadá, focava a trama em torno dos cinco policiais novatos agora fazendo parte de uma equipe, que ao longo dos episódios vão descobrindo que tudo é mais difícil do que imaginavam, enfrentando uma grande cidade, onde mesmo o menor engano poderia desencadear consequências mortais.

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Comparações com Grey’s Anatomy à parte, Rookie Blue não foi uma série que chamava atenção pela temática, estava sempre por um fio, pouca gente companhava e, mas quem acompanha acabava viciado.

Rookie Blue conta com um dos melhores elencos de apoio que eu já vi na televisão, não tanto pelos nomes famosos, apesar de contarem com William Shatner em um episódio da terceira temporada, mas porque eles são tão bem construídos quanto os protagonistas.

Ao contrário de muitas outras séries, Rookie Blue não manipulava as personalidades dos personagens para caber no roteiro. Ao invés disso, ela guiava a trama com base nos personagens e nas decisões que eles tomariam. E, da mesma maneira o crescimento de cada protagonista era acompanhado a cada temporada, mostrando seus erros e acertos.

Os casais…

Toda série tem seu casal de ouro e Rookie Blue não é diferente; No entanto, a série trabalha os relacionamentos profissionais e pessoais de tal maneira que, a cada episódio existe um possível ship.

Imagem: ABC/Divulgação

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Mas existia um casal que desde o primeiro episódio era o de ship quase todo mundo que a companhava a série, Andy e Sam já soltavam faíscas pelos corredores, mas demorou muito tempo para que os dois ficassem juntos.

No ambiente da 15ª Divisão, havia um trabalho burocrático que sempre seguia para as rotinas com as rondas. Nesta parte, os novatos eram sempre acompanhados de um policial veterano para conduzir os trabalhos, geralmente comandados por Oliver Shaw (Matt Gordon) e Noelle Willians (Melanie Nicholls-King).

McNally, em sua primeira missão, acaba prendendo um policial disfarçado, Sam Swarek (Ben Bass), e estragando o trabalho alheio. Claro que Sam passa a “odiar” Andy, mas a gente sabe o que acontece quando dois personagens de sexo oposto estão se odiando tanto. E ainda temos o detetive Luke Callaghan (Eric Johnson) ,como interesse amoroso de Andy para completar o triângulo.

Os personagens vão se revelando aos poucos, mas formam um bom e divertido grupo. Nem tudo é focado em drama e os novatos rendem alguns momentos impagáveis.

Toda série tem aquela temporada ou alguns episódios que simplesmente não fazem diferença na trama, ou são tão ruins que fazem a audiência cair drasticamente. E nesse caso, foi a quinta temporada, que por motivos contratuais acabou sendo dividida em quinta e sexta, cada uma com onze episódios. Um novato caindo de para-quedas, Chris com problemas com drogas e Gail com problemas de aceitação deixaram os acontecimentos estacionados de uma forma negativa.

Imagem: ABC/Divulgação

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No entanto, a temporada se recuperou no final e a sequência não deixou a bola cair. Fechou pontas soltas e deu finais dignos, se não memoráveis, para alguns personagens. Apesar de torcer por uma renovação, mesmo não tendo cara de series finale, todos tiveram finais dignos.

A série poderia não estar na melhor fase, mas a trilha sonora continuou impecável ao longo das seis temporadas, sendo que uma das coisas que fez diferença ao longo da série foram as músicas entre um acontecimento e outro.

Todo spoiler te enlouquecia e todo hiatus era uma tortura. Rookie Blue é o tipo de série que aumentava sua curiosidade e suas emoções sobre o que poderia acontecer no próximo episódio.

Dá uma saudade, e vale a pena ser assistida (e re-assistida).

Sobre o autor

Italo Marciel

Redação

Jornalista por formação e publicitário por aproximação. Desde a graduação, circulo entre as duas áreas e isso me preparou para atuar com mais segurança e amplitude na Assessoria de Comunicação Política, área na qual trabalho desde 2013. Ao todo, já são são oito anos gerenciando a comunicação de parlamentares do legislativo municipal. Entre as minhas principais atribuições estão: criação e gerenciamento de conteúdo textual e visual (artes, fotos e vídeos) para redes sociais; planejamento de pronunciamentos; preparação de pauta para reuniões e entrevistas; relacionamento com a imprensa. Além disso, tanto tempo no meio me trouxe conhecimentos intermediários de assessoria parlamentar, onde auxilio na construção e revisão de projetos e no relacionamento com pastas do poder público de direto interesse dos mandatos. No Mix de Séries atua como jornalista e redator de notícias gerais, desde 2017. Também produz críticas e conteúdos especiais voltado para a área de streaming.