Supernatural: o que deu certo e o que deu errado na série

Analisando a série Supernatural é possível definir o que deu certo e o que deu errado ao longo dos 15 anos em que ela esteve no ar.

Supernatural o que deu certo

“Supernatural”, a série que conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo com as aventuras dos irmãos Winchester contra forças sobrenaturais, completou 15 temporadas de muito sucesso, mistério e emoção.

Durante seu extenso percurso na televisão, a produção enfrentou uma série de desafios técnicos e criativos, além de mudanças significativas na trama que se distanciaram do conceito original do criador, Eric Kripke. Vamos explorar o que deu certo e o que deu errado nessa jornada épica que se tornou um marco na cultura pop.

O que deu certo:

Supernatural o que deu certo
Imagem: Divulgação.
  1. Evolução Técnica e Efeitos Especiais
    Ao longo de suas 15 temporadas, “Supernatural” mostrou um notável desenvolvimento técnico, especialmente no que tange a efeitos especiais e design de produção. Desde simples aparições fantasmagóricas até complexas batalhas com demônios e deuses, a série soube se adaptar às novas tecnologias e orçamentos crescentes, garantindo que o visual sempre complementasse a narrativa de forma eficaz. Essa evolução, portanto, permitiu que a série abordasse temas mais ambiciosos e criasse cenas de ação e suspense mais complexas e visualmente impactantes.
  2. Desenvolvimento de Personagens
    Um dos maiores acertos de “Supernatural” foi o desenvolvimento profundo de seus personagens principais, Sam e Dean Winchester. A evolução dos irmãos, tanto individualmente quanto em seu relacionamento, serviu como coração emocional da série, engajando os espectadores e criando uma conexão duradoura. Personagens secundários, como Castiel e Crowley, também receberam arcos ricos que adicionaram camadas à história e foram cruciais para o sucesso da série.
  3. Flexibilidade Narrativa
    A capacidade de “Supernatural” em transitar entre o terror, o drama, a comédia e até o meta-humor foi um diferencial que manteve a série fresca mesmo após muitos anos. Episódios que brincavam com a própria estrutura da série, como “The French Mistake” bem como “Fan Fiction”, foram particularmente bem-recebidos, demonstrando uma inventividade que poucas séries conseguem sustentar a longo prazo.
  4. Engajamento com os Fãs
    “Supernatural” soube como poucas produções manter uma relação próxima e reativa com sua base de fãs. A série frequentemente incorporou feedback dos espectadores e criou episódios que homenageavam a comunidade fanática, solidificando um legado de lealdade e participação ativa dos fãs.

Saiba mais sobre Supernatural:

O que deu errado:

Supernatural o que deu certo
Imagem: Divulgação.
  1. Desvios do Conceito Original
    Apesar das inovações, a série eventualmente se afastou do conceito original de “monstro da semana” que Eric Kripke havia idealizado. Com o passar das temporadas, “Supernatural” se envolveu em tramas mais complexas e arcos mitológicos que, embora interessantes, às vezes diluíam a premissa básica de terror urbano que caracterizava suas primeiras temporadas. Isso acabou por afastar parte do público que preferia o formato original.
  2. Inconsistências na Trama
    Com tantas temporadas, “Supernatural” enfrentou problemas de inconsistências narrativas e qualidade oscilante. Alguns arcos de temporada foram percebidos como menos envolventes ou até repetitivos, o que gerou críticas quanto ao direcionamento da série. A dificuldade em manter a originalidade e o impacto emocional a cada novo vilão ou ameaça também se tornou um desafio.
  3. Final Controverso
    O final da série foi um ponto de divisão entre os fãs. Enquanto alguns aplaudiram a conclusão ousada e emocional para a jornada dos irmãos Winchester, outros sentiram que algumas escolhas de roteiro não fizeram jus ao desenvolvimento dos personagens ao longo dos anos. A dificuldade de encerrar uma série tão longa e amada sempre será um desafio, e “Supernatural” não foi exceção.
  4. Desgaste da Fórmula
    Por fim, mesmo as séries mais bem-sucedidas enfrentam o risco de desgaste de sua fórmula, e “Supernatural” lutou com isso em suas últimas temporadas. A tentativa de se reinventar frequentemente e introduzir novos elementos às vezes resultava em uma perda do foco narrativo e daquilo que originalmente definia a série.

“Supernatural”, portanto, permanecerá como um fenômeno na televisão, com legados tanto de sucesso quanto de desafios. Esses elementos refletem não apenas a trajetória da série, mas também as complexidades de manter uma produção relevante e ressonante por tantos anos.

PUBLICIDADE
Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.