The Crossing, nova série da ABC, é uma mistura de Lost com The 4400
Crítica do primeiro episódio da série The Crossing, da ABC.
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Série mistura ficção e drama, a fim de prender o espectador…
A julgar pelo primeiro episódio de The Crossing, a nova série da ABC não tem muito o que acrescentar na vida de um seriador. Utilizando elementos desgastados e já vistos em outras produções, a trama não é nenhuma inovação para a TV. Porém, mesmo cheia de clichês, por algum motivo ela prende.
Conduzida por Jay Beattie e Dan Dworkin, a dupla de roteiristas possuem uma bagagem bem eclética em seus currículos. Apesar de serem os consultores de séries como Scorpion, The Event e até mesmo Cold Case, a dupla também foi uma das principais responsáveis por Revenge, um dos maiores novelões da ABC. Logo, há de se esperar elementos dramáticos em sua trama. Se fosse para definir a série em uma sentença, faria como no título deste artigo: “Lost encontra The 4400“, e eu explico.
Trama é recheada de mistérios!
Talvez, o clichê reusado por The Crossing seja certeiro. Lembro que há uma década, quando a internet ainda estava nascendo, os mistérios de Lost eram os mais debatidos em fóruns on-line. Essa mesma chama que pode incitar os fãs é vista na nova série. No primeiro episódio, somos introduzidos a uma pacata cidade dos Estados Unidos, onde de repente várias pessoas começaram a surgir no mar. Desacordadas, elas pareciam estar mortas. Até que as autoridades descobrem que muitas estavam vivas!
O que parecia ser um naufrágio, torna-se uma incógnita: as pessoas alegam que não são desta época, mas sim do futuro – mais propriamente, 180 anos evoluídas. Elas teriam voltado no tempo, fugindo de uma guerra que ainda estava para acontecer.
Claro que a história contada pelos refugiados é tratada com desconfiança pelo FBI, que assume o caso e logo tira a responsabilidade do Xerife interpretado pelo protagonista Steve Zahn. Porém, quando eles são introduzidos a uma figura chave, que aparenta ter poderes sobrenaturais, a história começa a ficar ainda mais intrigante.
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Já vi essa série?
Neste ponto, toda a trama me lembrou muito The 4400. A série, que hoje é cult, tratava de um assunto semelhante ao trazer 4400 pessoas desaparecidas há anos para o presente, e também com poderes. Isso, a certo ponto, me soou um pouco nostálgico, e talvez tenha contribuído para que a série me fisgasse. Mesmo sendo batida, como disse, ela resgata justamente esse tom que une a ficção com mistérios, que podem fazer o espectador ir além dos episódios de 40 minutos exibidos semanalmente. E isso é muito interessante em se acompanhar.
Outra questão que me atraiu foi que a série pretende ir além da investigação do FBI sobre este caso, propriamente. Ao que parece, já existia uma conspiração antes mesmo destes personagens chegarem ao nosso tempo, e tudo indica que muitos já estavam aqui anteriormente. Portanto, o público irá se perguntar: quem são essas pessoas, quantas são e, afinal, o que querem?
Instigante o suficiente? Talvez…
E o veredito é…
Ao final do episódio paira uma dúvida: é boa ou não é? A resposta, eu não sei. Talvez seja preciso dar mais tempo para a série trabalhar algumas tramas e ideias, para então vermos seus objetivos e conquistas. Em uma rápida primeira temporada, será que ela conseguirá?
Bem, estamos torcendo…