11×06 de The Walking Dead foi um verdadeiro show de terrores

The Walking Dead fez bonito com sexto episódio da última temporada, em um tributo a grandes clássicos do gênero do terror.

The Walking Dead 11x06

Mais uma semana, mais um episódio de The Walking Dead e, UAU, que episódio foi esse?! A roteirista Angela Kang já havia nos prometido que o retorno de Connie seria um verdadeiro “filme de terror”, o que já me deixou animado. Então, quando eu descobri que Greg Nicotero iria dirigir o episódio, aí que a minha expectativa explodiu!

E posso dizer,… não me decepcionei!

O episódio conseguiu construir uma atmosfera densa e tensa, resgatando uma discussão que volta e meia acontece na série: os Walking Deads (Mortos Caminhantes) são os próprios vivos. Já que o mundo depois do apocalipse pertence aos mortos!

Como vem acontecendo nessa temporada, a narrativa do episódio se dividiu em duas frentes, deixando a terceira ponta de lado (no caso a Commonwealth). De um lado tivemos a maior e melhor trama que é o retorno de Connie, acompanhada de Virgil e as tentativas de Alexandria em encontrá-la. E do outro tivemos a trama de Daryl com os novos vilões que se esbarraram com o grupo de Maggie. Portanto, vamos começar pelo que há de melhor.

Um afastamento, várias oportunidades

A atriz Lauren Ridloff se juntou ao badalado Universo Cinematográfico Marvel e com isso precisou de espaço na sua agenda para a gravação do filme “Eternos“. Por conta disso, a personagem não aparecia em The Walking Dead desde o 9º episódio da décima temporada (tirando aquela pequena ponta no final), quando ocorreu a demolição da caverna por culpa de Carol, na sua sede de vingança contra Alpha, que deixou a personagem presa lá.

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Além disso, é interessante como a necessidade de saída da atriz culminou em um acontecimento que teve diversas reverberações: primeiro, tivemos o sentimento da culpa de Carol e o reconhecimento dela de que a sua sede de vingança contra Alpha já tinha ido longe demais (sabemos que ela matou o seu filho na nona temporada e, volto a repetir, numa das decisões mais cruéis que a série já fez).

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Imagem: Divulgação.

Logo após, isso fez Carol e Daryl se desentenderem até os tempos atuais. Dessa forma, criando uma ruptura numa das mais sólidas relações da série. Ainda tivemos todo o sofrimento de Kelly com a irmã desaparecida. Também a oportunidade de trazer Virgil para a trama, além da evolução de Carol com si mesma. Tudo isso devido à necessidade de afastamento da atriz. Isso é planejamento, isso é roteiro. É a maravilhosa condução de Angela Kang (sempre vou enaltecer essa belíssima asiática) a frente da série.

O que teve de tão bom em The Walking Dead?

Já começo gostando do fato de que a série não se preocupou em perder tempo explicando coisas demais de uma vez. Esse episódio de The Walking Dead já começa nos jogando dentro da ação, mostrando Connie e Virgil fugindo de algo bem assustador que os leva a se esconder numa casa abandonada.

The Walking Dead 11x06
Imagem: Divulgação.

Uma vez lá dentro, eles começam a se desentender sobre o próximo passo, entre ficar lá e descansar, ou fugir dali. E, com isso, tem início a um mini filme de terror dentro do episódio, um filme muito bem atuado e dirigido, por sinal. Como fã dessa gênero ma-ra-vi-lho-so, eu não pude deixar de notar as deliciosas referências que esse episódio trouxe, que vão desde de filmes claustrofóbicos a de fuga como: “Quarto do Pânico“, “O Exorcista” e, ao talvez maior de todos eles, “O Iluminado“.

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Aqueles canibais tem muito haver com o plot que vimos no episódio protagonizado por Aaron e Gabriel, além do relatado por Maggie durante o metrô. No caso, o fato da humanidade ter deixado de ser humanidade após o apocalipse. Adaptação? Sobrevivência? The Walking Dead sempre brincou com as zonas cinzas dos nossos personagens e isso sempre foi excelente. Apesar de todo o terror, tudo isso culminou numa bela cena de reencontro entre as irmãs, que foi muito tocante.

Grupo de Daryl x Grupo de Maggie

Aqui a coisa desce de nível, mas olha, desce MUITO! Eu, confesso, que ainda não entendi muito bem o que se passa aqui. Por que Daryl está com esse grupo? Porque se não ele morre… Simples assim? Ele quer se infiltrar para ajudar os amigos como deu a entender nesse episódio?

Só não me digam, por favor, que é por amor àquela guria, porque aí eu desisto de vez. Pelo menos, eles não colocaram nenhum traço de dúvida no personagem, colocando em questão se ele está do lado dos mocinhos ou não. Porque aí seria forçar demais. De todo modo, nesse episódio, foi mostrado apenas uma “birrinha” entre Daryl e o outro cara lá (tão irrelevante que nem sei o nome), e a chance que ele deu para Maggie e CIA saírem dali vivos. Oremos.

Conclusão

The Walking Dead entregou TUDO que prometeu para a volta de Connie, e foi uma delícia de se acompanhar. Ela é uma personagem muito carismática e a atriz a interpreta de uma maneira muito envolvente, então mereceu muito esse destaque. Infelizmente, do outro lado, as coisas não são tão elogiosas assim. Estamos caminhando para o penúltimo episódio dessa primeira parte da última temporada e as coisas devem acelerar mais um pouco. Até agora, para mim, o saldo ainda é positivo.

Nota: 4

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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